segunda-feira, 30 de março de 2015

PERDA DE ENTES QUERIDOS

Todas as pessoas que vivem nesta escola de preparação espiritual chamada Terra já passaram pela experiência de ver partir entes queridos para um local que a maioria não consegue bem definir. Acidentes violentos, enfermidades inesperadas, crimes hediondos, ou até mesmo situações banais, são apenas algumas das formas pelas quais todos os dias milhares de seres partem deste mundo rumo ao desconhecido.

A dor é ainda maior quando a morte arrebata de nosso convívio pessoas que nos são tão caras. Como dói a um pai sepultar o corpo do filho; a uma esposa que não terá mais a mão amiga do marido; a um irmão privado da convivência com a irmã; ou simplesmente a ausência física dos amigos queridos! Todos eles partem deixando em nossos corações a doce brisa da saudade.

Como conciliar tamanha dor com a justiça e a bondade do Pai, o Criador? Como explicar o amor de Deus que permite que criaturas tão amadas sejam tiradas de nós dessa forma? Qual a explicação para a morte daqueles que se vão em tenra idade, com todo um futuro promissor pela frente? E qual seria o motivo que pudesse justificar as enormes dores que levam à morte pessoas que desde o berço sempre cultivaram a bondade, a humildade e a simplicidade para com seus semelhantes?

Diante de tudo isso, chegamos inevitavelmente a uma encruzilhada: ou não existe reencarnação e Deus nem de longe é o Pai amoroso, justo e misericordioso que Jesus nos apresenta em seu Evangelho, ou então existe reencarnação e Deus é, de fato, um Pai que ama todos os seus filhos indistintamente, concedendo a cada um deles os meios de resgatarem seus erros do passado, harmonizando-se com as leis divinas. Se as pessoas parassem para analisar tais situações, se convenceriam facilmente da segunda opção, esta fascinante realidade que nós, espíritas, já conhecemos.

É claro que não seremos hipócritas a ponto de afirmar que não sentimos a morte de nossos entes queridos. Não há dúvida de que sentimos, pois a ausência física das pessoas que amamos dói bastante e esta dor independe da opção religiosa daqueles que permanecem na Terra. Contudo, o Espiritismo nos oferece algo a mais. As religiões pregam a existência do Espírito, mas muitas estão vinculadas a dogmas ou interesses obscuros e imediatistas que não permitem aos seus seguidores uma análise imparcial e racional sobre o assunto. Só a Doutrina Espírita é capaz de esclarecer o que acontece com a alma antes do berço e depois do sepulcro. Como? Vejamos alguns pontos, considerando que o Espiritismo é um doutrina de tríplice aspecto: filosófico, científico e religioso.

Do ponto de vista filosófico, ao examinar as questões mencionadas acima, a Doutrina dos Espíritos oferece respostas a todas elas, nos convidando a raciocinar em termos da grandeza da criação, bem como da justiça e do amor de Deus para com todas as criaturas. Encontramos nos ensinamentos de Jesus e dos espíritos superiores a orientação e o consolo que amenizam nossas dores e sofrimentos. O esclarecimento espírita, sempre pautado pela razão, pela lógica e pelo bom senso, eleva nossa visão a níveis nunca antes imaginados. Demonstra, com segurança, que somente através do conhecimento de princípios e leis universais como reencarnação, evolução, causa e efeito e livre-arbítrio, pode o homem encontrar as verdadeiras respostas para os mais diversos questionamentos feitos ao longo da história da humanidade. Mas, o Espiritismo não nos força a aceitá-lo. Ao contrário, nos convida a examinar seus postulados com serenidade, comparando-os com tudo o que observamos ao nosso redor no dia-a-dia. Ao invés de simplesmente repelir tais ideias, veja se há no mundo alguma outra doutrina ou sistema capaz de elucidar todas essas questões de forma tão racional e coerente. Não temos a menor dúvida em afirmar que você não encontrará. Kardec, durante os trabalhos da codificação espírita na segunda metade do século XIX, advertia para o fato de que a fé cega já não era mais para aquela época. Hoje, em pleno século XXI, quando o homem se vê a braços dados com tanta evolução no campo do intelecto, é nítido que vivemos um período onde precisamos considerar a razão como elemento fundamental para a iluminação e o fortalecimento de nossa fé. Todo aquele que questiona, tendo como base a fé raciocinada, naturalmente concluirá quanto a excelência e a veracidade dos fundamentos da Doutrina Espírita.

