Orgulho, doença moral das mais
atuantes em todos nós.
Derivativo do orgulho, a
comparação é um dos efeitos mais notáveis da presença do orgulho nas relações.
A comparação é importante para
formação de nossa personalidade e tem início na nossa infância.
Muitas vezes o orgulhoso rebaixa a
importância dos outros.
E isso impede as relações
gratificantes e duradouras, pois estabelece uma competição íntima com o outro.
A imaginação fértil atinge níveis
enfermiços.
O ser passa a viver mais dos seus
pensamentos distorcidos do que de seus sentimentos reais.
Passa a trabalhar e cuidar mais da
sua máscara, do personagem que criou para si próprio, do que se sua vida real.
Acaba por ter estresse, resultado
da perda de energia para alimentar fantasias orgulhosas.
A preocupação com o que os outros
pensam é uma neurose.
Para ser aceito em determinados
grupos, para receber a aprovação dos outros, cerca-se de coisas materiais.
E por, muitas vezes, procurar a
aprovação de pessoas também orgulhosas, cria uma cadeia de retroalimentação: um
orgulhoso alimenta o outro.
Quando ouve alguém elogiando o
próximo, diz “tal pessoa é boa nisso, mas..”.
Em outras palavras, elogia
atacando, diminuindo a competência alheia para enaltecer a sua, não raro,
inexistente.
Muitas vezes, no fundo,
gostaríamos de ser aquela pessoa ou ter algo dela.
Isso impede a alegria das relações
sinceras, pois no fundo estamos corroídos de inveja, com raiva diante da
vitória alheia.
Assim, assumimos o papel de
fiscais do nosso próximo, procurando por deslizes, por atos que fragilizem o
nosso “opositor”.
O orgulho é poderoso para nos
fazer valorizar o que não somos, mas desejaríamos ser, levando a sentir e
imaginar, tudo que fazemos ou temos melhor que o outro.
O orgulho é impermeável, não
permite que o outro penetre a nossa intimidade.
Assim terminam muitos
relacionamentos.
Manter as aparências custa muito e
é doloroso.
O amor-próprio é o pilar mestre
das relações.
Como podemos dar o melhor de nós,
senão estamos bem?
Autoperdão e amor-próprio são os
caminhos.
Sem isso não haverá harmonia nas
relações e interações.
É necessária uma auto-análise com
muita humildade, reconhecer os reais motivos que impulsionam as nossas ações,
movimentos e decisões.
Um mergulho sincero para o nosso
interior.
Descobrir onde estamos errando com
o nosso próximo, decidir fazer a nossa mudança, sem sofrimento, nos perdoando.
Sem o autoperdão não conseguiremos
sair do lugar.
Perseverança sempre, seguindo os
ensinamentos de nosso querido Jesus Cristo.
Pedindo a Ele a sua luz a orientar
nossos caminhos e a nossa decisão de melhora moral.
(Do livro “Mereça ser Feliz”, de Wanderley
S. de Oliveira, pelo espírito de Ermance Dufaux)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos! Esse blog é de vocês. Nos alegramos muito com a sua colaboração!