terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O PARADOXO DE NOSSO TEMPO


Bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar nosso vizinho.

Conquistamos o espaço sideral, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e, não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.

Estamos na era do fast-food e da digestão lenta; do homem grande, mas de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Esta é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Esta é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas mágicas.

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa. Armários cheios e corações vazios.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer eu te amo à sua esposa e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame... ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.

O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!

Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

HOJE!

(Autor: George Carlin)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

CONFIA SEMPRE & 1º ANO DO BLOG


Sábado, 23/2/13, o blog completou seu primeiro ano. 

Foi com muita satisfação que vimos 249 postagens serem lidas, através das 18.507 visualizações, originadas em 10 países (Brasil, EUA, Japão, Reino Unido, Rússia, Alemanha, Portugal, França Austrália e Colômbia).

Muito obrigada a todos pelo prestígio, confiança, colaboração e assiduidade!
Vamos rumo ao 2º ano!
E, para encher de ânimo essa nossa jornada e a semana de cada um de vocês,  nada mais apropriado que a mensagem de Meimei: 

Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.

Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo.

Crê e batalha.

Esforça-te no bem e espera com paciência.

Tudo passa e tudo se renova na Terra, mas o que vem do céu permanecerá.

De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.

Eleva, pois, o teu olhar e caminha.

Luta e serve.

Aprende e adianta-te.

Brilha a alvorada além da noite.

Hoje é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com aflição ou ameaçando-te com a morte...

Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.

(Do espírito de Meimei, por Francisco C. Xavier)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

AUXÍLIO NO AUXÍLIO


"Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar-nos uns aos outros".
( João - I João, 4:11)

Há quem pergunte como auxiliar aos outros sem possuir recursos materiais.
E, dentre as muitas formas de amparar sem apoio amoedado, falar para o bem é uma delas.

Recorda o tesouro das boas palavras que transportas contigo.
Basta ligar os dispositivos da memória e o verbo edificante se te derramará da boca, à feição de uma torrente de luz.

Ajuda aos que ajudam, em benefício do próximo, criando o clima do otimismo e da esperança indispensável à sustentação da alegria e da paz.
Não pronuncies a frase de pessimismo ou desencanto, reprovação ou amargura.
A dificuldade estará presente, mas se forjamos a confiança na força espiritual que nos é característica, de modo a transpô-la ou desfazê-la, conseguiremos liquidá-la muito mais facilmente, de vez que estaremos mobilizando o poder da cooperação.

A enfermidade estará golpeando fundo no irmão que a suporta, no entanto, se exteriorizamos, em favor dele, um pensamento de reequilíbrio ou de fé, será essa a medida providencial que o habilite, por fim, a iniciar a marcha mental para a justa restauração.

Não desencorajes, seja a quem seja.
Feridas reviradas agravam o sofrimento.
Erros comentados estendem a sombra.
Cada consciência é um mundo por si, com obstáculos e problemas próprios.

Cada qual de nós - os espíritos em evolução na Terra - temos qualidades nobres que acumulamos e imperfeições de que nos devemos desvencilhar.

Lembremo-nos do auxílio que podemos aditar ao auxílio daqueles que se consagram a auxiliar para o bem dos semelhantes.
Se nos propomos a colaborar, na edificação do Reino de Deus, comecemos pela caridade silenciosa de não complicar e nem desanimar a ninguém.

(Do livro “Mais Perto”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

CHAMAMENTO AO AMOR


“... E à ciência temperança, e à temperança paciência e
à paciência piedade.” – Pedro. (II PEDRO, 1: 6.)

Aprender sempre, instruir-nos, abrilhantar o pensamento, burilar a palavra, analisar a verdade e procurá-la são atitudes de que, efetivamente, não podemos prescindir, se aspirarmos à obtenção do conhecimento elevado; entretanto, milhões de talentosos
obreiros da evolução terrestre, nos séculos que se foram, esposaram a cultura intelectual, em sentido único, e fomentaram opressões que culminaram em pavorosas guerras de extermínio.

Incapazes de controlar apetites e paixões, desvairaram-se na corrida ao poder, encharcando a terra com o sangue e o pranto de quantos lhes foram vítimas das ambições desregradas.

Toda grandeza de inteligência exige moderação e equilíbrio para não desbordar-se em devassidão e loucura.