No que tange ao seu aspecto científico, o Espiritismo tem na mediunidade o seu principal instrumento de confirmação da existência do plano espiritual e da possibilidade de intercâmbio entre os espíritos e os homens. As respostas que a filosofia espírita nos proporciona são ratificadas pelas próprias almas daqueles que já viveram na Terra e que agora, sem as limitações do corpo material, nos trazem notícias e informações de sua situação nas outras esferas. É através do intercâmbio mediúnico que aprendemos com os bons espíritos e temos a oportunidade de auxiliar aqueles que se encontram em situações menos fáceis no Além Túmulo. São, portanto, os espíritos que nos dão a certeza da imortalidade da alma, demonstrando que o que morre é apenas o corpo físico e que os nossos entes queridos que já partiram são, assim como nós, viajantes do Cosmo, herdeiros imortais do Pai Celeste.

O Espiritismo não é apenas uma doutrina filosófica de comprovação científica. Seus ensinamentos conduzem os adeptos a uma nova visão da vida e, consequentemente, a um processo de renovação íntima, cuja base é o Evangelho de Jesus. Afirmamos que o Espiritismo é religião porque a sua moral permite-nos religar a Deus em espírito e verdade, sem rituais, sem dogmas, mas sim através da prática do bem, único caminho que nos coloca em sintonia com a Espiritualidade Superior. Nas imorredouras lições do Cristo, Allan Kardec fincou as raízes da Doutrina, sinalizando que a moral ensinada pelo Mestre de Nazaré é a base da verdadeira religião universal: o Amor.

Com o estudo das chamadas obras básicas da Codificação e outras de inegável valor doutrinário, além, é claro, do Evangelho, encontramos respostas consoladoras e elucidativas para todos problemas. O absurdo de uma morte prematura ou a incoerência dos sofrimentos inenarráveis vividos por uma boa pesssoa, encontram respostas nas opções feitas e nas ações realizadas em vidas passadas. Há que se reconhecer que, dentre as várias moradas da casa do Pai, somos moradores de uma que ainda está longe de ser o paraíso que todos almejamos. Em planetas de provas e expiações como o nosso, reencarnam espíritos que guardam graves compromissos com as leis divinas, a exigirem, no tempo e local apropriados, as devidas reparações.

Diante de situações tão difíceis quanto às que citamos, somos compelidos a buscar o entendimento de suas causas. Quando não as encontramos nesta existência, naturalmente somos levados a compreender que elas se encontram nas existências pretéritas. Há um axioma científico que afirma não existir um efeito sem causa. Ora, se sofremos, há que existir uma causa para este sofrimento. Os pais humanos por mais imperfeitos que sejam, não punem seus filhos e não os deixa sofrerem sem que seja necessário, mediante um motivo justo. Imagine então o nosso Pai Celestial! Desde que admitamos que Deus, Inteligência Suprema e Causa Primária de todas as coisas, possui todos os atributos em grau ilimitado, inclusive a justiça, a misericórdia, a bondade e o amor, chegaremos a conclusão de que a causa ou as causas de nosso sofrimento são também justas e necessárias à nossa evolução espiritual. As leis divinas sempre favorecem o indivíduo em sua caminhada ascencional, através de inumeráveis processos educativos, de forma a facultar-lhe as oportunidades de reparação de erros, bem como a aquisição de conhecimentos e virtudes indispensáveis ao processo evolutivo.

Se você chora a perda de um ente querido, que suas lágrimas sejam de saudade, de respeito, de reconhecimento e de gratidão a Deus por ter lhe permitido desfrutar de prazeirosa companhia por algum tempo. Lembre-se que a morte é um fenômeno natural que, simplesmente, retira de nós a vestimenta carnal e nos permite retornar à verdadeira pátria com o nosso corpo espiritual. Mudamos de roupa e de casa, mas continuamos existindo, em outra dimensão, mantendo nossa individualidade e nossas tendências e gostos. Que suas lágrimas não sejam de revolta, de dor, de lamentação e nem de reclamações contra o Criador. O choro desta natureza prejudica muito os espíritos que aportaram recentemente no mundo espiritual e que precisam, nestes momentos, de preces e boa vibrações para auxiliá-los a se adaptarem à nova realidade.

