quinta-feira, 31 de julho de 2014

ADVERSIDADE CONSTRUTIVA É ADVERSIDADE AMIGA

Adversidade construtiva é adversidade amiga.

"Ninguém é uma coisa só: feliz ou triste, amigo ou inimigo.
O feliz só é feliz por que já provou da tristeza; o triste só é triste por que ainda não conhece a felicidade...
Amigo, só é amigo quando conhece de perto o que um inimigo é capaz e, justamente por isso, não quer isso para quem se ama.

 Por essência você pode ser rancoroso, caridoso e humilde.
Pelo externo você faz com que qualidades e defeitos se alterem.
O dia amanheceu lindo, da janela da para ver pássaros cantando e um sol acolhedor.
A noite vem e a tempestade leva sua casa, e o horizonte.
De dia alegre, à noite triste. 

Raro encontrar quem não altera o interno pelo externo; isso não é defeito e não pode ser chamado de qualidade.
É a transição necessária não apenas para descobrir se és ou não algo, mas para descobrir em essência do que se é capaz de ser. 
São as diversas cores tentando entrar em harmonia: é como o arco-íris após a chuva. 
E é essa chuva temporária que somos a cada dia, nos compõe únicos. Únicos de vários ângulos, de uma só face que está em constante mudança: formar na carne o que se é na alma.

A vida ensina, e transformar isso para dentro é independente, tanto para o mal como para o bem.

É claro que, o caminho do bem é longo, mas é o único que floresce.
Repito, ninguém é uma coisa só. Se aquele for tão perfeito, para poder sê-lo, existe uma composição de atitudes em geral: adjetivos.

Por isso, permirtir-se ser inconstante, tendo o bem como guia,  nos faz chegar à quem realmente somos.
Realmente é preciso acreditar-se que o inimigo não é somente inimigo.
Ele possui amigos e a quem amar.
Este caminho te levará a perceber que este ser tão distante de você está tão próximo do que se imagina; ai está o motivo pelo qual a fé não nos abandona nunca, tanto nas escolhas como na essência da construção.

Isso não é uma receita, mas é algo natural: fazemos sem perceber.
Pode demorar o tempo que for, mas um dia, a janela que a chuva levou, deixando a distância tomar conta do nosso horizonte nos dando amarguras, volta a nos fazer ver o sol nascendo devolvendo alegria e o arco-íris juntando suas cores em uma única direção.
Essa transição de mudanças não se estabiliza, isso altera-se com o tempo, e é como lidamos com as situações que chegamos um pouco perto do 'quem eu sou'. "

(Li, do blog Âmago)



terça-feira, 29 de julho de 2014

CULPA E CONSCIÊNCIA

"A culpa surge como forma de catarse necessária
para a libertação de conflitos. Encontra-se
insculpida nos alicerces do espírito
e manifesta-se em expressão consciente ou
através de complexos mecanismos de auto-
punição inconsciente.
Suas raízes podem estar fixadas no pretérito -
erros e crimes ocultos que não foram justiçados
- ou em passado próximo, nas ações da
extravagância e da delinquência.
Geradora de graves distúrbios, a culpa deve ser
liberada a fim de que os seus danos
desapareçam.
A existência terrena é toda uma oportunidade
para enriquecimento contínuo. Cada instante é
ensejo de nova ação propiciadora de
crescimento, de conhecimento, de conquista.
Saber utilizá-lo é desafio para a criatura que
anela pela evolução espiritual.
Águas passadas não movem moinhos - afirma o
brocardo popular, com sabedoria -.
As lembranças negativas entorpecem o
entusiasmo para as ações edificantes, únicas
portadoras de esperança para a liberação da
culpa.
Desse modo, quem se detém nas sombrias
paisagens da culpa ainda não descobriu a
consciência da própria responsabilidade perante
a vida, negando-se à benção da libertação.
Sai da forma do arrependimento e age de
maneira correta, edificante.
Reabilita-te do erro através de ações novas que
representam o teu atual estado de alma.
A soma das tuas ações positivas quitará o débito
moral que contraíste perante a Divina
Consciência, porquanto o importante não é a
quem se faz o bem ou o mal, e sim, a ação em si
mesma em relação à harmonia universal.
A culpa deve ser superada mediante ações
positivas, reabilitadoras, que resultarão dos
pensamentos íntimos enobrecedores."