Ainda assim, a temperança e a paciência, por si só, não chegam para enaltecer o lustre do cérebro.

A própria diplomacia, aliás sempre venerável, embora resida nos cimos da suavidade e da tolerância, pelos gestos de sobriedade e cortesia com que se manifesta, em muitos casos não é senão a arte de contemporizar com o rancor existente entre as nações, segurando, calma, o estopim do ódio e da belicosidade para a respectiva explosão, na época que
julga oportuna a calamitosas conflagrações.

O apontamento do Evangelho, no entanto, é claro e preciso.

Não vale a ciência sem temperança e toda temperança pede paciência para ser proveitosa, mas para que esse trio de forças se levante no campo da alma, descerrando-lhe o suspirado acesso aos mundos superiores, é necessário que o amor esteja presente, a enobrecer-lhes o impulso, de vez que só o amor dispõe de luz bastante para clarear o
presente a santificar o porvir.

(Do livro "Palavras de Vida Eterna", de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ORGULHO


Orgulho, doença moral das mais atuantes em todos nós.
Derivativo do orgulho, a comparação é um dos efeitos mais notáveis da presença do orgulho nas relações.
A comparação é importante para formação de nossa personalidade e tem início na nossa infância.
Muitas vezes o orgulhoso rebaixa a importância dos outros.
E isso impede as relações gratificantes e duradouras, pois estabelece uma competição íntima com o outro.
A imaginação fértil atinge níveis enfermiços.
O ser passa a viver mais dos seus pensamentos distorcidos do que de seus sentimentos reais.
Passa a trabalhar e cuidar mais da sua máscara, do personagem que criou para si próprio, do que se sua vida real.
Acaba por ter estresse, resultado da perda de energia para alimentar fantasias orgulhosas.
A preocupação com o que os outros pensam é uma neurose.
Para ser aceito em determinados grupos, para receber a aprovação dos outros, cerca-se de coisas materiais.
E por, muitas vezes, procurar a aprovação de pessoas também orgulhosas, cria uma cadeia de retroalimentação: um orgulhoso alimenta o outro.
Quando ouve alguém elogiando o próximo, diz “tal pessoa é boa nisso, mas..”. 
Em outras palavras, elogia atacando, diminuindo a competência alheia para enaltecer a sua, não raro, inexistente.
Muitas vezes, no fundo, gostaríamos de ser aquela pessoa ou ter algo dela.
Isso impede a alegria das relações sinceras, pois no fundo estamos corroídos de inveja, com raiva diante da vitória alheia.
Assim, assumimos o papel de fiscais do nosso próximo, procurando por deslizes, por atos que fragilizem o nosso “opositor”.
O orgulho é poderoso para nos fazer valorizar o que não somos, mas desejaríamos ser, levando a sentir e imaginar, tudo que fazemos ou temos melhor que o outro.
O orgulho é impermeável, não permite que o outro penetre a nossa intimidade.
Assim terminam muitos relacionamentos.
Manter as aparências custa muito e é doloroso.
O amor-próprio é o pilar mestre das relações.
Como podemos dar o melhor de nós, senão estamos bem?
Autoperdão e amor-próprio são os caminhos.
Sem isso não haverá harmonia nas relações e interações.
É necessária uma auto-análise com muita humildade, reconhecer os reais motivos que impulsionam as nossas ações, movimentos e decisões.
Um mergulho sincero para o nosso interior.
Descobrir onde estamos errando com o nosso próximo, decidir fazer a nossa mudança, sem sofrimento, nos perdoando.
Sem o autoperdão não conseguiremos sair do lugar.
Perseverança sempre, seguindo os ensinamentos de nosso querido Jesus Cristo.
Pedindo a Ele a sua luz a orientar nossos caminhos e a nossa decisão de melhora moral.

(Do livro “Mereça ser Feliz”, de Wanderley S. de Oliveira, pelo espírito de Ermance Dufaux)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

EDUCAÇÃO E DISCIPLINA


Evidentemente, não se justificam cilício e jejum sistemáticos, a serviço da alma, no entanto, é justo empenharmos atenção e esforço, na aquisição de hábitos dignos, conducentes à elevação.

