segunda-feira, 13 de abril de 2015

GRATIDÃO: A CELEBRAÇÃO DA VIDA

"O peixe não enxerga a água justamente por viver toda a sua vida rodeado por ela, e só percebe sua falta quando está se debatendo no convés do barco." 
(Alex Castro)

Depois de uma sucessão de acontecimentos difíceis na minha vida pessoal e na de pessoas pelas quais tenho grande apreço, fiquei pensando qual seria o tema mais propício para uma palestra na semana do aniversário de minha filha, que foi anteontem.

Pensei: por que não falar sobre a necessária celebração da vida?! Mas não a celebração anual que fazemos, defronte a um bolo e algumas velinhas. Essa é super importante e eu, particularmente, adoro.

Mas pensei em refletirmos sobre a celebração da vida que tem que ser feita no dia-a-dia, quando os problemas teimam em nos engolir e quando estamos prestes a fraquejar em nossos propósitos de fé e perseverança.

Joanna de Angelis, pelo médium Divaldo Franco, no livro “No Rumo da Felicidade”, fala justamente da importância de reverenciarmos a vida a todo tempo:

“Enquanto brilhe o sol da oportunidade terrena, desempenha as tuas tarefas, qual aluno atencioso na escola de aprimoramento (...).
Tudo fala de vida e sobre a vida.
O poema na natureza e as células no teu organismo são expressões da realidade que desfrutas. Mesmo quando se alterem, tu permanecerás.”

Assim, ainda que existam males que pareçam intransponíveis, é imperativo que saibamos celebrar a oportunidade de estarmos postos a caminho.

No resposta à pergunta 920 do Livro dos Espíritos, diante da indagação “se pode o homem gozar de completa felicidade na Terra”, diz-se que não, eis que a vida lhe foi dada como prova ou expiação.

Entretanto, devemos lembrar que do homem “depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra”.

Assim, é preciso que nos enriqueçamos de amor e bondade enquanto há luz em nossa vida. 

Devemos receber os dias que nos chegam com a devida coragem e enfrentamento, relembrando a lição de Chico Xavier:

"Nasceste no lar que Precisavas;
Vestiste o Corpo Físico que merecias;
Moras onde melhor Deus te proporcionou,
De acordo com teu adiantamento;
Possuímos os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades,
Nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas;
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para tua realização;
Teus Parente e AMIGOS, são as almas que atraíste, com a tua própria afinidade;
Portanto, teu DESTINO está constantemente sob teu controle,
Tu escolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas,
Tudo aquilo que te rodeia a existência;
Teus pensamentos e vontades
São a chave de teus atos e atitudes,
São as fontes de atração e repulsão na tua JORNADA, vivência;
Não reclames nem te faças de vítima;
Antes de tudo, analisa e observa;
A mudança está em tuas mãos,
Reprograma tuas metas,
Busca o bem e viverás melhor,
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo
Qualquer um pode começar agora e fazer um Novo Fim.”

A gratidão por tudo quanto nos é dado é a mais genuína maneira de celebrar a vida que temos à nossa disposição.

Paramahansa Yogananda, um iogue hindu de quem eu gosto muito, tem um ensinamento muito bonito sobre gratidão:

"Oh, Pai, quando eu era cego, não encontrava nenhuma porta que conduzisse a Ti. 
Tu curaste meus olhos; agora descubro portas em todos os lugares: os corações das flores, as vozes de amizade, as recordações de experiências encantadoras. 
A cada prece proferida, abre-se em mim uma nova entrada ao vasto templo da Tua presença."

Pela lição, podemos extrair vários ensinamentos sobre a imperatividade de ter-se gratidão e, assim reverenciarmos a vida. 

A primeira diz respeito à cura dos olhos: quando enxergamos Deus na regência de nossas vidas, tal qual Maestro onisciente, todas as outras benesses da Criação se descortinam. 

E a partir daí, a partir do reconhecimento de tudo quanto nos é dado, passamos a abrir mais e mais entradas, mais e mais caminhos para que nos acheguemos ao Senhor. 

É exatamente disso de que nos fala o Evangelho, em tantas e tantas passagens, mas especialmente no trecho sobre a “ação de graças”, mais ao final. 

E, para encerrar, deixo uma mensagem singela, que recebi noutro dia e que, ao meu coração, disse muito: 

"Dê um sorriso para quem esqueceu como se faz isso.
Acelere seus pensamentos, mas não permita que eles te consumam. 
Olhe para o lado, alguém sempre precisa de você. 
Mergulhe de cabeça nos seus desejos e satisfaça-os. 
Procure os seus caminhos, mas não magoe ninguém nessa procura.
Arrependa-se, volte atrás, peça perdão! 
Se precisar voltar, volte! 
Se perceber que precisa seguir, siga em frente, se estiver tudo errado, comece novamente. 
Se estiver tudo certo, continue. 
Se sentir saudades, mate-a, e nunca deixe de agradecer as pessoas que estão a sua volta, a gratidão é o oxigênio da alma."

(Paula Duran)


quinta-feira, 2 de abril de 2015

O DESAPEGO DAS ABELHAS

“As abelhas nos dão um grande exemplo de DESAPEGO.
Após construírem a colmeia, elas abandonam-na.
E não a deixam morta, em ruínas, mas viva e repleta de alimento.
Todo mel que fabricaram além do que necessitavam é deixado. Batem asas para a próxima morada sem olhar para trás.
Num ato incomum, abandonam tudo o que levaram a vida para construir.
Simplesmente, o soltam sem preocupação se vai para outro.
Deixam o melhor que têm, seja pra quem for – o que é muito diferente de doar o que não tem valor ou dirigir a doação para alguém de nossa preferência.
Se queremos ser livres, parar de sofrer pelo que temos e pelo que não temos, devemos abrigar um único desejo: o de nos transformar. Assim, quando alguém ou algo tem de sair de nossa vida, não alimentamos a ilusão da perda.
O sofrimento vem da fixação a algo ou a alguém.
O apego embaça o que deveria estar claro: por trás de uma pretensa perda está o ensinamento de que algo melhor para nosso crescimento precisa entrar.
Se não abrirmos mão do velho, como pode haver espaço para o novo?”

LIÇÃO DA ABELHA

Foto: Mar da Galileia (*Pixabay) Irmãos, que alegria estarmos todos aqui neste ambiente de paz, amor, fraternidade e luz, muita...