quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

A voz inconfundível....

"(....) Quase ao término do inesquecível Encontro, a cortina azul do firmamento se fendeu e pudemos ouvir, com nitidez, uma voz inconfundível que chegava de longe:

 — Meus irmãos, que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo seja para sempre conosco! Não temos palavras para agradecer-lhes tanta dedicação à Causa que nos é comum. Todos não passamos de meros instrumentos da Divina Bondade, que não nos desampara. Acreditem que, em nossa pequenez espiritual, nada logramos fazer de bom tão-somente com os nossos próprios recursos. Sigamos adiante na tarefa que, em verdade, está apenas começando... Lutemos contra a discórdia e a intolerância, procurando vivenciar os postulados que abraçamos. A Humanidade se encontra mais carente de exemplos na vivência do Evangelho, que de livros! Neste sentido, procuremos converter a própria vida em nossa maior obra literária. Sejamos sinceros na fé que professamos. Todos, mais cedo ou tarde, haveremos de tornar a envergar a vestimenta de carne, perseverando com o Senhor pela vitória do Bem até a consumação dos séculos! Não nos sintamos libertos de nossos compromissos e deveres junto aos irmãos encarnados. O de que o Espiritismo mais necessita na atualidade — não duvidem - é de amor - do amor de seus seguidores entre si. 

Ah! Pudéssemos calar todas as divergências de caráter doutrinário, que nada são e nada representam diante dos fundamentos da Doutrina! Sem que estejamos unidos no mesmo e único propósito de trabalhar pelo mundo renovado do Terceiro Milênio, a partir de nossa própria renovação, falharemos na base de nossas intenções e concorreremos para o desvirtuamento da Mensagem que pregamos. Esqueçamos o que fomos e o que somos, a fim de que nos lembremos do que precisamos ser com Jesus e, infelizmente, ainda não conseguimos... Não nos afastemos de nossas tarefas espirituais, por menores possam ser consideradas por nós ou pelos outros. Não é a extensão do trabalho o que revela a importância do trabalhador, mas o esforço sincero com que ele se empenha na execução do dever que lhe foi confiado. Recordando, outra vez, a palavra do Espírito da Verdade, amemo-nos e instruamo-nos - todavia amemo-nos muito mais do que possamos nos instruir. Sem verdadeiro amor no coração, nos desviaremos, sem perceber, do caminho estreito em que o Senhor nos precede, com o madeiro aos ombros. Continuam sempre atuais as palavras que foram inseridas nas páginas de "O Evangelho Segundo o Espiritismo": 

"Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: 'Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, afim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra”!... Amemo-nos! - eis o essencial. Ninguém pode ou sabe mais do que aquele que ama, porque o amor é a síntese de toda a sabedoria da Vida! Desculpem-me, se não tenho palavras de erudição para lhes oferecer nesta hora, em que estão a recordar a presença do humílimo servidor que continua a se considerar apenas na condição de "cisco” que sempre foi e é! Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, hoje e para todo o sempre!... (...)"

Quer saber a autoria desta belíssima mensagem? Procure no livro ''A Lei da Reencarnação' pelo Espírito Domingas, psicografia de Carlos A. Baccelli. 


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

O Vaso


"Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra." - Paulo. (I TESSALONICENSES, 4:4.)
A recomendação de Paulo de Tarso aos tessalonicenses ainda se reveste de plena atualidade.

O vaso da criatura é o corpo que lhe foi confiado. O homem comum, em sua falsa visão do caminho evolutivo, inadvertidamente procura saturá-lo de enfermidade, lama e sombras e, em toda parte, observam-se conseqüências funestas de semelhantes desvios.

Aqui, aparecem abusos da alimentação; além, surgem excessos inconfessáveis. Existências numerosas esbarram no túmulo, à maneira de veículos preciosos atropelados ou esmagados pela imprevidência.

Entretanto, não faltam recursos da Bondade Divina para que o patrimônio se mantenha íntegro, nas mãos do beneficiário que é a nossa alma imortal.
A higiene, a temperança, a medicina preventiva, a disciplina jamais deverão ser esquecidas.

O Pai Compassivo não se despreocupa das necessidades dos filhos, mas sim os próprios filhos é que menoscabam os valores que a Sabedoria Infinita lhes empresta por amor. Alguns superlotam o vaso sagrado com bebidas tóxicas e estonteantes, transformam-no outros em máquina da gula carniceira, quando o não despedaçam nos choques do prazer delituoso.

Em obedecer aos impositivos de equilíbrio, na Lei Divina, reside a magnífica prova para todos os filhos da inteligência e da razão. Raros saem dela integralmente vitoriosos. A maioria espera milagres para exonerar-se dos compromissos assumidos, olvidando que o problema do resgate e do reajustamento compete a cada um.

O melhor pai terrestre não conseguirá preservar o vaso dos filhos, senão transmitindo-lhes as diretrizes do reto proceder. Fora, pois, da lição da palavra e do exemplo, é imprescindível reconhecer que cada criatura deve saber possuir o próprio vaso em santificação e honra para Deus.

XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 156




Foto: Mar da Galileia (*Pixabay) Irmãos, que alegria estarmos todos aqui neste ambiente de paz, amor, fraternidade e luz, muita...