Quando seus olhos buscarem os entes queridos que já partiram para o Mais Além, não olhe para baixo. Olhe para as estrelas ou simplesmente para seu lado. Se eles não estiverem te observando do alto, pode ser que estejam velando por você ao seu lado. Quando sua mente ou seu coração sentir aquele aperto de saudade daqueles que já não estão mais no mundo físico, eleve seus pensamentos e sentimentos a Jesus e entregue ao Mestre suas melhores vibrações. Ele se encarregará de encaminhá-las aqueles que você tanto ama. 

(Valdir Pedrosa)

quarta-feira, 25 de março de 2015

PREFÁCIO DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos céus, como um imenso exército que se movimenta, ao receber a ordem de comando, espalham-se sobre toda a face da Terra. 

Semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos.

Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas devem ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.

As grandes vozes do céu ressoam como o toque da trombeta, e os coros dos anjos se reúnem. 

Homens, nós vos convidamos ao divino concerto: que vossas mãos tomem a lira, que vossas vozes se unam, e, num hino sagrado, se estendam e vibrem, de um extremo do Universo ao outro.

Homens, irmãos amados, estamos juntos de vós.

 Ama-vos também uns aos outros, e dizei, do fundo de vosso coração, fazendo a vontade do Pai que está no Céu: “Senhor! Senhor!” e podereis entrar no Reino dos Céus.

(O ESPÍRITO DE VERDADE)



terça-feira, 24 de março de 2015

A BUSCA DA FELICIDADE

A felicidade e a liberdade começam com a clara compreensão de um princípio: algumas coisas estão sob nosso controle e outras não estão. Só depois de aceitar esta regra fundamental e aprender a distinguir entre o que podemos e o que não podemos controlar é que a tranquilidade interior a eficácia exterior tornam-se possíveis.

Sob nosso controle estão as nossas opiniões, aspirações, desejos e as coisas que nos causam repulsa ou nos desagradam. Essas áreas são justificadamente da nossa conta porque estão sujeitas à nossa influência direta. Temos sempre a possibilidade de escolha quando se trata do conteúdo e da natureza de nossa vida interior.

Fora do nosso controle, entretanto, estão coisas como o tipo de corpo que temos, se nascemos ricos ou se tiramos a sorte grande e enriquecemos de repente, a maneira como somos vistos pelos outros ou qual é a nossa posição na sociedade. Devemos lembrar que estas coisas são externas e, portanto, não dependem de nós. Tentar controlar ou mudar o que não podemos só resulta em aflição e angústia.

Lembre-se: as coisas sob nosso poder estão naturalmente à nossa disposição, livres de qualquer restrição ou impedimento. As que não estão, porém, são frágeis, sujeitas a dependência ou determinadas pelos caprichos ou ações dos outros.

Lembre-se também do seguinte: se você achar que tem domínio total sobre coisas que estão naturalmente fora de seu controle, ou se tentar assumir as questões de outros como se fossem suas, sua busca será distorcida e você se tornará uma pessoa frustrada, ansiosa e com tendência a criticar os outros.

(Do livro “A Arte de Viver”)

segunda-feira, 23 de março de 2015

A VERDADE QUE LIBERTA

"Busque conhecer a verdade e a vivenciá-la no seu dia a dia, e esta verdade assumida e vivida fará de você um homem livre."

Os que ouviram de Jesus esta afirmativa não a entenderam de pronto e imediatamente lhe falaram:

"Nós nunca fomos escravos de ninguém; então seremos livres de quem?"

Jesus, por sua vez, disse mais: "Se você erra, ou comete pecado, é escravo do erro, ou do pecado, até que consiga reparação."

Face à afirmativa do Cristo, podemos concluir que Ele não se referia à escravidão de homens, imposta por outros homens, mas sim à nossa escravidão pela consciência, em decorrência de faltas morais.

Entendendo o pecado como a transgressão das Leis Divinas, fica fácil compreender a afirmativa de Jesus.

