segunda-feira, 31 de março de 2014

A DOR EM NOSSAS VIDAS


Você já parou para pensar na razão da existência da dor, do sofrimento, em nossas vidas?

Talvez num daqueles momentos de extrema angústia, em que o coração parece apertar forte, você tenha pensado em Deus, na vida, e gritado intimamente: por quê?!

Os benfeitores espirituais vem nos esclarecer que a dor é uma lei de equilíbrio e educação.

Léon Denis, reconhecido escritor francês, em sua obra “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, esclarece que o gênio não é somente o resultado de trabalhos seculares; é também a apoteose, a coroação de sofrimento.

De Homero a Dante, a Camões, a Tasso, a Milton, todos os grandes homens, como eles, têm sofrido.

A dor fez-lhes vibrar a alma, inspirou-lhes a nobreza dos sentimentos, a intensidade da emoção que souberam traduzir com os acentos do gênio, e que os imortalizou.

É na dor que mais sobressaem os cânticos da alma.

Quando ela atinge as profundezas do ser, faz de lá saírem os gritos sinceros, os poderosos apelos que comovem e arrastam as multidões.

Dá-se o mesmo com todos os heróis, com todas as pessoas de grande caráter, com os corações generosos, com os espíritos mais eminentes.

Sua elevação mede-se pela soma dos sofrimentos que passaram.

Ante a dor e a morte, a alma do herói e do mártir revela-se em sua beleza comovedora, em sua grandeza trágica que toca, às vezes, o sublime, e o inunda de uma luz inapagável.

A história do mundo não é outra coisa mais que a sagração do espírito pela dor.

Sem ela, não pode haver virtude completa, nem glória imperecível.

Se, nas horas da provação, soubéssemos observar o trabalho interno, a ação misteriosa da dor em nós, em nosso “eu”, em nossa consciência, compreenderíamos melhor sua obra sublime de educação e aperfeiçoamento.

A dor é um dos meios de que Deus se utiliza para nos chamar a Si e, ao mesmo tempo, nos tornar mais rapidamente acessíveis à felicidade espiritual, única duradoura.

É, pois, realmente pelo amor que nos tem que Deus envia o sofrimento.

Fere-nos, corrige-nos como a mãe corrige o filho para educá-lo e melhorá-lo; trabalha incessantemente para tornar dóceis, para purificar e embelezar nossas almas, porque elas não podem ser completamente felizes, senão na medida correspondente às suas perfeições.


A todos aqueles que perguntam: para que serve a dor? A sabedoria divina responde: para polir a pedra, esculpir o mármore, fundir o vidro, martelar o ferro. 

quarta-feira, 26 de março de 2014

ONDE ESTÁ, Ó DEUS, QUE NÃO RESPONDE!


Assim, o poeta Castro Alves inicia seu poema Vozes da África.
É o lamento do Continente Africano, vendo seus filhos serem levados como animais ao mercado de escravos.

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes!
Em que mundo, em qu´estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos Te mandei meu grito,
Que embalde, desde então, corre o infinito...
Onde estás, senhor Deus?