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco 
Livro: Momentos de Meditação



sexta-feira, 25 de julho de 2014

UMA GIGANTESCA CASA DO CAMINHO

Que linda mensagem nós recebemos no dia 22 de Julho de 2014: 

"Boa noite, amigos e irmãos, 
Que felicidade tiveram os irmãozinhos de Luz ao comungarem na fonte do Amor mais sublime que o Planeta Terra pôde testemunhar. 

E que felicidade a nossa ao sermos irmãos também no Caminho da Evolução, agraciados com as palavras nos nossos irmãos meigos e carinhosos que vieram depois do Cristo Redentor. 

Eles, há mais de 2 mil anos, e nós, aqui e agora, comungamos dos mesmos propósitos: o Amor Infinito e a Caridade Plena. 

Nós, na Espiritualidade, contamos com o auxílio amoroso de todos vós, encarnados, para fazer deste Planeta de Aprendizado uma gigantesca e fraterna Casa do Caminho. 

O Céu se enche de júbilo a cada irmãozinho que deixa a assistência pura e simples e passa à labuta. O pequeno trabalhador é também assistido, mas passa a ser ferramenta primorosa da Criação na evolução de cada uma das ovelhas do Nosso Pai Pastor, que a todos quer bem orientar. 

Por isso, queridos, tomemos o exemplo daqueles que deram às palavras do Cristo cor, cheiro e forma. Não recusemos qualquer oportunidade de auxiliar o nosso próximo. Caminhemos juntos, para bem chegar. Sozinhos, nossa caminhada é penosa. Juntos, podemos mais e melhor. 

Estejamos todos unidos no propósito de Amor que Jesus nos ensinou. 
  
Um abraço fraterno a todos vocês."

(Mensagem mediúnica) 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

A SOLIDÃO AMIGA

A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão… O que mais você deseja é não estar em solidão…
Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música… Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa… Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão… A noite estava perdida.
Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, “parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis“. A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: “Como se comporta a Sua Solidão?“ Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.
Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.“ Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.
Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga… Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim:
“Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.!“
Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não vêem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que “o inferno é o outro.“ Sobre isso, quem sabe, conversaremos outro dia… Mas, voltando a Nietzsche, eis o que ele escreveu sobre a sua solidão:
“Ó solidão! Solidão, meu lar!… Tua voz – ela me fala com ternura e felicidade! Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas. Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham com pés saltitantes.
Ali as palavras e os tempos
poemas de todo o ser se abrem diante de mim. Ali todo ser deseja transformar-se em palavra, e toda mudança pede para aprender de mim a falar.“
E o Vinícius? Você se lembra do seu poema O operário em construção? Vivia o operário em meio a muita gente, trabalhando, falando. E enquanto ele trabalhava e falava ele nada via, nada compreendia. Mas aconteceu que, “certo dia, à mesa, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela casa – garrafa, prato, facão – era ele que os fazia, ele, um humilde operário, um operário em construção (…) Ah! Homens de pensamento, não sabereis nunca o quando aquele humilde operário soube naquele momento! Naquela casa vazia que ele mesmo levantara, um mundo novo nascia de que nem sequer suspeitava. O operário emocionado olhou sua própria mão, sua rude mão de operário, e olhando bem para ela teve um segundo a impressão de que não havia no mundo coisa que fosse mais bela. Foi dentro da compreensão desse instante solitário que, tal sua construção, cresceu também o operário. (…) E o operário adquiriu uma nova dimensão: a dimensão da poesia.“
Rainer Maria Rilke, um dos poetas mais solitários e densos que conheço, disse o seguinte: “As obras de arte são de uma solidão infinita.“ É na solidão que elas são geradas. Foi na casa vazia, num momento solitário, que o operário viu o mundo pela primeira vez e se transformou em poeta.
E me lembro também de Cecília Meireles, tão lindamente descrita por Drummond:
“…Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos… Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? Por onde erraria a verdadeira Cecília…“
Sim, lá estava ela delicadamente entre os outros, participando de um jogo de relações gregárias que a delicadeza a obrigava a jogar. Mas a verdadeira Cecília estava longe, muito longe, num lugar onde ela estava irremediavelmente sozinha.
O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão…
A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada ) dos outros, em celebrações cheias de risos… Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.
Mas essa conversa não acabou: vou falar depois sobre os companheiros que fazem minha solidão feliz.