E entendendo que liberdade é a "situação ou estado do homem livre, integrado na plenitude da dignidade do ser humano", que tem respeitabilidade, nobreza, autoridade moral, saberemos que liberdade implica em responsabilidade.

O ser humano sempre lutou pela própria libertação.

Levando em conta os ensinos do Homem de Nazaré, enquanto cometermos infrações contra as Leis Divinas, seremos escravos dessas infrações, das suas conseqüências, do mal que provocaram.

Se perante a legislação humana, que ainda tem muitas falhas e é limitada pelo nosso não entendimento pleno de justiça, o infrator deve redimir-se, deve pagar pelo mal feito para obter a liberdade, não poderia ser diferente com relação às Leis Divinas que regem a vida.

Jesus condiciona a libertação definitiva ao conhecimento e vivência da verdade superior.

Podemos dizer, para fixar melhor: da verdade verdadeira.

Na medida em que o homem vai descobrindo a verdade, vai fazendo luz íntima e automaticamente vai se libertando da ignorância e deixando de errar, por já conhecer o correto, o devido.

A ignorância é a grande fomentadora dos falsos conceitos a respeito da Divindade e por conseguinte, das leis que regem a vida.

Um exemplo disto era o horror que o homem pré-histórico tinha dos fenômenos da natureza.

O medo era gerado pela ignorância do processo pelo qual se davam tais fenômenos.

Junto com o conhecimento de tais mecanismos, veio a libertação do medo.

Assim ocorre também nos variados pontos da existência humana.

Quando a peste negra dizimou milhares de vidas em toda a Europa, em princípio acreditava-se que fosse um castigo de Deus imposto aos pecadores de toda ordem.

Todavia, a descoberta da verdade elucidou que a enfermidade era transmitida pelos ratos, e hoje é chamada peste bubônica.

Assim é com relação à auto-libertação das criaturas. 

Cada um possui em si a chave para libertar-se em definitivo dos maus hábitos e equívocos cultivados ao longo das existências.

Para isso, é necessário que conheçamos as Leis de Deus, para que a elas busquemos nos ajustar, de forma que possamos avançar a passos largos na direção da luz.

Quando a verdade brilhar, no caminho das criaturas, se verá que obstáculos e sofrimentos não representam espantalho para os homens, mas sim quadros preciosos de lições sublimes que os aprendizes sinceros nunca podem esquecer.

É necessário que você, apesar das rajadas aparentemente destruidoras do destino, se conserve em pé, com coragem, marchando, firme, ao encontro dos sagrados objetivos da vida.

(Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita,com base no cap. 119, do livro Vinha de luz, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 17 de março de 2015

PENHOR DE FÉ

Não te surpreendam as dificuldades nem as incompreensões na esfera da. ação em que te encontras a serviço da Era Melhor do Espírito Imor­tal. Todo empreendimento que visa a modificação de estrutura ultramontana do êrro experimenta a reação contrária da própria fôrça em atuação.

Apontas ásperas lutas e duras provas, refe­res-te a desencantos e dubiedades, arrolas desassossêgo e evasão, abisma-te em desaire e amargura como se desejasses um jardim florido para aspirar aroma e não uma gleba a transformar-se em seara de bênçãos, tõda por inteira.

Considera, porém, que a lâmina que produz des­gasta-se, a pedra que atrita destrói-se, o lume que clareia consome o combustível de sustentação, o corpo que se desenvolve e cresce para a glória do espírito caminha para o sepulcro... Tudo são per­mutas incessantes.

Átomo a átomo agrega-se à molécula.

Célula a célula compõe-se o órgão.

Partícula a partícula forma-se o vegetal.

Vibração a vibração aglutinam-se as fôrças do Universo.

O sol que nos sustenta aniqUila-se paulatinamente ao converter massa em energia para o equilíbrio e manutenção dos astros que gravitam na sua órbita...

Assim, também, ocorre no campo das aspira­ções morais.

A excelência dos nossos ideais se revela no testemunho que dêles oferecemos.

Começamos e recomeçamos tarefas de sublima­ção até atingirmos o ápice da libertação, resgatando todos os débitos.

Por essa forma, cada qual respira no clima elaborado pelo pensamento e cultivado pela vontade.

Ante o que fazer, não te aquietes no já feito.

