segunda-feira, 28 de outubro de 2013

MÃOS QUE OFERECEM ROSAS

Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas,
nas mãos que sabem ser generosas.

Dar um pouco que se tem ao que tem menos ainda
enriquece o doador, faz sua alma ainda mais linda.

Dar ao próximo alegria, parece coisa tão singela,
aos olhos de Deus porém, é das artes a mais bela.

Fica sempre, um pouco de perfume nas mãos que oferece rosas,
nas mãos que sabem ser generosas.

A mensagem é singela e a música é singular. 



 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS


(…) Mas, e quais as consequências espirituais dos transplantes? “Esta atitude, sendo voluntária e consciente, reveste-se de alto teor moral, o que gera inúmeros benefícios espirituais para aquele que doa, enriquecendo-o de bênçãos, bem como renova as esperanças de vida naquele que recebe, permitindo-lhe continuar na existência física, e passar a agir com segurança e respeito, a fim de corresponder à misericórdia divina. A Doutrina Espírita, fundamentada numa bioética do amor, amplia o debate e oferece relevante contribuição ao tema”, declara o médico anestesiologista Carlos Roberto de Souza, presidente da Associação Médico-Espírita de Campina Grande (PB). Na próxima edição do Mednesp, que acontece em junho, em Porto Alegre (RS), o especialista falará sobre o tema Aspectos Espirituais dos Transplantes.

Folha Espírita – Como pensar nos transplantes, sob o ponto de vista espírita?
Carlos Roberto de Souza – A doação deve ser voluntária e consciente. Para o doador, é uma atitude de desapego à matéria e de amor ao próximo, que lhe traz benefícios espirituais. Para o receptor, é um exemplo da misericórdia divina que permite, por moratória, a continuidade da existência física.

FE – Você considera seguras as avaliações clínicas da morte encefálica?
Souza – Sim, se forem realizadas de acordo com a Resolução CFM 1.408/97, que tem como base critérios científicos, os quais definem o que é parada total e irreversível das funções encefálicas, principalmente do tronco encefálico, cuja destruição leva à separação da alma do corpo físico.

FE – Como o coração ainda bate, haveria, de alguma forma, repercussão negativa sobre o doador, no momento do transplante? Se houver, há meios espirituais de contorná-la?
Souza – Sim, dependendo da situação evolutiva do ser espiritual e quando a retirada do órgão é feita contra a sua vontade. Nesses casos, os efeitos negativos podem ser atenuados, pelos benfeitores espirituais, por meio do magnetismo curativo, dos esclarecimentos do espírito a respeito dos benefícios do ato de doação e também pelas preces de agradecimento feitas pelos receptores dos órgãos.

FE – Você conhece casos da literatura mediúnica espírita que traz a descrição feita pelo espírito doador sobre o transplante efetuado?
Souza – Sim, uma mensagem de Roberto Igor Porto da Silva, sobre a doação do seu coração para transplante, e outra de Wladimir César Ranieri, referente à doação de suas córneas, ambas psicografadas por Chico Xavier e publicadas na Folha
Espírita de fevereiro de 1998. Eles relatam que, apesar de a doação ter sido involuntária, foram beneficiados com o ato e fariam tudo novamente.

FE – O doador deve ser anestesiado na cirurgia de retirada do coração ou de outro órgão?
Souza – É um tema delicado e depende de cada caso. Sob a visão espírita, após a morte orgânica, mesmo com diagnóstico correto de morte encefálica, a separação da alma não é brusca e a desencarnação depende das disposições psíquicas e emocionais do espírito, cujo tempo de desligamento do corpo físico é variável, diferindo em tempo, natureza e circunstância. Principalmente se a morte for violenta, modo no qual se enquadra a maioria dos doadores. Nesse caso, o doador deve ser anestesiado a fim de bloquear os efeitos da desagregação da matéria, que repercutiriam no espírito. Por outro lado, em situações de rápido desenlace, não há necessidade de anestesia, pois o espírito já partiu e a matéria sozinha nada sente. Sob a visão médica, recomenda-se a manutenção dos sinais vitais e, se for recomendada anestesia, é porque existem dúvidas quanto ao diagnóstico de morte encefálica e, portanto, não deveriam ser retirados os órgãos.