Considera que toda obra, por mais importante, principia no alicerce e iniciemos as grandes realizações do Espírito, através de pequenos lances de disciplina.

Tanto quanto possível, aprende a te desprenderes dessa ou daquela porção de ti mesmo ou daquilo que te pertença.
A fim de ajudar ou facilitar alguém.

Não desprezes a possibilidade de visitar os irmãos em doença ou penúria, pelo menos uma vez por semana, de maneira a levar-lhes consolação e refazimento.

Em cada sete dias, qual ocorre ao impositivo do descanso geral, destaca um deles para ingerir o mínimo de alimentação, doando o necessário repouso aos mecanismos do corpo.

Semanalmente, retira um dia para o trabalho de vigilância absoluta no próprio pensamento e no próprio verbo, mentalizando e falando exclusivamente no bem dos outros. 

Em cada ciclo de vinte e quatro horas, separa diminuta área de tempo, quando não possas fazê-la mais ampla, para estudo e meditação, silêncio e prece. 

Fase, por dia ou por semana, um horário de serviço gratuito, em auxílio aos companheiros da Humanidade.

Decerto que não estamos generalizando recomendações, de vez que todos conhecemos criaturas quase que inteiramente devotadas ao bem do próximo. 

Ainda assim, apresentamos o assunto de nós para nós mesmos, porque toda educação parte da disciplina e, para que nos ajustemos à disciplina, nesse ou naquele setor da vida, será sempre invariavelmente preciso começar.

(Do livro “Paz e Renovação”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

EM TODOS OS CAMINHOS


Seja qual seja a experiência, convence-te de que Deus está conosco em todos os caminhos.
Isso não significa omissão de responsabilidade ou exoneração da incumbência de que o Senhor nos revestiu.
Não há consciência sem compromisso, como não existe dignidade sem lei.
O peixe mora gratuitamente na água, mas deve nadar por si mesmo.
A árvore, embora não pague imposto pelo solo a que se vincula, é chamada a produzir conforme a espécie.
Ninguém recebe talentos da vida para escondê-los em poeira ou ferrugem.
Nasceste para realizar o melhor.
Para isso, é possível te defrontes com embaraços naturais ao próprio burilamento, qual a criança que se esfalfa compreensivelmente nos exercícios da escola.
A criança atravessa as provas do aprendizado sob a cobertura da educação que transparece do professor.
Desempenhamos as nossas funções com o apoio de Deus.
Se o conhecimento exato da Onipresença Divina ainda não te acode à mente necessitada de fé, pensa no infinito das bênçãos que te envolvem, sem que despendas mínimo esforço.
Não contrataste engenheiros para a garantia do Sol que te sustenta e nem assalariaste empregados para a escavação de minas de oxigênio na atmosfera, a fim de que se renove o ar que respiras.
Reflete, por um momento só, nas riquezas ilimitadas ao teu dispor nos reservatórios da natureza e compreenderás que ninguém vive só.
Confia, segue, trabalha e constrói para o bem.
E guarda a certeza de que, para alcançar a felicidade, se fazes teu dever, Deus faz o resto.

 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

EDUCAÇÃO PARA O AUTO-AMOR


O mais genuíno ato de amor a si consiste na laboriosa tarefa de fazer brilhar a luz que há em nós. Permitir o fulgor da criatura cósmica que se encontra nos bastidores das máscaras e ilusões. Somente assim, escutando a voz de nosso guia interior, nos esquivaremos das falácias do ego que nos inclina para as atitudes insanas da arrogância.

Quando não nos amamos, queremos agradar mais aos outros que a nós, mendigamos o amor alheio, já que nos julgamos insuficientes ou incapazes de nos querer bem.

O resgate de si mesmo há de se tornar meta prioritária das sociedades sintonizadas com o progresso. O bem-estar do homem, no seu mais amplo sentido, se tornará o centro das cogitações da ciência, da religião e de todas as organizações humanas.

Não podemos ignorar fatores de ordem educacional e social que estimulam vivências íntimas da criatura em sua caminhada de aprendizado. As últimas duas gerações que sofreram de modo mais acentuado os processos históricos e coletivos da repressão atingem a meia idade na atualidade. Renasceram ao longo das décadas de cinqüenta e sessenta e se encontram em plena fase de vida produtiva, sofridas pelas seqüelas psicológicas marcantes de autodesamor.