À semelhança dos versos do poeta, muitas vozes se ergueram quando aconteceu o 11 de setembro de 2001, para indagar onde estava Deus naquele momento.
Por que permitiu que mais de duas mil vidas fossem destroçadas naquela manhã?
Por quê?
Poder-se-ia perguntar ainda onde estava Deus quando fomentamos a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
Quando eliminamos seis milhões de judeus, em nome de uma inexistente superioridade ariana.
E quando empreendemos as Cruzadas, levando a morte àqueles que qualificávamos como infiéis?
E durante a Inquisição de tanta barbárie?
E todos os dias, onde está Deus?
Onde está Deus quando enganamos nosso irmão?
Quando mentimos para conseguir favores que desejamos?
Quando desonramos o lar, com o adultério?
Quando eliminamos a vida no ventre materno, porque não desejamos o ser em gestação?
Onde está Deus quando deixamos nossos filhos à matroca, sem orientação, porque preferimos a acomodação?
Onde está Deus quando, utilizando o poder que o mundo nos confere, ferimos pessoas, destruímos a honra de outras vidas?
Onde está Deus quando levantamos as bandeiras da pena de morte ao nosso irmão?
Ou da eutanásia?
Para todas as perguntas, a resposta é a mesma:
Deus está dentro de nós, dentro de cada criatura.
Soberanamente sábio, criou-nos a todos iguais, partindo de um mesmo ponto de simplicidade e ignorância.
Criou os mundos para que neles trabalhássemos, utilizássemos nossas forças e crescêssemos em intelecto e moral.
A ninguém concedeu privilégios.
A todos concedeu o livre-arbítrio, com a consequente Lei de Causa e Efeito.
Estabeleceu que a cada um será dado conforme as suas obras e que todos deverão chegar ao mesmo destino, não importa quanto demore: a perfeição.
Ele nos permite a livre semeadura, mas estabelece que a colheita seja obrigatória.
Por isso, uns semeiam ventos e colhem tempestades.
Outros lançam ao solo as sementes da bondade, do bem e alcançam felicidade.
Uns estão semeando hoje. Outros tantos estão realizando a colheita das bênçãos ou das desgraças que se permitiram semear.
Conhecedor das fragilidades de Seus filhos, aguarda que cada um desperte, a seu tempo, cansado das dores que para si mesmo conseguiu.
Portanto, não indague onde está Deus, quando você contempla a injustiça.
Trabalhe pela justiça.
Não pergunte onde está Deus, quando observa a violência.
Semeie a paz.
Não questione onde está Deus quando a miséria campeia.
Utilize seus recursos para semear riquezas.
Enfim, onde quer que você esteja, lembre que Deus está em você e com você.
E espera que você seja o Seu mensageiro de bênçãos, onde se encontre.
Pense nisso.
Pense agora e comece a demonstrar ao mundo o Deus que existe em sua intimidade.


(Redação do Momento Espírita)




segunda-feira, 24 de março de 2014

REZAR SEM NEUROSE

Texto inspirado nos Escritos do Frei Neylor Tonin.
(Padre Jeferson)
Texto bíblico: Evangelho: Mt 6, 7-15

Quais as formas e os meios que rezamos? Como rezamos? O que rezamos?
Não só rezar, mas, também e principalmente, ser religioso sem neuroses.
É um desafio para todos nós. Acredito que tudo que façamos deva ter um pouco de neurose.
 Será?
Na verdade, a oração é apenas uma manifestação de um jeito mais amplo de ser religioso, que pode ser feliz ou triste, alegre ou amargo, adorante ou farisaico, alimentador ou condenatório, livre ou neurótico.
Este jeito pode, tristemente, caracterizar-se por expressões de modos e inseguranças, de preguiças enfastiadas ou de falsa compreensão relacional, de falta de aprumo espiritual ou de pessoas apresadas e insatisfeitas, de comandos intempestivos e desmandos intemperantes.

Rezar não é fácil.
Na reza ou na oração deve ter um sentido para a vida, isto é, um sentido mais profundo para a vida.
Rezar bem, com a alma e coração, com intensidade e pureza interiores, com despojamento e olho espiritual, não é coisa para marinheiros de primeira viajem ainda fascinados pelo turbulento revolver-se das águas e enamorados por seu fascínio, mas desconhecedores de seus perigos.
Rezar é bom e necessário, é até gostoso e inebriante, mas os grandes orantes sentiram na pele e ensinaram, em seus testemunhos e memórias, que não é fácil contemplar o invisível onde se esconde o rosto do Amado, de Deus.

Sendo assim, a alma que tanto deseja Deus, sofre imensamente pela insatisfação de ser tão pouco dele e de tão pouco poder amá-lo e sentir-se por Ele amado.
Por que sentimos isso.
Porque somos corpo, corpo pesado de concupiscentes sentidos físicos, quão difícil nos é mergulhar no invisível! Nesse meio ao colapso, não sabemos o que pedir ou a oração que fazer ou a graça que desejamos.
Na verdade a grande graça a ser pedida, neste estágio do itinerário espiritual, será a da perseverança e a do não-desespero diante do aparente desaparecimento de Deus.