Fase ao produzir em nome do amanhã, evita a paisagem do passado.

Projetando o bem esquece o mal, que em última análise é apenas o bem ausente.

Não desfaleças, não retrocedas, porque as tuas aspirações sofrem a baba da injúria e as tuas ex­pressões são entendidas como acicates que no en­tanto não esparzes.

Reverenciando Jesus, a Quem procuras atender e cujo amor te incendeia a alma em pleno despertar, agradece todo empeço e azedume que te apareçam, perdoando sempre, porqüanto, testemu­nhando a legitimidade dos teus propósitos, o perdão que ofertes é oportunidade para ti mesmo, como perdão de Nosso Pai na direção dos teus desejos.

“Tende fé em Deus!”
(Marcos: capítulo 11º, versículo 22)

“A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquêle que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus”.
(Capítulo 19º — Item 4)

(Do livro FLORAÇÕES EVANGÉLICAS, de DIVALDO PEREIRA FRANCO, ditado pelo espírito JOANNA DE ÂNGELIS)



segunda-feira, 9 de março de 2015

A RENOVAÇÃO A TERRA

- Luiz, se todos lutassem para viver de amor, a perfeição tomaria conta de seus espíritos. O reino que Jesus prega manifesta-se claramente aos homens na palavra, nas obras e na pessoa do Cristo. 

Agora, para segui-Lo,é necessário que nos tornemos humildes, bondosos, caridosos, irmãos uns dos outros. Mesmo o homem espírita, muitas vezes é admirador da Doutrina,e não um fiel seguidor do que ela nos ensina de bom. Muitos admiram a
coragem de Allan Kardec, mas não procuram transformar as suas Casas Espíritas em cascatas de conhecimento para os seus freqüentadores, que
muitas vezes só recebem orientação sobre Espíritos sofridos. 

A finalidade das Casas Espíritas é transformar o homem, fazer dele um ser distante da imperfeição, porque só a Doutrina Espírita nos ensina que tudo o que se planta se colhe. 

Deixem de culpar os Espíritos pelos desequilíbrios dos encarnados; se existem Espíritos trevosos junto aos encarnados, é porque o homem os alimenta de ódio e iniqüidades. No dia em que o homem tornar-se bondoso, os Espíritos não irão mais perambular pelos canteiros do mundo
físico. 

Mudem os homens, e toda a atmosfera da Terra será mudada. Para que isso venha a acontecer é que Jesus prometeu o Consolador. A Doutrina Espírita não é mais uma religião para fazer fermentar a vaidade entre os homens nem fortalecer sacerdotes. Ela veio para abrir os túmulos e ressuscitar
os mortos. E estes gritarão bem forte para seus irmãos e familiares: levantem-se e andem, porque a morte não existe; aproveitem a atual encarnação para se livrarem da carga pesada dos erros que carregam nas costas há milhares
de anos. 

A reencarnação é a mão de Deus afagando nossos espíritos,dando-nos forças para novas jornadas, em uma nova vida. Só a Doutrina coloca o homem diante de si mesmo, só ela nos mostra as nossas imperfeições. Se os espíritas não entenderem a Doutrina como um remédio que cura as almas
doentes, muitos passarão por ela, porém será apenas mais um lugar onde se fala sobre o Cristo, mas não se colocam ao lado dele. (...) 

- E o Cristo, onde está?

- Como o Espírito sopra onde quer, Ele, o Mestre, está ao lado de uma ou duas pessoas que oram em Seu nome(...).

A finalidade da Doutrina é transformar o homem. Se este não se autoeducar,jamais irá compreender a doutrina do Cristo (...). 
É na Doutrina que o homem levanta a lápide do
túmulo e adentra o mundo dos Espíritos, mesmo na condição de alma. Mas para quem a Doutrina é apenas uma brisa que passa, estes estão
deixando passar a grande oportunidade de lutar pela própria melhoria.”

(Do livro “Ensina-me a falar de Amor”, pelo espírito de Luiz Sérgio e psicografia de Irene Pacheco Machado)

quinta-feira, 5 de março de 2015

AINDA HÁ ESPERANÇA

Ao longo da nossa caminhada, Deus coloca em nova vidas pessoas que são verdadeiros bálsamos de esperança e fé.