Outro fator, mais grave ainda, são as crenças alicerçadas em sucessivas vidas reencarnatórias que constituem sólida argamassa psicológica e emocional, agindo e reagindo, continuamente, contra os anseios de crescimento íntimo. O complexo de inferioridade é a condição cármica criada pelo homem em seu próprio desfavor.

Nada, porém, é capaz de bloquear ou diminuir o fluxo de sentimentos naturais e divinos que emanam da alma como apelos de bondade, serenidade e elevação. Nem a formação educacional rígida ou os velhos condicionamentos são suficientes para tolher a escolha do homem por novos aprendizados. O self emite, incessantemente, energias sublimadas, a despeito dos fatores sociais e reencarnatórios que agrilhoam a mente aos cadinhos regenerativos do conflito e da dor.

Contra os objetivos da vida profunda, temos forças vivas em nós mesmos como efeitos de nossos desatinos nas experiências pretéritas.

Considerando essa manifestação celeste do ser profundo, compete-nos talhar condições favoráveis para o aprendizado das mensagens da alma. Aprender a ouvir nossos sentimentos verdadeiros, os reclames do Espírito que somos nós mesmos.

O auto-amor é um aprendizado de longa duração. Conectar seu conceito a fórmulas comportamentais para aquisição de felicidade instantânea é uma atitude própria de quantos se exasperam com a procura do imediatismo. Amar é uma lição para a eternidade.

Uma das habilidades que carecemos aperfeiçoar nas relações interpessoais é a arte de ouvir. Mas, da mesma forma que guardamos limitações para ouvir o outro, também não sabemos ouvir a nós mesmos.

Ouvir a alma é aprender a discernir entre sentimentos e o conjunto variado de manifestações íntimas do ser, sedimentadas na longa trajetória evolutiva, tais como instintos, tendências, hábitos, complexos, traumas, crenças, desejos, interesses e emoções.

Escutar a alma é aprender a discernir o que queremos da vida, nossa intenção-básica. A intenção do Espírito é a força que impulsiona o progresso através do leque dos sentimentos. A intenção genuína da alma reflete na experiência da afetividade humana, construindo a vastidão das vivências do coração – a metamorfose da sensibilidade. A conquista de si mesmo consiste em saber interpretar com fidelidade o que buscamos no ato de existir, a intenção magnânima que brota das profundezas da alma em profusão de sentimentos.

Estar em paz consigo é recurso elementar na boa aplicação dos talentos divinos a nós confiados.

Amar-se não significa laborar por privilégios e vantagens pessoais, mas o modo como convivemos conosco. Resume-se na forma como tratamos a nós próprios. A relação que estabelecemos com nosso mundo íntimo. Sobretudo, o respeito que exercemos àquilo que sentimos. A auto-estima surge quando temos atitude cristã com nossos sentimentos.

O amor a si não se confunde com o egoísmo, porque quem tem atitude amorosa consigo está centrado no self. Deslocou o foco de seus sentimentos para a fonte de sabedoria elevação, criando ressonância com o ritmo de Deus. Amar-se é ir ao encontro do si mesmo.

Alguns tópicos para debate:

Responsabilidade – somos os únicos responsáveis pelos nossos sentimentos.

Consciência – o sentimento é o espelho da vida profunda do ser e expressa os recados da consciência. Nossos sentimentos são a porta que se abre para esse mundo glorioso que se encontra oculto, desconhecido.

Ética para conosco – somos tratados como nos tratamos. Como sermos merecedores de amor do outro, se não recebemos nem o nosso próprio?

Juízo de valor – não existem sentimentos certos ou errados.

Automatismos e complexos – o sentimento pode ser sustentado por mecanismos alheios à vontade e à intenção.

Auto-amor é um aprendizado – construir um novo olhar sobre si, desenvolver sentimentos elevados em relação a nós, constitui um longo caminho de experiências nas fieiras da educação.

Domínio de si – educar sentimentos é tomar posse de nós próprios.

Aceitação – só existe amor a si através de uma relação pacífica com a sombra.

Renovação do sistema de crenças – superar os preconceitos. Julgamentos formulados a partir do sistema de crenças desenvolvidas com base na opinião alheia desde a infância.