(Rubem Alves in Correio Popular, 30/06/2002)



quarta-feira, 16 de julho de 2014

A MEDIUNIDADE SEM LÁGRIMAS

Muito se explica sobre os fenômenos mediúnicos, suas formas e diferentes manifestações.
Eu já vi muitos fenômenos, obsessões, intuições e outras situações que são trazidas à Casa Espírita com a frase:
“Isso é mediunidade. Você precisa desenvolver isso.”
E daí, muitos saem daqui assustados e preocupados. Temerosos de que PRECISAM desenvolver algo com o que, geralmente, não têm familiaridade ou têm até certo medo.
Não é raro também ouvirmos os próprios freqüentadores, em conversas fora da Casa Espírita, “diagnosticando” a mediunidade em familiares ou amigos que narram algum tipo de manifestação mediúnica.
Há algum tempo, ao passar por situações como estas, percebi a necessidade de confortar os corações que se descobriam “médiuns”, mas confesso que nem sempre encontrava as palavras mais adequadas.
Então, xeretando num sebo certo dia, encontrei o título “A Mediunidade sem Lágrimas” do Eliseu Rigonatti. Tive uma epifania: é isso! A mediunidade não precisa ser despertada e desenvolvida com lágrimas!
Comecei a ler o livro e outros textos começaram a aparecer – como sói acontecer quando decidimos preparar uma palestra.
Primeiro, pensei em fazer algo bem sistemático, com quadros sinóticos, diagramas e gravuras. Depois, achei que não teria o envolvimento afetivo necessário com o tema se fizesse desta forma.
Assim, decidi escrever livremente, como se produzisse um texto, com base no que penso, no que vejo e no que leio.
Espero que apreciem o tema.

Eu poderia estar aqui dedilhando com precisão científica o mecanismo da mediunidade. Claro que eu agendaria a palestra pra Janeiro de 2015, pra dar tempo de deixar tudo na ponta da língua.
Ao invés disso, resolvi compilar alguns conceitos mais singelos. Só pra assoprar o braseiro... a fogueira é com vocês!

Em primeiro lugar, acho injusto quando ouço “descobri a mediunidade pela dor”. Na verdade, a mediunidade não é pra doer. O que dói é a falta da nossa espiritualidade nos momentos difíceis.
Quando permitimos que Deus se achegue de nós, fica mais fácil a superação de algumas provações. Quando dEle nos afastamos, um tapinha dói como uma surra, porque não temos o amparo necessário.
É por isso que muitos descobrem a mediunidade num momento de dor: Deus, misericordioso que só Ele, dá um empurrãozinho para que ouçamos suas palavras amorosas quando buscamos “ajuda” para lidar com certos fenômenos...

Em segundo lugar, penso que dizer que “é PRECISO desenvolver a mediunidade” é um contra-senso sem tamanho. Um dos pilares do espiritismo é o livre-arbítrio. Portanto, desenvolve a mediunidade quem quer!
Agora, há que se esclarecer que a mediunidade é uma ferramenta. E uma ferramenta maravilhosa. Se usada para o bem, torna-se um elemento facilitador dos mais louváveis.
Pensemos num jardim.
Se eu quero plantar, prefiro usar uma pazinha e um rastelinho, do que minhas mãos para cavar o buraquinho e remexer a terra... Pois bem! A mediunidade são esses apetrechos.
E mais, se eu usar esses utensílios para plantar uma erva daninha, verei minha plantação definhar... Mas se eu plantar boas ervas, folhagens lindas, flores e alimentos, meu jardim será próspero. Pois bem! Essa é a mediunidade usada na seara do bem.
Assim, com isso em mente, a decisão de desenvolver ou não a mediunidade será consciente e responsável.