Há, na vida religiosa (de oração), um meio-termo que é insatisfatório e nele se revelam as neuroses de nossa relação com Deus.
Este meio-termo se caracteriza por um desenfoque da verdadeira oração, no qual Deus é o centro e o que reza se põe de joelhos.
Quando ocorre o contrário, isto é, quando é o orante o centro e Deus é apequenado, ficando a serviço das necessidades de quem reza, a oração ganha traços de neurose e perde a fecundidade da graça divina.
O que consistem esses traços neuróticos?
Consistem em adulterar a natureza das coisas e das pessoas, de Deus e do orante. Estabelece-se uma inversão de importância, ficando Deus como o criado-mudo da história e o orante como o protagonista do discurso e da ação. 
O orante, sendo mendigo, comporta-se como patrão, e Deus, sendo Senhor, é tratado como empregado.
A oração não passa, então, de um enlouquecido cozinhar das carências humanas e não se dirige a Deus Senhor e doador das graças.
Estas são exigidas como expressão da pobreza humana, e não como escuta e deferimento da generosidade e bondade divinas.

As pessoas dizem que reza tanto e Deus não atende, ou ainda rezo muito e Deus me atende.
 Em ambas os casos, não há uma fé explicita em Deus, mas sim apenas estados emocionais prementes e assustador ou neuroses.
Nestes casos, a oração não tem alma de adoração e de encantamento, mas se materializa como atropelo de um espirito que manda comanda, que exige e cobra os dividendos da fé.
É preciso atentar para este tipo de apequenamento de Deus e para este comportamento espiritual, lembrando-se de que Deus nos atende porque é Deus e nos ama, e não porque acreditamos nele.
A verdadeira oração se fundamenta num pressuposto existencial: quem reza reconhece e exalta a grandeza de Deus, ao mesmo tempo em que aceita e confessa sua insignificância. Não-neurótica é a oração que tem como centro e endereço Deus.


(Publicação extraída do site http://fasdapsicanalise.com.br/)


domingo, 16 de março de 2014

EVOLUINDO SEMPRE

Pensar em pessoas é ajudá-las em sua evolução conhecendo sua essência, suas necessidades, seus medos e expectativas de vida.

Aprendemos que todos, sem distinção, estamos em busca de crescimento.
E essa fonte é inesgotável porque, a cada momento, somos surpreendidos com o novo, com a infinita e surpreendente visão do inesperado.

Questionamos o porquê, a razão, os motivos da mudança.
Mas, com elas aprendemos a desenvolver estratégias que nos conduzam ao novo cenário criado e nos remetam a trilhar novos caminhos.

Toda essa dinâmica faz de nós seres mutáveis, adaptáveis camaleões.
E na essência de nossa existência entendemos que a vida é feita de ciclos, momentos de pura evolução.

 Viver é evoluir.
 Viver é transformar, é repensar, é sentir.

Talvez o certo de hoje seja o errado de amanhã.

 Talvez o projetado para o futuro, seja o realizável no próximo instante.

A única certeza é de que nada, exatamente nada será igual e permanecerá imutável.

 Mesmo os nossos pensamentos, são construídos por outras vozes.
Vozes amigas, vozes conselheiras, vozes desconhecidas.
Mas, que em algum momento, tornam-se nossas vozes.

 Aprendemos, então, a olhar para o outro com um "que" de atenção.

 Talvez ele entenda sentimentos meus os quais nem eu entenda.
Talvez tenha a minha resposta, ou talvez, eu possa ser a sua solução...

 Ninguém é, essencialmente único.
Somos partes integradas.
 E para que nossa evolução seja completa, precisamos somar nossas convicções.

 O segredo é viver em busca de algo.
É, incansavelmente, estarmos querendo o algo mais.
Mais da vida, mais dos nossos sonhos, mas, principalmente, mais de nós mesmos...

 Não há fórmula especial, não há receitas de sucesso.

Antes do fim, existe o aprendizado.
 E essa conquista pode e deve ser eterna!

 "O sentir vale muito mais do que o entender".

quinta-feira, 13 de março de 2014

ALL FOR LOVE/TUDO POR AMOR

A postagem de hoje é mais uma das músicas que calam fundo nosso coração.