Ação no bem – integração em projetos solidários. Aquisição de valor pessoal e convivência com a dor alheia trazem gratidão, estima pelas vivências pessoais. Cuidando bem de nós próprios, somos, simultaneamente, levados a estender ao próximo o tratamento que aplicamos a nós. Quando aprendemos a gostar de nós, independente de sermos amados, passamos a experimentar mais alegria em amar. A ética de amor a si deve estar afinada com o amor ao próximo.

Assertividade – diálogo interno. Uma negociação íntima para zelar pelos limites do interesse pessoal. 

Florescer a singularidade – o maior sinal de maturidade. Estamos muito afastados do que verdadeiramente somos.

Ter as rédeas de si mesmo – para muitos o personalismo surge nesse ato de gerir a vida pessoal com independência. Pelo simples fato de não saberem como manifestar seus desejos e suas intenções, abdicam do controle íntimo e submetem-se ao controle externo de pessoas e normas.

Construção da autonomia – autonomia é capacidade de sustentar sentimentos nobres acerca de nós próprios.

Identificação das intenções – aprender a reconhecer o que queremos, qual nossa busca na vida. Quase sempre somos treinados a saber o que não queremos.

Sentir-se bem consigo é sinônimo de felicidade, acesso à liberdade. É permitir que a centelha sagrada de Deus se acenda em nós. Conhecer a arte de manejar caracteres.

(Do Livro “Escutando Sentimentos – a atitude de amar-nos como merecemos”, de Wanderley de Oliveira, pelo espírito de Ermance Dufaux)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

PAZ EM CASA


Compras na terra o pão e a vestimenta, o calçado e o remédio, menos a paz.
Darte-á o dinheiro residência e conforto, com exceção da tranqüilidade de espírito.
Eis porque nos recomenda Jesus venhamos a dizer, antes de tudo, ao entramos numa casa: "paz seja nesta casa".
A lição exprime vigoroso apelo à tolerância e ao entendimento.
No limiar do ninho doméstico, unge-te de compreensão e de paciência, a fim de que não penetres o clima dos teus, à feição de inimigo familiar.
Se alguém está fora do caminho desejável ou se te desgostam arranjos caseiros, mobiliza a bondade e a cooperação para que o mal se reduza.
Se problemas te preocupam ou apontamentos te humilham, cala os próprios aborrecimentos, limitando as inquietações.
Recebe a refeição por bênção divina.
Usa portas e janelas, sem estrondos brutais.
Não movas objetos, de arranco.
Foge à gritaria inconveniente.
Atende ao culto da gentileza.
Há quem diga que o lar é ponto do desabafo, o lugar em que a pessoa se desoprime. Reconhecemos que sim; entretanto, isso não é razão para que ele se torne em praça onde a criatura se animalize.
Pacifiquemos nossa área individual para que a área dos outros se pacifique.
Todos anelamos a paz do mundo; no entanto, é imperioso não esquecer que a paz do mundo parte de nós.

(De Chico Xavier, pelo espírito de Emmanuel)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A GRANDE INVOCAÇÃO



A Grande Invocação é uma oração mundial, traduzida em mais de 50 idiomas e dialetos.
É um instrumento de poder para ajudar a que o Plano de Deus se expresse plenamente na Terra e para empregá-lo como um ato de serviço à humanidade e ao Cristo.
Expressa certas verdades essenciais que todos os homens aceitam inata e normalmente:
- Que existe uma inteligência básica a qual damos o nome de Deus.
- Que há um plano divino evolutivo, no universo, cujo poder motivador é o amor.
- Que uma grande individualidade chamada Cristo - O Instrutor do Mundo - pelo cristianismo, veio à Terra e personificou esse amor a fim de que pudéssemos compreender que o amor e a inteligência são efeitos do propósito, da vontade e do Plano de Deus.

Do ponto de luz na mente de Deus,
Flua luz às mentes humanas;
Que a luz desça à Terra.

Do ponto de amor no coração de Deus,
Flua amor aos corações humanos;
Que Cristo retorne à Terra.

Do centro onde a vontade de Deus é conhecida,
Guie o propósito todas as pequenas vontades humanas;
O propósito que os mestres conhecem e a que servem.