Essas pessoas nos impulsionam e nos fazem acreditam que vale a pena viver e lutar pelo que nós acreditamos.

Somos visitados por Deus de diversas formas, para que ao longo da nossa jornada, não percamos a esperança e vejamos, que ainda há um luz no fim do túnel.

Hoje quero partilhar com você um texto de um homem muito sábio, dotado de uma imensa luz divina.

Com sua simplicidade e carisma Papa Francisco, tem arrebanhado multidões e principalmente resgatando aquelas ovelhas que estavam longe do aprisco.

Que Deus possa visitar você através das sábias palavras deste simples e humilde servo do Senhor.


Não chore pelo que você perdeu, lute pelo que você tem. 
Não chore pelo que está morto, lute por aquilo que nasceu em você. 
Não chore por quem te abandonou, lute por quem está a seu lado. 
Não chore por quem te odeia, lute por quem te quer feliz. 
Não chore pelo teu passado, lute pelo teu presente. 
Não chore pelo teu sofrimento, lute pela tua felicidade. 
Não é fácil ser feliz, temos que abrir mão de várias coisas, fazer escolhas e ter coragem de assumir ônus e bônus para ser feliz. 
Com o tempo vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar, apenas siga adiante com quem quer e luta para estar com você. 
Se engana quem acha que a riqueza e o status atraem a inveja... as pessoas invejam mesmo é o sorriso fácil, a luz própria, a felicidade simples e sincera e a paz interior...

terça-feira, 3 de março de 2015

SUPERPODER

Todo mundo é super-herói. Todo mundo tem um poder especial. Uma característica que transforma a existência.

Pode ser uma virtude disfarçada de defeito. Pode ser algo de que você não gosta em si.
Quando conheço alguém, sei que estou desvendando um superpoder por detrás da aparência e da normalidade, uma vida multiplicada por um talento.

No jardim de infância, tinha a Bárbara, que odiava sua boca carnuda. Recebeu o apelido de flor carnívora. Mas foram justamente os lábios desenhados com volúpia que fizeram com que virasse modelo de sucesso. Recordo também de Daniel, na adolescência, com dificuldade de se expressar em público. Abominava sua timidez, gaguejava quando pressionado. Pois sua retração fascinava as mulheres, que o rodeavam e falavam por ele. Não existiu um garanhão igual na faculdade.

Conservamos um trejeito em particular que revela nossa personalidade. Já vi muita gente simples com o superpoder da esperança, capaz de enfrentar diagnósticos terríveis e a morte próxima. Ou com o superpoder da paciência, desarmando brigas com uma voz mansa e calma, sem jamais levar o desaforo para o lado pessoal. Ou com o superpoder da fé, cumprindo quilômetros de joelhos em nome de uma promessa.

Há feirantes com o superpoder do grito, atraindo compradores à distância. Há ambulantes com o superpoder do tempo, farejam pela cor da nuvem ou pela arruaça dos pássaros se choverá dentro de quinze minutos e se devem levantar a barraca. Há quem tenha o superpoder de localização, de tanto andar de ônibus, e palmilham a cidade de olhos vendados.

Minha empregada Cleonice, por exemplo, tem o superpoder da risada. A casa está tensa, acabrunhada, e ela aparece cortando a atmosfera com seu bom-dia risonho. Abre as janelas e as portas ao arejar os humores. O filho Vicente mantém o superpoder dos cílios enormes. Observa de um modo tão misterioso, com aquele olhar de árvore, que logo precipita a eloquência dos familiares – sempre está em vantagem na captura de segredos. Já Mariana guarda o dom da irreverência: dramática, passional, intensa, ela sente o mundo duas vezes mais do que a média. Dela, receberá as mais bonitas, sinceras e corajosas declarações.

O ideal é que seja amado pelo seu superpoder. Descobrir alguém que identifique sua fraqueza, e a reconheça como estimulante, apesar de ser um empecilho no entendimento da maioria.

Se bem que o amor torna qualquer um poderoso.

(Fabrício Carpinejar) 

Foto: Mar da Galileia (*Pixabay) Irmãos, que alegria estarmos todos aqui neste ambiente de paz, amor, fraternidade e luz, muita...