Esse é o título de um dos capítulos do livro Cativos e Libertos, romance do Espírito de Antônio Carlos, psicografado pela médium Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho. Trata-se de uma história ambientada no Brasil Colônia e tem uma leitura bastante agradável, com ação, romantismo, aspectos históricos relacionados principalmente ao período de escravidão que vigeu no País e muitas lições da doutrina espírita, como não poderia deixar de ser. Dentre elas, destacamos uma, muito elucidativa, que nos faz meditar sobre as diferenças entre os encarnados. Vamos refletir?
"Jorge [o encarnado protagonista, sendo esclarecido por um amigo], não vivemos uma vez somente, não tivemos só este corpo que usamos agora, a alma, o espírito é eterno e renasce na Terra, toma o corpo fetal, encarna, quantas vezes forem necessárias ao seu progresso.
Ao sermos criados, somos ignorantes e, em cada passagem pela Terra, vamos aprendendo, desenvolvendo a inteligência, adquirindo experiência.
Tudo o que fazemos a nós pertence, o bem ou o mal.
Nossa obra é nossa; nos pertende, as boas são tesouros que nos dão a fartura do conheimento, do aprendizado, das virtudes adquiridas.
As más obras são dívidas que contraímos, que um dia temos de resgatar pelo bem, construindo, reparando faltas.
Oportunidades pelo amor são dadas, mas, se nos negarmos a aproveitá-las, vem a dor, esta sábia companheira, a nos corrigir, a nos chamar à realidade para a vida maior.
Não vê tantas diferenças, Jorge?
Tantas pessoas na fartura, outras na penúria, uns belos, outros feios, senhores e escravos.
Deus seria justo diferenciando tanto assim seus filhos?
Não seremos nós mesmos que fazemos essa diferença?
Se um caminha, e outro pára, ocioso, não podem estar no mesmo lugar.
Deus é justo, nós é que não entendemos bem seus desígnios."
E esta é mais uma obra da espiritualidade que você encontra da biblioteca da CASA DO CAMINHO, ao seu dispor!
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