terça-feira, 19 de novembro de 2013

FLUIDOS DE PENSAMENTO, MIASMAS E LARVAS ASTRAIS

PEGADAS ESPIRITUAIS

Certo dia, na palestra que fiz sobre “Higiene”, surgiu um comentário sobre os miasmas. Desde então, fiquei feliz por saber denominar isso que eu chamava de “pegadas espirituais”, mas me apercebi que não sei muito sobre eles e, por isso, debrucei-me sobre o assunto.

Pesquisando, descobri que essas “pegadas” não são só conhecidos como miasmas, mas também temos os fluidos do pensamento e as larvas astrais – e que cada qual tem suas características e implicações.

         Fluidos de pensamento;
         Miasmas;
         Larvas astrais.

Pronto! Estava definido o tema da nova palestra.

Como fonte primordial, elegi “A Gênese”, de Allan Kardec, mais precisamente o capítulo 16.

“O fluido cósmico universal é (…) a matéria elementar primitiva, da qual as modificações e transformações constituem a inumerável variedade de corpos da Natureza. (…)
O fluido etéreo é para as necessidades do espírito o que a atmosfera é para as necessidades dos encarnados.”(itens 1 e 11)

“O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos produtos mais importantes do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido ao redor de um foco de inteligência ou alma. (…) e a natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito.” (itens 7 e 9)

“O pensamento e a vontade são para o Espírito o que a mão é para o homem.” (item 14)

Assim é que os espíritos agem sobre os fluidos.

Pensamento…

Nossos pensamentos, como já ouvimos muitas vezes aqui na CASA, são também fluidos que emanamos pela força mental. Esses pensamentos carregam as nossas mais variadas emoções que são, assim, lançadas no espaço, acabando por criar as chamadas “formas-pensamento”.

Quem nunca ouviu falar que pensamentos têm forma, cheiro e cor?
Ou a frase: “Quem pensa, corporifica o que pensa”?

Pois bem. As “formas-pensamento” por nós emitidas são mesmo capazes de alcançar
pessoas, lugares, plantas e animais.
 Costumamos dizer, com muito acerto, que as preces emitem energia de amparo e amor a quem se destina.

O que há, na verdade, é uma ligação formada pelo pensamento e a pessoa a que se destina esse pensamento.

“O pensamento, criando imagens fluídicas, ele se reflete no envoltório perispiritual como num vidro; aí toma um corpo e se fotografa de alguma sorte. (…) É assim que os movimentos mais secretos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler em outra alma como num livro, e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo.” (item 15)
Quando, por pensamento desejamos que alguém se saia bem em suas atividades (entrevistas, novo emprego, desejos de melhora e saúde, e refazimento, etc) estamos sim emanando energias que se transformam em “formas-pensamento” de saúde, sucesso e prosperidade.

Atente-se que temos emissores e receptores.

E todo emissor é, necessariamente, um receptor.
Emanando “formas-pensamento”, o emissor atrai para si a mesma faixa de sintonia do que emana.

Se o pensamento for negativo, o mesmo ocorre.
Assim, o emissor pode enviar ao receptor “formas-pensamento” de inveja, raiva, preconceitos, etc.
 Popularmente, essas “formas-pensamento” são conhecidas como “mau olhado”.
Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico.

Nominar essa vibração emanada como “formas-pensamento” não é apenas um modo de dizer.

Se forem positivas as “formas-pensamento”, de fato, sentimos suas boas vibrações, independente do tempo e espaço que separam o emissor do receptor.
Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua influência.

Pode-se concluir, assim, que em torno de uma pessoa, de uma família, de uma cidade, de uma nação ou planeta, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia vibratoriamente, segundo a natureza moral dos Espíritos envolvidos e suas “formas-pensamento”.

A CASA ESPÍRITA, por excelência, é fonte abundante de fluidos, onde os freqüentadores podem recuperar as perdas fluídicas, que têm a cada dia pela irradiação do pensamento.
Para isso, basta que haja sintonia entre os pensamentos e vontades de cada freqüentador com o fluido que envolve a CASA, providenciado pelos benfeitores e amigos espirituais de amparo.

À atmosfera fluídica, associam-se os espíritos desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes.
Por esta razão, os Espíritos superiores recomendam que nossa conduta seja a mais escorreita possível.

“A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem conseqüências de importância direta e capital para os encarnados.
Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento; que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos”(item 16).

Observem que estas “formas-pensamento” são, além de energias, energias plásticas, pois, quando geradas, se plastificam mesmo em formas variadas, que correspondem ao tipo de pensamento emanado.

“Não há necessidade de que o pensamento seja formulado em palavras; a irradiação fluídica existe, quer seja expressada ou não.” (item 19)

As “formas-pensamento” menos edificantes, plastificando-se, tornam-se miasmas, que significam poluição ou sujidade.

O miasma no sentido espiritual, é uma emanação de uma vibração negativa, que causa uma sensação de ansiedade opressora e mal-estar.

 “Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável.”
(item 16)
Deletérios são os fluídos destrutivos.

Os miasmas podem afetar nossa psicosfera (ou aura) por serem uma emanação eletromagnética capaz de alterar nosso padrão psíquico, nosso estado emocional e físico do momento.

Se estes miasmas forem miasmas deletérios (fluidos negativos) a energia poderá, de acordo com o estado em que nos encontramos, nos acercar e perturbar.

