E hoje vamos relembrar a palestra de um dedicado trabalhador, que dividiu seus estudos conosco, sobre a PAZ...
Durante os séculos que marcaram a historia das civilizações,
a Terra vem sendo abençoada com a presença de mensageiros, que têm sido
enviados para dar impulso ao progresso de todos os povos do planeta.
O homem
tem aprendido muito ao longo desses milênios, e principalmente agora, nos
últimos anos, o desenvolvimento das ciências tem elevado o pensamento e o
conhecimento, a fronteiras até então não imaginadas.
Em todas as latitudes,
tem-se presenciado a ação humana a fim de superar fronteiras para a conquista do
progresso.
Mas, não obstante todos os avanços, o homem não conseguiu erradicar
a guerra, nem mesmo logrou estabelecer a paz em si mesmo.
Trabalha com
partículas na intimidade do átomo, mas não conhece o próprio intimo.
Atulha-se
de aparatos tecnológicos, mas ainda convive com a fome e a miséria, que atestam
sua inferioridade.
É vítima de si mesmo, em meio à competitividade, esquece-se
de fomentar a cooperação, que poderia auxiliá-lo a preencher o vazio interior,
dando sentido à existência.
Nesta sêde de conquistas puramente materiais, nas
lutas pelo domínio e pelo pretenso progresso, expõe-se ao perigo da
autoexterminação.
Como aconteceu no passado com outros povos, corre o risco de
acabar cedendo lugar, no grande palco planetário, a outros povos, outra civilização,
que poderia sobrevir à sua no cenário evolutivo do mundo.
A angústia, os conflitos pessoais, os dramas milenares são
novamente vivenciados, levando o homem moderno a questionamentos a respeito da
felicidade e do objetivo da vida, sem que ele se aperceba de seu verdadeiro
significado no contexto universal.
É triste constatar que o alimento do homem é a derrota do
seu semelhante, é a dor do próximo, é a humilhação de alguém, é a morte sem
compaixão.
Assim somos nós.
Habituamo-nos, frequentemente, a maldizer o irmão que se fez
delinquente, com absoluta falta de caridade para com a debilitação de caráter a
que chegou, depois de longo processo obsessivo que lhe corroeu a resistência
moral, quase sempre após fugirmos da providencia fraterna ou da simples
conversação esclarecedora, capazes de induzi-lo à vitoria sobre as tentações
que o levaram a falta consumada.
Nos círculos da carne, a paz das nações costuma representar
o silencio provisório das baionetas; a dos abastados inconscientes é a preguiça
improdutiva e incapaz; a dos que se revoltam, no quadro de lutas necessárias, é
a manifestação do desespero doentio; a dos ociosos sistemáticos, é a fuga ao
trabalho; a dos arbitrários, é a satisfação dos próprios caprichos; a dos
vaidosos, é o aplauso da ignorância; a dos vingativos, é a destruição dos
adversários; a dos maus, é a vitória da crueldade; a dos negociantes sagazes, é a exploração
inferior; a dos que se agarram às sensações de baixo teor, é a viciação dos
sentidos; a dos comilões, é o repasto opulento do estomago, embora haja fome
espiritual no coração.
Há muitos ímpios, caluniadores, criminosos e indiferentes
que desfrutam a paz do mundo.
Sentem-se triunfantes, venturosos e dominadores
nos séculos.
A ignorância endinheirada,
a vaidade bem vestida e a preguiça inteligente sempre dirão que seguem muito
bem.
Não te esqueças, contudo, de que a paz do mundo pode ser muitas vezes, o
sono enfermiço da alma.
Busca, desse modo, aquela paz do Senhor, paz que excede
o entendimento, por nascida e cultivada, portas adentro do espírito, no campo
da consciência e no santuário do coração. (...)
(Sérgio)
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