FE – Que existe de real quanto à repercussão dos hábitos do doador no transplantado?
Souza – Existem muitas teorias que tentam explicar o fenômeno da “memória celular” registrado nesses casos, o que necessita de mais estudos. Mesmo considerando que, inicialmente, os órgãos do doador estejam impregnados de sentimentos, uma vez que ele é transplantado, automaticamente, passa a receber a influência dos moldes perispirituais do receptor e a obedecer ao novo comando mental. Uma influência psicológica e comportamental do doador só é possível quando o receptor mantém sintonia mental na mesma faixa vibratória do doador, por diversas causas, e capta informações por meio de uma conexão não-local, podendo até
desenvolver um processo obsessivo.

FE – Qual o futuro dos transplantes?
Souza – Muito promissor, principalmente pelas descobertas de medicamentos (Bortezomib) e desenvolvimento de novas técnicas (como no transplante de traqueia), que diminuem ou eliminam a rejeição, reduzindo a necessidade do uso de imunossupressores. Também pelo maior esclarecimento da população, que vem aumentando a oferta de órgãos e possibilitando a dilatação da existência e a diminuição do sofrimento daqueles que merecerem continuar encarnados e souberem aproveitar, por meio da renovação moral, a nova oportunidade concedida pela bondade divina.

(Folha Espírita, Maio de 2009, edição número 417)


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

RELACIONAMENTO, AMOR E LIBERDADE

"Sejam como dois pilares que sustentam o mesmo teto, mas não comece a possuir o outro; deixe o outro independente. 
Sustentem o mesmo teto: esse teto é o amor."

Pergunta a Osho:

Amado Osho,
Por que é tão difícil se relacionar? 

Porque você ainda não é. 
Há um vazio interior e o medo de que ao se relacionar com alguém, mais cedo ou mais tarde, você será exposto como sendo vazio. 
Por isso parece mais seguro manter distância das pessoas; pelo menos você pode fingir que é.

Você não é. 
Você ainda não nasceu, é apenas uma potencialidade. 
Você ainda não está preenchido – e só duas pessoas preenchidas podem se relacionar.

Relacionar-se é uma das maiores coisas da vida: relacionar-se significa amar, relacionar-se significa compartilhar. 
Mas antes de poder compartilhar, você tem que ter. 
E antes de poder amar, você deve estar cheio de amor, transbordando de amor.

Duas sementes não podem se relacionar, elas estão fechadas. 
Duas flores podem se relacionar, elas estão abertas, podem mandar suas fragrâncias uma à outra, podem dançar no mesmo sol e no mesmo vento, podem dialogar, podem sussurrar. 
Mas isso não é possível para duas sementes. 
As sementes são totalmente fechadas, sem janelas – como podem se relacionar?

E esta é a situação. 
O homem nasce como uma semente. 
Ele pode se tornar uma flor, ou não. 
Tudo depende de você, do que faz consigo mesmo; tudo depende de você, crescer ou não. 
A escolha é sua – e ela tem que ser encarada a cada momento; você está na encruzilhada a cada momento.

Milhões de pessoas decidem não crescer. 
Elas permanecem sementes, permanecem potencialidades, nunca se tornam realidades. 
Elas não sabem o que é auto-realização, não sabem o que é auto-concretização, não sabem nada do ser.

Vazias elas vivem e totalmente vazias elas morrem. 
Como podem se relacionar?

Isso será expor a si mesmo – sua nudez, sua feiúra, seu vazio.
Parece mais seguro manter uma distância. 
Até mesmo amantes mantêm distância; eles só vão até um ponto e permanecem atentos de onde voltar. 
Eles têm limites, nunca atravessam os limites, permanecem confinados em seus limites.

Sim, há um tipo de relacionamento, mas não o de se relacionar, é o de possuir: o marido possui a esposa, a esposa possui o marido, os pais possuem os filhos, e assim por diante. 
Mas possuir não é se relacionar. 
Na verdade, possuir é destruir todas as possibilidades de se relacionar.

Se você se relaciona, você respeita, você não pode possuir. 
Se você se relaciona, há uma grande reverência. 
Se você se relaciona, chega perto, muito perto, em profunda intimidade, se sobrepõe. 
Contudo, a liberdade do outro não é invadida, o outro permanece um indivíduo independente.

O relacionamento é o do eu-você e não do eu-isso – se sobrepondo, interpenetrando, todavia num sentido independente. 
Khalil Gibram diz: 
"Sejam como dois pilares que sustentam o mesmo teto, mas não comece a possuir o outro; deixe o outro independente. Sustentem o mesmo teto: esse teto é o amor".