Em terceiro lugar, vem a pergunta: por que desenvolver? Se ouvimos, sentimos e percebemos a espiritualidade, o que há para ser desenvolvido?
Filtros, botões e radares. Esses são melhoramentos que podem ser feitos na mediunidade, para que ela se torne um instrumento mais preciso, mais útil e benéfico.
Os “filtros” servem para darmos voz ao que for necessário, edificante e elucidador. Se o espírito sabe que a conta bancária do meu irmão está negativa, devo dizer-lhe? Devo expô-lo? Devo assustá-lo? De forma alguma!
O médium “educado na mediunidade” sabe que se não há proveito na mensagem: é melhor calar-se.
E os “botões”, para que servem? Servem para que o médium não dê passividade na fila do banco, no cinema, na reunião da escola do filho...  Lugar de dar-se passividade é num Centro Espírita de Luz, com propósito firme de ajudar e esclarecer, com amparo dos Amigos Espirituais e a orientação dos Diretores e demais trabalhadores.
E não é só a faculdade de “dar passividade” que “ganha um botão” no desenvolvimento da mediunidade.
Ao buscar entendimento, o médium também entende que não deve sair doutrinando a todos: encarnados e desencarnados. O médium, em não sendo detentor da verdade absoluta, deve contar com o amparo da espiritualidade para trazer luzes à escuridão em que vive o irmãozinho menos esclarecido.
E onde encontramos esse amparo? Acertou que disse no Centro Espírita!
Para entender isso direitinho, vamos pensar no Centro Espírita:

“(...) O Centro espírita é dirigido por duas diretorias: a diretoria terrena e a diretoria espiritual.
A diretoria terrena é composta de um grupo de pessoas de boa vontade, dotadas de idéias nobres que se reúnem para lutar pelo progresso espiritual da humanidade.
A diretoria espiritual é composta de espíritos abnegados que lutam ao lado da diretoria terrena e lhe secundam os esforços.
(...) um Centro Espírita é um templo de estudos, de fé, de oração e de trabalhos, onde encarnados e desencarnados, estudando as leis eternas que emanam do Senhor, assentam os alicerces de um mundo de compreensão e de amor.” (“A Mediunidade Sem Lágrimas”)

E, finalmente, os “radares”, que servem para que percebamos o quão edificante é a companhia espiritual que detectamos no nosso dia-a-dia. Médium é pára-raios!
Se o médium não souber elevar o pensamento em favor de um irmão menos esclarecido que se achega, vai parecer um arame farpado – como sabiamente diz minha amiga Silvana: vai passar levando tudo consigo!
E lembrando: é elevar o pensamento em prece, não sair doutrinando até a samambaia de plástico!

E o que mais deve acompanhar um médium sequioso para trabalhar na seara do bem?
A humildade de conhecimento e a humildade de caráter.
É preciso que o médium saiba que nunca saberá tudo! Deve estudar, ler, conversar; pode orientar e ensinar; mas nunca pode olvidar o aprendizado constante. O médium deve buscar conhecimento e raciocínio, para não se ver estagnado, arrogante e sabichão. Se cair nas garras da vaidade, dará ensanchas aos irmãos menos esclarecidos, que adoram um vozeirão grosso e pomposo, desprovido de conteúdo salutar.
E a humildade de caráter é, nada mais, nada menos, que a prática desses ensinamentos. Não digo com isso que médiuns devem ser perfeitos. Jamais! Fosse assim, sequer estaríamos nesse mundo de provas e expiações. Mas médiuns devem tentar, diuturnamente, pôr em prática o que aprendem. Devem exigir de si mesmo a caminhada no roteiro do bem, mesmo sabendo das paradas, das titubeadas e dos percalços do porvir.