Ela se chama “All For Love”, ou “Tudo por Amor”

Para quem quiser cantar:

When it's love you give
I'll be a man of good faith
then in love you live
I'll make a stand. I won't break
I'll be the rock you can build on
be there when you're old
to have and to hold

When there's love inside
I swear I'll always be strong
then there's a reason why
I'll prove to you we belong
I'll be the wall that protects you
from the wind and the rain
from the hurt and pain

Let's make it all for one and all for love
Let the one you hold be the one you want
The one you need
Cause when it's all for one it's one for all
When there's someone that should know
Then just let your feelings show
And make it all for one and all for love

When it's love you make
I'll be the fire in your night
When it's love you take
I will defend, I will fight
I'll be there when you need me
When honor's at stake
This vow I will make

That it's all for one and all for love
Let the one you hold be the one you want
The one you need
Cause when it's all for one it's one for all
When there's someone that should know
Then just let your feelings show
And make it all for one and all for love

Don't lay out love to rest
Cause we can stand up to the test
We got everything, that and more
Then we had planned
More than the rivers that run the land
We've got it all, in our hands

Now it's all for one and all for love
Let the one you hold be the one you want
The one you need
Cause when it's all for one it's one for all
When there's someone that should know
then just let your feelings show
When there's someone that you want
when there's someone that you need
Let's make it all, all for one and all for love

E para quem quiser, uma tradução singela, mas que dá a exata medida da mensagem:

Quando é amor o que você dá
Eu serei um homem de boa fé
Quando você vive em amor
Eu farei com que continue. Não vou destruir
Eu serei a rocha em que você possa construir
Estarei lá quando você envelhecer
Para ter e manter

Quando existe amor por dentro
Eu juro que sempre serei forte
Quando existe um porque
Eu provarei para você que nós nos pertencemos
Eu serei o muro que te protege
Do vento e da chuva
Do machucado e da dor

Vamos tornar todos por um e todos pelo amor
Aquele que você tem, ser aquele que você quer
Aquele que você precisa
Porque quando é um por todos, são todos por um
Quando tem alguém que deveria saber
Então deixe apenas os seus sentimentos mostrarem
E faça todos por um e todos pelo amor

Quando é amor o que você faz
Eu serei o fogo da sua noite
Quando é amor o que você tira
Eu vou defender, eu vou lutar
Eu estarei lá quando você precisar de mim
Quando a honra é fincada
Eu farei esta promessa

Vamos tornar todos por um, e todos pelo amor
Aquele que você tem, ser aquele que você quer
Aquele que você precisa
Porque quando é um por todos, são todos por um
Quando tem alguém que deveria saber
Então deixe apenas os seus sentimentos mostrarem
E faça todos por um e todos pelo amor

Não deixe o seu amor como resto
Porque nós podemos nos levantar para o teste
Nós temos tudo e ainda mais
Então nós tinhamos planejado
Mais do que rios que correm na terra
Nós temos isso tudo, nas nossas mãos

Vamos tornar todos por um, e todos pelo amor
Aquele que você tem, ser aquele que você quer
Aquele que você precisa
Porque quando é um por todos, são todos por um
Quando tem alguém que deveria saber
Então deixe apenas os seus sentimentos mostrarem
Quando tem alguém que você quer
Quando tem alguém que você precisa
Vamos fazer tudo, todos por um e todos pelo amor

Finalmente, para o deleite de nossa alma, vale a pena ouvir a música:


quarta-feira, 12 de março de 2014

MUDE! PORQUE QUANDO A GENTE MUDA, O MUNDO MUDA COM A GENTE!


Viver em sociedade é uma odisséia!

Quantos de nós já não quis gritar a felicidade para o mundo?
Quantos de nós já não quis sair batendo em qualquer coisa em movimento, naqueles dias péssimos?
Para um bom observador, essas duas situações traduzem uma das dinâmicas mais gratas da vida.

A felicidade, estampada e escancarada, tem o poder de levar esperança, exemplo, alegria e confiança às pessoas.
Experimente iluminar uma reunião com seu sorriso franco e amoroso (não debochado, por favor – sejamos honestos com os melhores propósitos dessa reflexão).
Você perceberá que o seu sorriso deixou um outro ali, no canto da boca – tímido, é bem verdade -, daquele que não começou o seu dia bem.

Experimente fazer um elogio sincero e gratuito.
Seu elogio deixará um pontinho de luz naquela pessoa, que se olhará no espelho de forma diferente da próxima vez.

Experimente dar um abraço franco e fraterno, mudo talvez.
Seu abraço estará impregnado nos braços do abraçado e, quando você partir, deixará clara a importância que deu àquele momento.

Romantismo? Pode ser.
Piegas? Quem sabe…
Fato é que esse discurso tem comprovação prática e isso é fantástico.