Dois amantes sustentam algo invisível e algo imensamente valioso: uma certa poesia do ser, uma certa música ouvida nos mais profundos recantos de sua existência. 
Eles se apoiam, apoiam uma certa harmonia, mas mesmo assim permanecem independentes.

Eles podem se expor ao outro, porque não há medo algum. 
Eles sabem quem são. 
Eles conhecem sua beleza interior, conhecem seu perfume interior, não há medo nenhum.

Mas normalmente o medo existe, porque você não tem nenhum perfume. 
Se você se expor, simplesmente federá. 
Você federá ciúmes, raivas, ódios, cobiças. 
Você não terá o perfume do amor, da oração, da compaixão.

Milhões de pessoas decidiram permanecer sementes. Por quê? 
Se elas podem se tornar flores e podem também dançar ao vento, sob o sol e sob a lua, por que decidiram permanecer sementes?

Há algo em suas decisões. 
A semente está mais segura do que a flor. 
A flor é frágil; a semente não é frágil, a semente parece mais forte.
 A flor pode ser destruída muito facilmente; apenas um vento forte, e as pétalas murcham. 
A semente não pode ser destruída tão facilmente pelo vento; a semente está muito protegida, segura.

A flor está exposta, uma coisa tão delicada e exposta a tantos perigos. 
O vento pode vir forte, pode chover a cântaros, o sol pode ser forte demais, algum tolo pode colher a flor. 
Qualquer coisa pode acontecer à flor, tudo pode acontecer à flor; a flor está constantemente em perigo. 
Mas a semente está segura.

Por isso milhões de pessoas decidem permanecer sementes. 
Mas permanecer semente é permanecer morto, permanecer semente é não viver de modo algum. 
Certamente ela está segura, mas não tem vida.

A morte é segura, a vida é insegurança. 
A pessoa que realmente quer viver, tem que viver em perigo, em constante perigo.

Aquele que quer alcançar os picos tem que correr o risco de se perder. 
Aquele que quer escalar os mais altos picos tem que correr o risco de cair de algum lugar, de escorregar.

Quanto maior o desejo de crescer, mais e mais perigo tem de ser aceito.

O homem verdadeiro aceita o perigo como seu próprio estilo de vida, como seu próprio clima de crescimento.

Osho, em "Relacionamento, Amor e Liberdade"


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

DO MÉDIUM

Esquivar-se à suposição de que detém responsabilidades ou missões de avultada transcendência, reconhecendo-se humilde portador de tarefas comuns, conquanto graves e
importantes como as de qualquer outra pessoa.

O seareiro do Cristo é sempre servo, e servo do amor.

No horário disponível entre as obrigações familiares e o trabalho que lhe garante a subsistência, vencer os imprevistos que lhe possam impedir o comparecimento às sessões, tais como visitas inesperadas, fenômenos climatéricos e outros motivos, sustentando
lealdade ao próprio dever.

Sem euforia íntima não há exercício mediúnico produtivo.

Preparar a própria alma em prece e meditação, antes da atividade mediúnica, evitando, porém, concentrar-se mentalmente para semelhante mister durante as explanações doutrinárias, salvo quando lhe caibam tarefas especiais concomitantes, a fim
de que não se prive do ensinamento.

A oração é luz na alma refletindo a Luz Divina.

Controlar as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo, quanto possível, respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções, batimentos de mãos e pés ou quaisquer
gestos violentos.

O medianeiro será sempre o responsável direto pela mensagem de que se faz portador.

Silenciar qualquer prurido de evidência pessoal na produção desse ou daquele fenômeno.

A espontaneidade é o selo de crédito em nossas comunicações com o Reino do Espírito.

Mesmo indiretamente, não retirar proveito material das produções que obtenha.

Não há serviço santificante na mediunidade vinculada a interesses inferiores.

Extinguir obstáculos, preocupações e impressões negativas que se relacionem com o intercâmbio mediúnico, quais sejam, a questão da consciência vigilante ou da inconsciência sonambúlica durante o transe, os temores inúteis e as suscetibilidades doentias, guiando-se pela fé raciocinada e pelo devotamento aos semelhantes.

Quem se propõe avançar no bem, deve olvidar toda causa de perturbação.

Ainda quando provenha de círculos bem-intencionados, recusar o tóxico da lisonja.

No rastro do orgulho, segue a ruína.

Fugir aos perigos que ameaçam a mediunidade, como sejam a ambição, a ausência de autocrítica, a falta de perseverança no bem e a vaidade com que se julga invulnerável.

