quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ORGULHO


Orgulho, doença moral das mais atuantes em todos nós.
Derivativo do orgulho, a comparação é um dos efeitos mais notáveis da presença do orgulho nas relações.
A comparação é importante para formação de nossa personalidade e tem início na nossa infância.
Muitas vezes o orgulhoso rebaixa a importância dos outros.
E isso impede as relações gratificantes e duradouras, pois estabelece uma competição íntima com o outro.
A imaginação fértil atinge níveis enfermiços.
O ser passa a viver mais dos seus pensamentos distorcidos do que de seus sentimentos reais.
Passa a trabalhar e cuidar mais da sua máscara, do personagem que criou para si próprio, do que se sua vida real.
Acaba por ter estresse, resultado da perda de energia para alimentar fantasias orgulhosas.
A preocupação com o que os outros pensam é uma neurose.
Para ser aceito em determinados grupos, para receber a aprovação dos outros, cerca-se de coisas materiais.
E por, muitas vezes, procurar a aprovação de pessoas também orgulhosas, cria uma cadeia de retroalimentação: um orgulhoso alimenta o outro.
Quando ouve alguém elogiando o próximo, diz “tal pessoa é boa nisso, mas..”. 
Em outras palavras, elogia atacando, diminuindo a competência alheia para enaltecer a sua, não raro, inexistente.
Muitas vezes, no fundo, gostaríamos de ser aquela pessoa ou ter algo dela.
Isso impede a alegria das relações sinceras, pois no fundo estamos corroídos de inveja, com raiva diante da vitória alheia.
Assim, assumimos o papel de fiscais do nosso próximo, procurando por deslizes, por atos que fragilizem o nosso “opositor”.
O orgulho é poderoso para nos fazer valorizar o que não somos, mas desejaríamos ser, levando a sentir e imaginar, tudo que fazemos ou temos melhor que o outro.
O orgulho é impermeável, não permite que o outro penetre a nossa intimidade.
Assim terminam muitos relacionamentos.
Manter as aparências custa muito e é doloroso.
O amor-próprio é o pilar mestre das relações.
Como podemos dar o melhor de nós, senão estamos bem?
Autoperdão e amor-próprio são os caminhos.
Sem isso não haverá harmonia nas relações e interações.
É necessária uma auto-análise com muita humildade, reconhecer os reais motivos que impulsionam as nossas ações, movimentos e decisões.
Um mergulho sincero para o nosso interior.
Descobrir onde estamos errando com o nosso próximo, decidir fazer a nossa mudança, sem sofrimento, nos perdoando.
Sem o autoperdão não conseguiremos sair do lugar.
Perseverança sempre, seguindo os ensinamentos de nosso querido Jesus Cristo.
Pedindo a Ele a sua luz a orientar nossos caminhos e a nossa decisão de melhora moral.

(Do livro “Mereça ser Feliz”, de Wanderley S. de Oliveira, pelo espírito de Ermance Dufaux)

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