E o contrário desse contágio do bem eu não preciso expor.
Aposto que você já sentiu os efeitos desastrosos de uma carranca, uma palavra mal dada, um aperto de mão sem vontade…

E o que dizer das crises de reclamações infindáveis sobre tudo e sobre todos?
Ah, tão enfadonhas que deixam uma vibração pesada no ar. Blurgh!

E se essa brevíssima descrição já te causou repulsa, porque é que você se deixar morder pelo bichinho do “rã-ram” – os mais antigos identificarão a onomatopéia daquele pigarrinho chato na garganta?

Tudo bem, respeito seu direito constitucional de permanecer calado.
Mas aproveite o silêncio pra pensar.
E mude!
Porque quando a gente muda, o mundo muda com a gente!
(Clichê? Talvez… mas vale a pena tentar!)

(Paula Duran)




segunda-feira, 10 de março de 2014

HOJE EU POSSO ESCOLHER

Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter um trabalho.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus pela oportunidade da experiência.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei, posso gastar os minutos a me lamentar ou ficar feliz por ter o dia de hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser vivido da maneira que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma às ideias e utilidade às horas. Tudo depende só de mim.
Nesta mensagem atribuída ao saudoso Charlie Chaplin, astro de Hollywood, que encantou o mundo no tempo do cinema mudo, encontramos motivos de reflexões.
Sem dúvida, a vida é feita de escolhas...
O tempo todo estamos fazendo escolhas, elegendo o que fazer e o que não fazer, o que pensar e o que não pensar, em que acreditar e em que não acreditar.
A vida está sempre a nos apresentar opções. E as escolhas dependem exclusivamente de nós mesmos.
Não há constrangimento algum. Somos senhores absolutos da nossa vontade, no que diz respeito às questões morais.
Se é verdade que às vezes somos arrastados pelas circunstâncias, é porque optamos anteriormente por entrar nesse contexto.
Assim, antes de decidir por qualquer das opções que a vida nos oferece, é importante pensar nas consequências que virão em seguida.
Importante lembrar que não estamos no mundo em regime de exceção. Todos estamos na Terra para aprender. E as lições, muitas vezes, são mais simples do que pensamos.
Não imaginemos que as coisas e circunstâncias desagradáveis só acontecem para nos atingir. Elas fazem parte do contexto em que nos movimentamos junto a milhares de pessoas que vivem na Terra conosco.

Olhe, em seu jardim, as flores que se abrem e nunca as pétalas caídas.
Contemple, em sua noite, o fulgor das estrelas e nunca o chão escuro.
Observe, em seu caminho, a distância já percorrida e nunca a que ainda falta vencer.
Retenha, em sua memória, risos e canções e nunca os seus gemidos.
Conserve, em seu rosto, as linhas do sorriso e nunca os sinais da mágoa.
Guarde, em seus lábios, as mensagens bondosas e esqueça as maldições.
Conte e mostre as medalhas de suas vitórias e encare as derrotas como uma experiência que não deu certo.
Lembre-se dos momentos alegres de sua vida e não das tristezas.
A flor que desabrocha é bem mais importante do que mil pétalas caídas.
E um só olhar de amor pode levar consigo calor para aquecer muitos invernos.
Seja otimista e não se esqueça de que é nas noites sem luar que brilham mais forte nossas estrelas.

(Redação do Momento Espírita)




quarta-feira, 5 de março de 2014

O QUE OS OUTROS PENSAM INTERESSA?

O texto abaixo é uma reflexão que fiz depois da leitura do quinto parágrafo do livro "Intuitive Thinking as a Spiritual Path" ou "Filosofia da Liberdade", em português.

Considerado o livro mais importante da obra do filósofo e criador da Antroposofia, Rudolf Steiner.
 Estou quebrando a cabeça para entender este livro junto com mais 8 mães e professoras da escola.
O que segue é uma sensação que fiquei com a última leitura.
Não é nenhuma colagem ou tentativa de resumo do capítulo, só a minha reflexão.

Afinal, porque preocupamos tanto com os outros?
E o que isso nos impossibilita de viver as nossas próprias vidas?

São muitos os motivos que fazem de você uma pessoa presa.
(Me incluo em todos os "você" do texto.)
Mas o que poderia fazer de você um pouco mais livre?
 Como no poema da Adélia Prado, quando é que vamos conseguir inaugurar linhagens, fundar reinos, cumprir a sina?