O medianeiro carrega consigo os maiores inimigos de si próprio.

“Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.”
Paulo. (I CORÍNTIOS, 12:7.)


(Do livro “Conduta Espírita”, 
de Waldo Vieira, pelo espírito de André Luiz)

terça-feira, 8 de outubro de 2013

PAZ

E hoje vamos relembrar a palestra de um dedicado trabalhador, que dividiu seus estudos conosco, sobre a PAZ...

Durante os séculos que marcaram a historia das civilizações, a Terra vem sendo abençoada com a presença de mensageiros, que têm sido enviados para dar impulso ao progresso de todos os povos do planeta. 
O homem tem aprendido muito ao longo desses milênios, e principalmente agora, nos últimos anos, o desenvolvimento das ciências tem elevado o pensamento e o conhecimento, a fronteiras até então não imaginadas. 
Em todas as latitudes, tem-se presenciado a ação humana a fim de superar fronteiras para a conquista do progresso. 
Mas, não obstante todos os avanços, o homem não conseguiu erradicar a guerra, nem mesmo logrou estabelecer a paz em si mesmo. 
Trabalha com partículas na intimidade do átomo, mas não conhece o próprio intimo.
Atulha-se de aparatos tecnológicos, mas ainda convive com a fome e a miséria, que atestam sua inferioridade. 
É vítima de si mesmo, em meio à competitividade, esquece-se de fomentar a cooperação, que poderia auxiliá-lo a preencher o vazio interior, dando sentido à existência. 
Nesta sêde de conquistas puramente materiais, nas lutas pelo domínio e pelo pretenso progresso, expõe-se ao perigo da autoexterminação. 
Como aconteceu no passado com outros povos, corre o risco de acabar cedendo lugar, no grande palco planetário, a outros povos, outra civilização, que poderia sobrevir à sua no cenário evolutivo do mundo. 
A angústia, os conflitos pessoais, os dramas milenares são novamente vivenciados, levando o homem moderno a questionamentos a respeito da felicidade e do objetivo da vida, sem que ele se aperceba de seu verdadeiro significado no contexto universal.
É triste constatar que o alimento do homem é a derrota do seu semelhante, é a dor do próximo, é a humilhação de alguém, é a morte sem compaixão. 
Assim somos nós.  
Habituamo-nos, frequentemente, a maldizer o irmão que se fez delinquente, com absoluta falta de caridade para com a debilitação de caráter a que chegou, depois de longo processo obsessivo que lhe corroeu a resistência moral, quase sempre após fugirmos da providencia fraterna ou da simples conversação esclarecedora, capazes de induzi-lo à vitoria sobre as tentações que o levaram a falta consumada.
Nos círculos da carne, a paz das nações costuma representar o silencio provisório das baionetas; a dos abastados inconscientes é a preguiça improdutiva e incapaz; a dos que se revoltam, no quadro de lutas necessárias, é a manifestação do desespero doentio; a dos ociosos sistemáticos, é a fuga ao trabalho; a dos arbitrários, é a satisfação dos próprios caprichos; a dos vaidosos, é o aplauso da ignorância; a dos vingativos, é a destruição dos adversários; a dos maus, é a vitória da crueldade;  a dos negociantes sagazes, é a exploração inferior; a dos que se agarram às sensações de baixo teor, é a viciação dos sentidos; a dos comilões, é o repasto opulento do estomago, embora haja fome espiritual no coração.    
Há muitos ímpios, caluniadores, criminosos e indiferentes que desfrutam a paz do mundo. 
Sentem-se triunfantes, venturosos e dominadores nos séculos.  
A ignorância endinheirada, a vaidade bem vestida e a preguiça inteligente sempre dirão que seguem muito bem. 
Não te esqueças, contudo, de que a paz do mundo pode ser muitas vezes, o sono enfermiço da alma. 
Busca, desse modo, aquela paz do Senhor, paz que excede o entendimento, por nascida e cultivada, portas adentro do espírito, no campo da consciência e no santuário do coração. (...) 

(Sérgio)


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

RECOMEÇO

Não gastes a riqueza do tempo com lamentações improdutivas, nem destruas o valor das horas no fogo da agitação.

Cala-te e pensa: 

- Sofreste talvez prejuízos enormes. 

- Provavelmente caíste em erro. 

- Padeces desenganos que jamais esperaste. 

- Encontraste problemas que te parecem insolúveis. 

- Fracassaste naquilo que entendias como sendo o melhor em teu favor. 

