terça-feira, 8 de outubro de 2013

PAZ

E hoje vamos relembrar a palestra de um dedicado trabalhador, que dividiu seus estudos conosco, sobre a PAZ...

Durante os séculos que marcaram a historia das civilizações, a Terra vem sendo abençoada com a presença de mensageiros, que têm sido enviados para dar impulso ao progresso de todos os povos do planeta. 
O homem tem aprendido muito ao longo desses milênios, e principalmente agora, nos últimos anos, o desenvolvimento das ciências tem elevado o pensamento e o conhecimento, a fronteiras até então não imaginadas. 
Em todas as latitudes, tem-se presenciado a ação humana a fim de superar fronteiras para a conquista do progresso. 
Mas, não obstante todos os avanços, o homem não conseguiu erradicar a guerra, nem mesmo logrou estabelecer a paz em si mesmo. 
Trabalha com partículas na intimidade do átomo, mas não conhece o próprio intimo.
Atulha-se de aparatos tecnológicos, mas ainda convive com a fome e a miséria, que atestam sua inferioridade. 
É vítima de si mesmo, em meio à competitividade, esquece-se de fomentar a cooperação, que poderia auxiliá-lo a preencher o vazio interior, dando sentido à existência. 
Nesta sêde de conquistas puramente materiais, nas lutas pelo domínio e pelo pretenso progresso, expõe-se ao perigo da autoexterminação. 
Como aconteceu no passado com outros povos, corre o risco de acabar cedendo lugar, no grande palco planetário, a outros povos, outra civilização, que poderia sobrevir à sua no cenário evolutivo do mundo. 
A angústia, os conflitos pessoais, os dramas milenares são novamente vivenciados, levando o homem moderno a questionamentos a respeito da felicidade e do objetivo da vida, sem que ele se aperceba de seu verdadeiro significado no contexto universal.
É triste constatar que o alimento do homem é a derrota do seu semelhante, é a dor do próximo, é a humilhação de alguém, é a morte sem compaixão. 
Assim somos nós.  
Habituamo-nos, frequentemente, a maldizer o irmão que se fez delinquente, com absoluta falta de caridade para com a debilitação de caráter a que chegou, depois de longo processo obsessivo que lhe corroeu a resistência moral, quase sempre após fugirmos da providencia fraterna ou da simples conversação esclarecedora, capazes de induzi-lo à vitoria sobre as tentações que o levaram a falta consumada.
Nos círculos da carne, a paz das nações costuma representar o silencio provisório das baionetas; a dos abastados inconscientes é a preguiça improdutiva e incapaz; a dos que se revoltam, no quadro de lutas necessárias, é a manifestação do desespero doentio; a dos ociosos sistemáticos, é a fuga ao trabalho; a dos arbitrários, é a satisfação dos próprios caprichos; a dos vaidosos, é o aplauso da ignorância; a dos vingativos, é a destruição dos adversários; a dos maus, é a vitória da crueldade;  a dos negociantes sagazes, é a exploração inferior; a dos que se agarram às sensações de baixo teor, é a viciação dos sentidos; a dos comilões, é o repasto opulento do estomago, embora haja fome espiritual no coração.    
Há muitos ímpios, caluniadores, criminosos e indiferentes que desfrutam a paz do mundo. 
Sentem-se triunfantes, venturosos e dominadores nos séculos.  
A ignorância endinheirada, a vaidade bem vestida e a preguiça inteligente sempre dirão que seguem muito bem. 
Não te esqueças, contudo, de que a paz do mundo pode ser muitas vezes, o sono enfermiço da alma. 
Busca, desse modo, aquela paz do Senhor, paz que excede o entendimento, por nascida e cultivada, portas adentro do espírito, no campo da consciência e no santuário do coração. (...) 

(Sérgio)


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