Um dos grandes obstáculos é que cada um de nós está sentado exatamente/precisamente no centro do seu próprio universo e então nós temos uma tendência em levar tudo para o lado pessoal.
Nós ampliamos e intensificamos o que é a nossa própria consciência – especialmente quando é algo negativo.
Quando cometemos um erro, nós assumimos que o mundo está assistindo.
Todo mundo deve estar pensando e falando sobre nós, certo?
E então nós gastamos uma valiosa quantidade de tempo e energia culpando nós mesmos por sermos tão estúpidos.

Mas posso falar uma coisa?
Tenho boas notícias: você não é tão importante assim.
E se realmente considerar que as pessoas estão sentadas falando sobre você, é porque é muito narcisista.
Você não iria se preocupar tanto sobre o que as pessoas pensam se achasse que elas só te colocam no tópico da conversa muito raramente.

Você provavelmente está pensando que as pessoas são fofoqueiras e você não quer que coisas ruins sobre você sejam faladas por ai.
Eu sei!
O problema é que de tanto pensar no que os outros podem pensar, muita gente para tudo o que estiver fazendo.

Principalmente as mulheres.
Você pensa que falam de você quando está solteira, que falam de você quando está casada e é uma esposa dedicada, que falam de você quando está casada e é uma esposa focada na carreira “e deixa o marido de lado”, que falam de você quando está trabalhando muito, que falam de você quando está trabalhando pouco.
Mas será que tem alguém pensando tudo isso mesmo?
Será que é preciso comprar essa briga?
E como é que acaba essa briga?
Quem é que ganha?
Quem supostamente falou de você e com isso ganhou o controle da sua vida?
Ou você que implicou, empacou e fez questão de provar pra “todo mundo” que estava certa.
Quem é “todo mundo”, minha gente?
Será que esse pessoal não tem seus próprios problemas para pensar?
Ou você é tão importante que até os problemas ficam girando à sua volta?
Já sei: só você tem problemas, tadinha.

Acredito que na escala de preocupação, ao menos que seja sua mãe, para o resto você é a ruga na palma da mão.
(E olhe lá)
Se parar para pensar no que te preocupava há alguns anos atrás, você não vai lembrar.
 Agora imagina aquele “todo mundo”, será que lembram a escolha que você fez alguns anos atrás?
Mas ainda mais importante do que isso, você sabe quem você é, então porque deixar o seu poder de decisão com as outras pessoas?

Uma vez tive um chefe que falava que elogio era um tábua com sabão.
Isso porque se você fica dando muita importância para as pessoas falando como você é incrível, corre o risco de desfocar e parar de prestar atenção no que está fazendo.
 (Escorregar na tábua)
O mesmo acontece para comentários negativos.
Especialmente aqueles que só existem na sua cabeça.
Se você prestar atenção nisso, você tira seus olhos da “bola”.
(Ano de Copa, minha gente)
Você para de agir e começa a reagir.
E então você não está mais vivendo por conta própria – o que na verdade é como não estar vivendo.
E isso é uma pena.

Então você tem decisões a tomar.
Você tem escolhas.
Quanto você vai deixar o medo com relação ao que os outros estão falando (se estiverem falando) determinar a maneira como você se comporta ou a maneira como você se sente sobre você mesmo?
Quanto tempo você quer gastar se sentindo paralisado?

Meu desejo é que você cheque seu ego e deixe para lá a ideia de que todo mundo está obcecado com a sua vida.
Porque esta é uma maneira grandiosa e eficaz de se auto destruir.
O que quero dizer da maneira mais gentil possível: esqueça um pouco o seu umbigo.
Pare de pensar no que os outros estão pensando.
Eu posso garantir que as pessoas têm coisas mais preocupantes na cabeça e eles só querem seguir em frente com suas próprias vidas.
Está na hora de você parar de dramatizar e fazer o mesmo.

Para terminar de forma suave, música:
(para ouvir, clique http://www.youtube.com/watch?v=vxp0PFoIdmU)

We come so far, to give up, who we are. So lets raise the bar and the cups, to the stars.

(Nós chegamos muito longe para desistir de quem somos.
Então vamos elevar as expectativas e os copos até as estrelas.)

(Cris Leão)


Foto: Mar da Galileia (*Pixabay) Irmãos, que alegria estarmos todos aqui neste ambiente de paz, amor, fraternidade e luz, muita...