E temos que abordar também a importância dos fluídos para todos, especialmente o médium.
Tudo é fluídico: a lama e o perfume de uma flor.
Cabe ao médium escolher de qual fluído deve se alimentar.
É claro que muitas vezes, o médium não pode escolher: há lugares de densidade fluídica que não podem ser evitados – hospitais, cadeias públicas, etc.
Nesse caso, há duas providências que o médium deve conhecer: a blindagem e a faxina!
Blindar-se significa se imbuir de bons propósitos e rogar o achego dos prepostos do Alto. A Eliana tem uma frase para esses momentos que eu considero emblemática: “Ai, Deus, pega na minha mão e vem comigo!” E é só pedir com o coração, que Ele pega e não solta!
E a faxina é a limpeza do nosso corpo fluídico, levada a efeito com a presença no Centro Espírita, com a ingestão de água fluidificada, com o passe magnético, com a prece sincera e com o Evangelho no Lar. Nesse assunto, vale a máxima: Sujou, limpe!

Quase ia me esquecendo: temos que atentar também para a questão da afinidade!
A lei da afinidade moral atrai para perto de nós o grupo de espíritos cujos gostos, inclinações e imperfeições são iguais as nossas.
E a lei da afinidade fluídica facilita-lhe a atuação: o espírito encontrará campo livre para agir sobre nós.
Assim, trocando em miúdos, eu gosto de vinho e “atraio” espíritos que também gostam. Se eu bebo com parcimônia e equilíbrio, um brinde! Se eu bebo além da conta, ultrapasso os limites e não meço as conseqüências do meu proceder, ficarei vulnerável aos irmãos que instigarão o meu vício, o meu descontrole e a minha derrocada.

E tem muito mais a ser dito e certamente não faltarão oportunidades para que a gente volte a esse tema, com outra ótica, outros ensinamentos.
O aprendizado e a reciclagem devem ser uma constante na vida do médium que quer progredir.
O “Livro dos Médiuns” está aí para nos amparar. Indico também esse livro que mencionei no começo – “A Mediunidade sem Lágrimas”, do Eliseu Rigonatti –, o “Médiuns e Mediunidades” e o “Mediunidade – Diretrizes de Segurança”, ambos do Divaldo Franco.
O bom médium deve ser sério, modesto, devotado, abnegado e desinteressado. Com essas cinco qualidades, outros defeitos assumem importância diminuta e a mediunidade tem efeitos balsâmicos na encarnação presente e nas futuras!

Se possui a mediunidade, “roga ao Pai que a transforme em fonte de consolo para todos os que sofrem”.

Para encerrar, vou emprestar novamente umas palavras:
“(...) a mediunidade é simplesmente um sentido que todos possuímos e cuja aplicação depende unicamente de nós. Um médium não é um ser privilegiado: é uma pessoa que aprendeu a usar de sua faculdade mediúnica.
Embora em todas as épocas tenha havido médiuns, estava reservado aos nossos tempos a disseminação e a popularização das práticas mediúnicas (...). A mediunidade, como tudo o que há no Universo, também está sujeita à lei da Evolução.
(...) Não pararemos aqui. Evoluiremos sempre. (...)
Não há santos e não há milagres (...).
De agora em diante, não mais santos; não mais milagres; mas médiuns esclarecidos e espíritos do bem irmanados na santa tarefa de cuidarem da seara do Senhor.”

(Paula Duran)




terça-feira, 15 de julho de 2014

A PROTEÇÃO DE SANTO ANTÔNIO

Conta-nos venerando amigo que Antônio de Pádua, no luminoso domicílio do plano superior, onde trabalha na extensão da glória Divina, continuamente recebia preces de pequena família dos montes italianos.

Todos os dias, era instado a prestar socorros e enlevava-se com as incessantes manifestações de tamanha fé.