Do centro a que chamamos a raça humana,
Cumpra-se o plano de amor e luz;
E que se feche a porta onde mora o mal.

Que a luz, o amor e o poder
Restabeleçam o plano na Terra.
Que assim seja, graças a Deus!


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

ORAI

Pai Nosso, que estás nos Céus
Na luz dos sóis infinitos,
Pai de todos os aflitos
Neste mundo de escarcéus.

Santificado, Senhor
Seja o Teu nome sublime,
Que em todo Universo exprime,
Concórdia, ternura e amor.

Venha ao nosso coração,
O teu reino de bondade,
De paz e de claridade
Na estrada da redenção.

Cumpra-se o teu mandamento
Que não vacila e nem erra,
No Céu, como em toda a Terra
De luta e de sofrimento.

Evita-nos todo o mal,
Dá-nos o pão no caminho,
Feito de luz, no carinho
Do pão espiritual.

Perdoa-nos, meu Senhor,
Os débitos tenebrosos,
De passados escabrosos,
De iniquidade e de dor.

Auxilia-nos também,
Nos sentimentos cristãos,
A amar nossos irmãos
Que vivem longe do bem.

Com a proteção de Jesus
Livra a nossa alma do erro,
Neste mundo de desterro,
Distante da vossa luz.

Que a nossa ideal igreja,
Seja o altar da Caridade,
Onde se faça a vontade
Do vosso amor.

Assim seja, graças a Deus!

(Emmanuel)




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

PERSEVERAR


...perseveremos no bem sobretudo.
...a estrada provavelmente se nos erigirá lodacenta ou agressiva pelos tropeços e espinhos que apresente ...
Perseveremos servindo para transpô-la.
...o ambiente terá surgido carregado de nuvens, na condensação de injúrias ou incompreensões que nos circundem...
Perseveremos ofertando aos outros o melhor de nós em favor dos outros e os outros nos auxiliarão para vencer as sombras e dissipá-las.

...ansiedades e esperanças nos visitam a alma, transformando-se em obstáculos para a obtenção da alegria que nos propomos alcançar...
Perseveremos agindo na prática do bem e, dentro desse exercício salutar de sublimação, surpreenderemos, por fim, a região de acesso às bênçãos que buscamos.

...as lutas e desafios se nos avolumam na marcha...
perseveremos na humildade e na paciência que nos garantirão a segurança e a tranquilidade das quais não prescindimos para seguir adiante.

...discórdias e problemas repontam das tarefas a que consagramos as nossas melhores forças...
Perseveremos na serenidade e na elevação, dentro dos encargos que nos assinalem a presença onde estivermos, e seremos aqueles ingredientes indispensáveis de união e de paz nos grupos do serviço de que partilhamos atendendo às obrigações que nos competem ao espírito de equipe.

...filhos, provas e tribulações, pedras e espinhos, conflitos e lágrimas, desarmonias e empeços existirão sempre na estrada que se nos desdobra à visão...
no entanto, se é fácil começar o apostolado do amor, é sempre difícil continuar em direção do remate vitorioso.

...perseverar é o impositivo de que não nos será lícito fugir...
Perseverar trabalhando e servindo, entendendo e edificando, aprendendo e redimindo...
...perseverar sempre de modo a nunca desanimar na construção do bem a fim de merecermos o bem maior.

(Do livro “Bezerra, Chico e Você”, de Francisco C. Xavier, pelo espírito de Bezerra de Menezes)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

QUANTO PUDERES


Quanto puderes, não te afastes do lar, ainda mesmo quando o lar te pareça inquietante fornalha de fogo e aflição.
Quanto te seja possível, suporta a esposa incompreensiva e exigente, ainda mesmo quando surja aos teus olhos por empecilho à felicidade.
Quanto estiver ao teu alcance, tolera o companheiro áspero ou indiferente, ainda mesmo quando compareça ao teu lado, por adversário de tuas melhores esperanças.
Quanto puderes, não abandones o filho impermeável aos teus bons exemplos e aos teus sadios conselhos, ainda mesmo quando se te afigure acabado modelo de ingratidão.
Quanto te seja possível, suporta o irmão que se fez cego e surdo aos teus mais elevados testemunhos no bem, ainda mesmo quando se destaque por inexcedível representante do egoísmo e da vaidade.
Quanto estiver ao teu alcance, tolera o chefe atrabiliário, o colega leviano, o parente desagradável, ou o amigo menos simpático, ainda mesmo quando escarneçam de tuas melhores aspirações.