Desta forma, os miasmas nos influenciarão aos próprios maus pensamentos, que formarão outras “formas-pensamento” de má índole, atingindo não somente a nós como ao ambiente, carregando-o de negatividade.

Para que tal cenário não aconteça devemos estar conscientes de nossos próprios pensamentos e equilibrados com energias boas.
 Nossos bons atos, bons pensamentos e orações servem de bloqueio para as más energias, pois vibram em outra faixa, nos distanciando dos efeitos das faixas vibracionais mais baixas ou densas.    

O Evangelho no Lar, por exemplo, feito constantemente, acaba gerando um bloqueio das “formas-pensamento” nocivas que, por inexistência de afinidade, ficam “retidas” nas barreiras de proteção que nossos amigos espirituais nos auxiliam a criar para nosso próprio bem.

Quando em comunicação mediúnica damos a comunicação de um espírito, ficamos impregnados dos fluidos dele e, então, precisamos nos desfazer de seus miasmas, elevando nosso pensamento.

Esses mesmos miasmas deletérios podem ficar impregnados nas paredes de nossa casa, se não temos bons pensamentos.

E o que os miasmas têm a ver com as larvas astrais?
A concentração de miasmas propicia o surgimento e o crescimento das larvas astrais.

As larvas astrais são a constância de um pensamento negativo, alimentado com frequência.

Daí, os efeitos são mais nocivos.

Ensinou-nos Chico Xavier, pelo espírito André Luiz, no livro Missionários da Luz:

“Você não ignora que, no círculo das enfermidades terrestres, cada espécie de micróbio tem o seu ambiente preferido. (…)
No campo infinitesimal, as revelações obedecem à mesma ordem surpreendente.
André, meu amigo, as doenças psíquicas são muito mais deploráveis.
A patogênese da alma está dividida em quadros dolorosos.
A cólera, a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima.
Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça.
A organização fisiológica, segundo conhecemos no campo das cogitações terrestres, não vai além do vaso de barro, dentro do molde preexistente do corpo espiritual.
Atingido o molde em sua estrutura pelos golpes das vibrações inferiores, o vaso refletirá imediatamente.(…)
Primeiramente a semeadura, depois a colheita (…).
Não tenha dúvida.
Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afecção existe o ambiente.
As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões.
 E, em virtude de cada Espírito representar um universo por si, cada um de nós é responsável pela emissão das forças que lança em circulação nas coerentes da vida.
A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma.
E, qual acontece no terreno das enfermidades do corpo, o contágio aqui é fato consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleça ambiente propício, entre companheiros do mesmo nível. (…)
 Cada viciação particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são consequentes, e estas, como as plantas inferiores que se alastram no solo, por relaxamento do responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito de vigilância e defesa. (…)
Como vemos, as larvas astrais surgem dos excessos e desequilíbrios físicos, emocionais e espirituais de toda sorte, pela repetição contínua de uma mesma conduta, física e/ou mental, o que causa o acúmulo de energias mais densas em determinadas regiões do organismo, as quais se organizam na forma de colônias de microorganismos astrais.
As conseqüências são as mais variadas, podendo ir desde problemas físicos, graves ou não, até perturbações espirituais que, se não combatidas a tempo, podem se transformar em sérios distúrbios psíquicos, acarretando sérias complicações para o encarnado, nesta vida e nas próximas.
Larvas astrais são bastante ‘aderentes’ e se multiplicam com muita facilidade, bastando, para isso, que se lhes ofereçam as mínimas condições mentais e energéticas.
Dependendo da extensão do problema, serão necessárias muitas aplicações energéticas para limpeza, desinfecção e re-harmonização da região afetada, o que pode exigir a atuação de vários aplicadores, em várias sessões, para que estas colônias sejam enfraquecidas e não possam mais se expandir, vindo a desaparecer.
Mas, como em qualquer tratamento físico, a colaboração do ‘paciente’ é imprescindível, uma vez que estas larvas são criadas e alimentadas pelas energias geradas pelos seus próprios pensamentos e sentimentos.
Assim, além das aplicações energéticas, é necessário que se oriente e conscientize a pessoa sobre como e porque mudar os seus hábitos mentais e as suas atitudes, garantindo que ela mesma não mais oferecerá condições para que estas larvas se instalem e espalhem.
Se larvas astrais são criações mentais, geradas a partir de pensamentos e sentimentos desequilibrados, a prevenção se faz, também aqui, pelo equilíbrio e o controle do que pensamos e sentimos.
Não há outro meio.
Como já dito muitas vezes, sintonia é a ‘alma’ do universo.
Tudo funciona segundo as suas leis e só viveremos com aquilo que nós mesmos criarmos ou atrairmos a partir do que geramos dentro de nós.”

Por isso, também as larvas astrais são conseqüência daquele primeiro pensamento, lá atrás, que se transformou em forma-pensamento, e, menor edificante, produziu miasmas que, por sua vez, propiciaram o surgimento e crescimento das larvas astrais.
Vigiemos o mais simples pensamento!

“Cada dia que amanhece assemelha-se a uma página em branco, na qual gravamos os nossos pensamentos, ações e atitudes.
Na essência, cada dia é a preparação de nosso próprio amanhã.”
(Francisco C. Xavier, no livro “Indicações Do Caminho”)

Que Assim Seja!
Paula Duran




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