O admirável taumaturgo, por vezes, nas poucas horas de lazer,
recreava-se anotando o registro dos petitórios, procedentes daquele reduzido núcleo familiar. Sorria, encantado, relacionando-lhes as
solicitações.
O grupinho devoto suplicava-lhe a concessão das melhores
coisas. Lembrava-lhe o nome, a propósito de tudo. Nas enxaquecas dos donos da casa. Nos sonhos das filhas casadouras. Nos desatinos do rapaz.
Nos sapatos das crianças.

O santo achava curiosa a repetição das rogativas. Variavam de
trimestre a trimestre, repetindo-se, porém, cronologicamente. Assim é que determinava aos colaboradores o fornecimento de recursos sempre iguais, de conformidade com as estações. Dinheiro e utilidades, socorro e medicação, alegria e reconforto.

Reproduziam-se os votos, na atividade rotineira, quando Santo Antônio reparando, mais detidamente, as notas de que dispunha, verificou, surpreso, que aquele punhado de crentes confiantes não apresentara, ainda , nem um só pedido de trabalho. O protetor generoso meditou, apreensivo, e como a devoção continuasse, fresca e ingênua, por parte
dos beneficiários, deliberou visitá-los pessoalmente.
Expediu aviso prévio e desceu, no dia marcado, para verificações diretas. Desejava inteirar-se de quanto ocorria.

De posse da notificação, celestino, inteligente cooperador espiritual dele, veio esperá-lo, não longe da residência humilde dos camponeses.
O iluminado solicitou notícias e o companheiro de boas obras
respondeu, respeitoso.
— Em breve, sabereis tudo.
Com efeito, daí a momentos penetravam em pequeno recinto rural, uma casa antiga, um jardim abandonado, um quintal escarpado entregue ao mato inútil e um telheiro a ruir, fingindo estábulo, onde uma vaca remoía a última refeição.
Entraram.
Na sala, em trajes domingueirosde regresso da missa, um casal de velhos ouvia a conversação dos filhos, um jovem robusto, duas moças casadeiras e duas crianças.

Santo Antônio abençoou o quadro doméstico, observando que a sua efígie era guardada carinhosamente por todos. As impressões verbais eram intercaladas de louvores ao seu nome. De instante a instante, assinalava-se o estribilho:
— Graças a Santo Antônio!
Voltando-se para o cooperador atento, o pretigioso amigo celeste
pediu esclarecimentos quanto aos serviços do grupo. Foi informado, então, de que nenhum dos membros daquela comunidade possuía trabalho certo, convenientemente remunerado. Celestino, aliás, terminou sem circunlóquios:
— O pessoal gira em torno de uma vaca, que torno participante de vossas bênçãos.
— Como? — indagou o santo, admirado.
— O pai, que se diz doente, angaria capim, de modo a alimentá-la. As Jovens ordenham-na duas vezes por dia. O rapaz conduz o leite à vila para vender. Bolinha, a vaca protetora, sai do quintal somente cinco dias por ano, quando passeia junto a rebanho próximo. é obrigada a fornecer seis a oito litros de leite, em média diária, e um bezerro anualmente. A dona da casa envolve-a em atmosfera de doce agasalho e os meninos escovam-na cuidadosamente. Apesar disso, porém, vive abatida,
entre as cercas do escarpado curral. Sabendo nós quanto amor consagrais a esta granja, repartimos com a humildade vaquinha as dádivas incessantes que vossa generosidade nos envia. Desse modo, garantimos-lhe a saúde e o bem-estar, porquanto, se a produçao dela cair, que sucederá aos vossos despreocupados devotos? Bolinha é tudo o
que lhes garante o pão e a vestimenta de hoje e de amanhã.