Apaga a fogueira da impulsividade que nos impele aos atos impensados ou à queixa descabida e avancemos para diante arrimados à tolerância porque se hoje não conseguimos realizar a tarefa que o senhor nos confiou, a ela tornaremos amanhã com maiores dificuldades para a necessária recapitulação.

Não vale a fuga que complica os problemas, ao invés de simplificá-los.
Aceitemos o combate em nós mesmos, reconhecendo que a disciplina antecede a espontaneidade.
Não há purificação sem burilamento, como não há metal acrisolado sem cadinho esfogueante.

A educação é obra de sacrifício no espaço e no tempo, e atendendo à Divina Sabedoria, - que jamais nos situa uns à frente dos outros sem finalidade de serviço e reajustamento para a vitória do amor -, amemos nossas cruzes por mais pesadas e espinhosas que sejam, nelas recebendo as nossas mais altas e mais belas lições.

 (Do livro “Coragem, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

TRABALHA E CONFIA


Muitas vezes, cansas-te das atividades que a vida te pede; no entanto, é forçoso pensar nos benefícios e vantagens que o trabalho te propicia.
Efetivamente, são muitas as dificuldades morais que as tarefas do cotidiano amontoam no coração.
Basta, no entanto, reflitas no socorro e no auxílio que elas te trazem para que lhes reconheças a oportunidade e a grandeza.
Em muitas circunstâncias, o trabalho te impõe fadiga e desgaste, mas, através dele próprio, é que surpreendes os recursos indispensáveis ao próprio refazimento, a fim de que te promovas a encargos de nível mais alto.
Em muitos lances da estrada, provocará problemas difíceis de resolver, contudo, pela solução desses mesmos problemas, é que adquirirás experiência suscetível de libertar-te da ignorância.
Por vezes, suscitará o aparecimento de adversários gratuitos; todavia, é justamente nele que conquistas as preciosas afeições que te prestigiem e amparam a existência.
Em vários episódios do cotidiano, te traz ao caminho a presença daqueles que te causam prejuízos transitórios por não te conseguirem auxiliar ou compreender, mas exatamente com ele é que possuis o apoio necessário, em favor daqueles a quem mais amas.
Detém-te a observar as trilhas da existência e perceberás que foi no trabalho que obtiveste o aprendizado que te ilumina, o conhecimento que te enriquece, o auxílio que te resguarda, o apreço que te cerca, o amigo que te abençoa e as melhores motivações para a aquisição de segurança e competência.
Trabalha e confia sempre, oferecendo à vida o melhor de ti mesmo e o melhor da vida te virá ao encontro.
Compreendemos a pausa de repouso para o refazimento preciso, a fim de prosseguirmos trabalhando; entretanto, é imperioso reconhecer que a inércia em si é ferrugem no arado e golpe na produção.
Não recuses e nem percas o privilégio de trabalhar, servindo ao bem, porque, ainda mesmo nas circunstâncias mais constrangedoras, o trabalho se te converterá numa bênção e, ainda que te custe lágrimas, essas mesmas lágrimas, se perseverares nele, se te transformarão no caminho em alavancas de apoio e balizas de luz.

(Do livro “Mais Perto”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel)



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

GALHO VERDE


 “... A partir do nascimento, suas idéias retomam gradualmente impulso, à medida que se desenvolvem os órgãos...”

“... Durante o tempo em que seus instintos dormitam, ele é mais flexível e, por isso mesmo, mais acessível às impressões que podem modificar sua natureza e fazê-lo progredir...”