Entretanto, queixas e aflições vazias, não te amparam de modo algum. 

Reflete em teu arsenal interior de recursos e bênçãos e surpreenderás um tesouro de energias em ti mesmo, cujo acesso descobrirás, meditando simplesmente nestas duas palavras:


- POSSO RECOMEÇAR!



Do médium Chico Xavier, pelo espírito de Emmanuel



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

ORAÇÃO REGENERADORA

Senhor Jesus!
Agradecendo-te o amparo de todos os dias, eis-nos aqui, de espírito, ainda em súplica, no campo em que nos situaste.
Ensina-nos a procurar na vida eterna a beleza e o ensinamento da temporária vida humana!
Apesar de amadurecidos para o conhecimento, muitas vezes somos crianças pelo coração.
Ágeis no raciocínio, somos tardios no sentimento.
Em muitas ocasiões, dirigimo-nos à tua infinita Bondade, sem saber o que desejamos.
Não nos deixes, assim, em nossas próprias fraquezas!
Nos dias de sombra, sê nossa luz!
Nas horas de incerteza, sê nosso apoio e segurança!
Mestre Divino!
Guia-nos o passo na senda reta.
Dá-nos consciência da responsabilidade com que nos enriqueces o destino.
Auxilia-nos para que o suor do trabalho nos alimente o lume da fé.
Não admitas que o verme do desalento nos corroa o ideal e ajuda-nos para que a ventania da perturbação não nos inutilize a sementeira.
Educa-nos para que possamos converter os detritos do temporal em adubo que nos favoreça a tarefa.
Ao redor da leira que nos confiaste, rondam aves de rapina, tentando instilar-nos desânimo e discórdia...
Não longe de nós, flores envenenadas deitam capitoso aroma, convidando-nos ao repouso inútil, e aves canoras da fantasia, através de melodias fascinantes, concitam-nos a ruinosa distração...
Fortalece-nos a vigilância para que não venhamos a cair.
Dá-nos coragem para vencer a hesitação e o erro, a sombra e a tentação que nascem de nós.
Faze-nos compreender os tesouros do tempo, a fim de que possamos multiplicar os créditos de conhecimento e de amor que nos emprestaste.
Divino Amigo!
Sustenta-nos as mãos no arado de nossos compromissos, na verdade e no bem, e não permitas, em tua misericórdia, que os nossos olhos se voltem para trás.
Que a tua vontade, Senhor, seja a nossa vontade, agora e para sempre.
Assim seja.

Chico Xavier - Emmanuel

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A VIDA NÃO CESSA

A vida não cessa.
A vida é fonte eterna e a morte é jogo escuro das ilusões.
O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso.
Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimentos, aqui e ali, avoluma-se em expressão e purifica-se em qualidade, antes de encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria.
Cerrar os olhos carnais constitui operação demasiadamente
simples.
Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação, como a troca de vestidos nada tem que ver com as soluções profundas do destino e do ser.
Oh! caminhos das almas, misteriosos caminhos do coração!
É mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equação da Vida Eterna!
É indispensável viver o vosso drama, conhecer-vos detalhe a detalhe, no longo processo do aperfeiçoamento espiritual!...
Seria extremamente infantil a crença de que o simples "baixar do pano" resolvesse transcendentes questões do Infinito.
Uma existência é um ato.
Um corpo - uma veste.
Um século - um dia.
Um serviço - uma experiência.
Um triunfo - uma aquisição.
Uma morte - um sopro renovador.
Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?
E o letrado em filosofia religiosa fala de deliberações finais e posições definitivas!
Ai! por toda parte, os cultos em doutrina e os analfabetos do espírito!
É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira - ele só, na companhia do Mestre, efetuando o curso difícil, recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vastas dissertações sem palavras articuladas.
Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa.
Nosso esforço pobre quer traduzir apenas uma idéia dessa verdade fundamental.
Grato, pois, meus amigos!
Manifestamo-nos, junto vós outros, no anonimato que obedece à caridade fraternal.
A existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade.
Aliás, não nos interessaria, agora, senão a experiência profunda, com os seus valores coletivos.
Não atormentaremos alguém com a idéia da eternidade.
Que os vasos se fortaleçam, em primeiro lugar."

Do espírito de André Luiz, psicografado por Chico Xavier, no livro "Nosso Lar"



Foto: Mar da Galileia (*Pixabay) Irmãos, que alegria estarmos todos aqui neste ambiente de paz, amor, fraternidade e luz, muita...