Antônio dirigiu-se ao estábulo, pensativo...
Acariciou o animal heróico e voltou ao interior.
Na palestra intima, animada, ouvia-se, de momento a momento:
—Louvado seja Santo Antônio!
—Viva Santo Antônio!
—Santo Antônio rogará por nós!
De permeio, sobravam queixas do mundo.
O advogado celestial, algo triste, convidou o companheiro a
retirar-se e acrescentou:
— Auxiliemos positivamente esta família tão infeliz.
Antônio acercou-se da vaca, levantou-a, e sem que bolinha percebesse guiou-a para alto, de onde se contemplava enorme precipício. Do cimo, o santo ajudou-a a projetar-se rampa abaixo. Em breves segundos a vaca
não mais pertencia ao rol dos animais vivos na Terra.
Ante o colaborador assombrado, explicou-se o taumaturgo:
— Muitas vezes, para bem amparar, é imprescindivel retirar as escoras.
E voltou para o Céu.


Do dia seguinte em diante, as orações estavam modificadas. Os
camponeses fizeram solicitação geral de serviço e, com o trabalho digno e construtivo de cada um, a prosperidade legítima lhes renovou o lar, carreando-lhes paz, confiança e júbilos sem-fim...
Quantos Benfeitores Espirituais são diariamente compelidos a imitar, no mundo dos homens encarnados, a proteção de Santo Antônio?

IRMÃO X
(Retirada do Livro "Luz Acima", Psicografia de
Francisco Cândido Xavier edição FEB)

 

quarta-feira, 9 de julho de 2014

EM RELAÇÃO A TI

Após a emoção do encontro com a Doutrina Espírita, agora, quando os deveres constituem norma de comportamento diário, na tua vida, observas, algo desencantado, a necessidade da contínua renovação de forças a fim de não desfaleceres.

Supunhas, inicialmente, que logo seriam resolvidos todos os problemas. Todavia, ei-los que retornam afligentes, complexos.
Dispões, porém, de recursos valiosos que não podes desconsiderar e graças aos quais não desfalecerás.

Reflete: Quem tem fé, não se abate ante noite escura. Quem confia, não se desespera na
convulsão. Quem ama, não se debate na desconfiança. Quem crê, não se tortura na incerteza. Quem espera, não se atira nos braços da aflição. Quem serve, não se agasta com a ingratidão. Quem é gentil, não aguarda entendimento.

Quem é puro, não se revolta com as calúnias. Quem perdoa, não pára na caminhada a fim de recolher escusas. Quem se renova no Cristo, não retorna à prisão do erro.

Se tens fé, persevera.
Haja o que houver, prossegue impretérito, mente dirigida ao Senhor e mãos no trabalho edificante.
Não olhes para trás, nem te confies à depressão.
Este é o teu momento divino de avançar.
Não o malbarates inutilmente.
A claridade da Crença que ora te aponta seguro roteiro, far-se-á tua lâmpada de alegria onde estejas, com quem te encontres, como te sintas.
E quando a noite do túmulo se abater sobre o teu corpo cansado, ela será o Sol nascente do Dia Novo que deves, desde agora, aguardar com júbilo e por cuja razão deves insistir e perseverar.

(Pelo médium Divaldo Pereira Franco, ditado pelo espírito de Joanna de Angelis, no livro “Celeiro de Bênçãos”)