Quando crianças, somos como uma ―argila frágil ou mesmo como um galho verde prontos para ser modelados ou direcionados pelos nossos pais, que têm por missão desenvolver nossos potenciais como uma de suas principais tarefas.
Grande parte de nossas percepções e reações emocionais foram internalizadas em razão da influência dos adultos à nossa volta.
Desde o nascimento, somos todos extremamente sensíveis ao ambiente em que vivemos; por isso, os adultos devem meditar sobre as posturas que irão tomar em relação às crianças, pois terão grave importância em seu desenvolvimento futuro.
Determinados atos no ambiente familiar podem ―melhorar e ―desenvolver, ou ―deteriorar e ―inibir a organização psicoespiritual da personalidade infantil.
Um ponto básico para compreensão e aceitação dos conceitos de educação em profundidade é o fato de que as crianças, no início de seu desenvolvimento, são ―forçadas a aceitar as regras dos pais, que se esquecem de que os filhos não são ―livros em branco, mas almas antigas que carregam consigo enorme bagagem de experiências em seu ―curriculum espiritual.
Cada criança é um mundo à parte.
Embora existam necessidades generalizadas para todas, também a individualidade de cada uma deve ser respeitada, pois os
filhos, mesmo de uma só família, são diferentes entre si, inclusive os gêmeos univitelinos.
Impraticável tentar vestir mãos diferentes com a mesma luva ou enquadrar todas as crianças em igual padrão educativo.
Não se podem determinar modelos, receitas e atitudes absolutamente fixas e rígidas.
Aceita-se com flexibilidade que cada criança terá sua importância à medida que desenvolve sua personalidade.
Todas as crianças gostam e necessitam de correr, de brincai; de estudar, de comer e de ser educadas convenientemente, mas cada uma terá características peculiares e não poderá correr, brincar, estudar e comer como as outras, nos mesmos moldes ou figurinos.
Um outro ponto importante é que, em muitas circunstâncias, as reações educativas dos pais não atendem basicamente às necessidades dos filhos, porém às deles mesmos. Inconsciente-mente, tentam educá-los através das projeções de seus conflitos, frustrações e problemas pessoais, nunca atingindo uma dinâmica profunda e direcionada às reais necessidades dos filhos.
Certos adultos vivem suas dificuldades interiores na vida da criança, tentando resolver seus problemas nos problemas infantis, sentindo-se destroçados ou vitoriosos conforme as derrotas e os triunfos dos filhos. O resultado disso tudo será uma pessoa atingindo a maioridade completamente desconectada de suas realidades e profundamente desorientada.
Um fato a destacar é o sofrimento dos filhos em razão de constantes atitudes inibitórias provocadas por adultos que se comportam com excessivo controle e zelo.
Impedem que as crianças expressem gestos e raciocínios espontâneos, bem como a sua forma de ser.
Desencorajam-nas a promover suas idéias inatas, desestimulam-lhes as vocações naturais, alteram-lhes as atividades para as quais teriam toda uma habilidade instintiva e faculdades apropriadas e impedem o desenvolvimento de sua própria índole, prejudicando-as.
Portanto, deveremos ser cuidadosos na análise de nossas influências
paternais junto aos filhos, porque em ―nome da missão ou da ―educação filial não nos é licito forçar ou distorcer os ―galhos verdes, impondo-lhes opiniões e decisões e deixando de proporcionar-lhes gradativamente o hábito das próprias escolhas.
Superprotegidos contra os erros, defendidos dos problemas e dificuldades, vemo-los crescendo à sombra dos pais, indecisos até sobre a mais simples opção, numa situação de dependência e apego que se prolonga, em muitos casos, durante toda a encarnação e também, por que não, nas futuras.
A partir do nascimento, suas idéias retomam gradualmente impulso, à medida que se desenvolvem os órgãos, e as crianças vão adquirindo uma maior possibilidade de se expressar como realmente são.
A partir daí, devem ser educadas de forma coerente com seu caráter instintivo e traços de personalidade - fruto dos conhecimentos que adquiriram nas existências anteriores.
Nunca porém nos padrões da coerção, da exigência, da comparação, da crítica constante ou da superproteção - fatores de insegurança e de desajustes psicológicos profundos.
Pais generosos, de espírito totalmente isento de crítica destrutiva, aproximam-se das crianças com o objetivo real de lapidá-las num clima constante de muito amor e compreensão, jamais se esquecendo de que elas não são suas, mas ―almas eternas em estágio temporário no recinto de nosso lar.
São criaturas de Deus a caminho da luz.

(Do livro “Renovando Atitudes”, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito de Hammed)

Foto: Mar da Galileia (*Pixabay) Irmãos, que alegria estarmos todos aqui neste ambiente de paz, amor, fraternidade e luz, muita...