segunda-feira, 7 de julho de 2014

SÓ O AMOR NÃO É O BASTANTE PARA SUSTENTAR UMA RELAÇÃO


Amor de verdade muda a vida da gente. Reconstrói, incendeia, engrandece. Eu compro o maior clichê da humanidade e sou a primeira a bater no peito e dizer isso em alto e bom tom para quem quiser ouvir. Mas diferente de todos os outros textos que já escrevi, este especificamente, não é uma ode ao amor em si. É uma leitura direta e racional do que existe por trás do sentimento mais sublime que existe no mundo. O amor é absurdamente transformador, no entanto ele sozinho, infelizmente não consegue fazer milagre. Para um relacionamento realmente dar certo, um monte de outros sentimentos sólidos precisam amparar a base desta parceria. A fundação da casa é muito mais importante do que o telhado colonial ou a maçaneta importada da porta. Porque quando o primeiro furacão balançar as estruturas deste abrigo, só permanecem de pé os abraços muito bem fundamentados. Colocando por terra a maior ilusão da vida da gente, o amor, só o amor, por maior e mais verdadeiro que ele seja, lamentavelmente não sustenta relacionamento de ninguém.
O que eu conheço de casais que se apegam a esta fantasia definitivamente não está no roteiro. Eu mesma quando era mais jovem adorava justificar a permanência em relacionamentos doentios com o bordão: “mas eu sou apaixonada por ele”. O amor era sempre o “mas” entre a vírgula e o ponto final. E esse “amor” me martirizava cada vez que eu tentava pular fora de uma parceria que simplesmente não cabia na minha vivência. Independente das incompatibilidades, do descaso, do desrespeito, da falta de companheirismo, enquanto houvesse amor, existiria uma solução (assim eu pensava). Acontece que, dia após dia, eu aprendi friamente com as mágoas, as dores, os retrocessos emocionais que amor não era isso. Que estar em um relacionamento era muito mais do que estar apaixonada pelo cara do meu lado.
Parceria saudável é igualzinho receita de bolo. O amor é o toque final que faz a massa transbordar doçura mesmo debaixo de um calor de 180 oC. O amor é a motivação. É o ímpeto que te faz sair de casa de madrugada para pedir desculpas depois de uma briga, o motivo pelo qual você coloca a timidez de lado e chama a garota para sair, a razão pela qual você decide em primeira mão abrir a porta da sua vida para um relacionamento em si. É o início e o fim de tudo, mas só amor sozinho não suporta o durante. A paciência, a cumplicidade, o respeito, a compreensão, o discernimento, o timing e um monte de sentimentos que na maioria das vezes são subjugados dentro de uma relação é que sustentam a travessia. Se qualquer um destes quesitos falha no seu propósito de construção de um alicerce sólido, o relacionamento acaba. Acaba porque você olha nos olhos do outro e não reconhece mais a essência daquela parceria. Acaba, porque o amor vira orquestra de um apego só, que nada mais faz do que ecoar um verbo solto no meio de um teatro vazio.
A gente presta tanta atenção no grosso da palavra amor, que se esquece das mensagens subliminares escondidas nas entrelinhas daquele parágrafo. Não basta amar até o último fio de cabelo e não respeitar o momento do outro, alimentar ciúmes descontrolados, possessividade, intolerância e um bocado de pequenas feridas que acabam por matar o cerne da união. O amor é lindo, é mágico, é transformador e muda a vida da gente. Muda, nem que seja pra gente entender que ficar sozinho em determinada instância é melhor do que permanecer naquele enredo. Nem que seja pra olhar pra trás e assumir que amou sim, perdidamente, mas que foi necessário fechar aquela porta porque os caminhos infelizmente não conseguiram se encaixar no presente do outro.
Não estou minimizando a força do sentimento mais potente e corajoso que existe no universo. Ele vai dar as caras quando você pensar em sair, ele vai frear a palavra no momento da fúria, ele vai te encher de coragem para reformular as versões de si que não se enquadram mais naquela travessia, para então tentar de novo. Contudo, mesmo o mais resiliente dos amores precisa de uma boa retaguarda para enfrentar a batalha diária que é sustentar um relacionamento saudável. O amor quando pede licença em uma morada precisa de paz e aconchego para conseguir se instalar. Ele só é tudo em uma relação quando amparado por um berço de sentimentos cuidadosamente moldado. Fora isso ele deixa de ser motivação, para ser um mero ocupante dos espaços vazios dentro do coração da gente. Melhor dizer adeus com um olhar recheado do amor mais lindo do mundo, do que ficar e deixar esse olhar morrer de inanição. Amor sozinho não sustenta uma relação, mas bem abraçado, ele resplandece com a graça e a doçura de um pássaro em voo: aquele que fica por livre arbítrio e não porque se sente aprisionado.


(Danielle Daian)

Foto: Mar da Galileia (*Pixabay) Irmãos, que alegria estarmos todos aqui neste ambiente de paz, amor, fraternidade e luz, muita...