O texto abaixo é uma
reflexão que fiz depois da leitura do quinto parágrafo do livro "Intuitive
Thinking as a Spiritual Path" ou "Filosofia da Liberdade", em
português.
Considerado o livro
mais importante da obra do filósofo e criador da Antroposofia, Rudolf Steiner.
Estou quebrando a cabeça para entender este
livro junto com mais 8 mães e professoras da escola.
O que segue é uma
sensação que fiquei com a última leitura.
Não é nenhuma colagem
ou tentativa de resumo do capítulo, só a minha reflexão.
Afinal, porque
preocupamos tanto com os outros?
E o que isso nos
impossibilita de viver as nossas próprias vidas?
São muitos os motivos
que fazem de você uma pessoa presa.
(Me incluo em todos
os "você" do texto.)
Mas o que poderia
fazer de você um pouco mais livre?
Como no poema da Adélia Prado, quando é que
vamos conseguir inaugurar linhagens, fundar reinos, cumprir a sina?
Um dos grandes
obstáculos é que cada um de nós está sentado exatamente/precisamente no centro
do seu próprio universo e então nós temos uma tendência em levar tudo para o
lado pessoal.
Nós ampliamos e
intensificamos o que é a nossa própria consciência – especialmente quando é
algo negativo.
Quando cometemos um
erro, nós assumimos que o mundo está assistindo.
Todo mundo deve estar
pensando e falando sobre nós, certo?
E então nós gastamos
uma valiosa quantidade de tempo e energia culpando nós mesmos por sermos tão
estúpidos.
Mas posso falar uma
coisa?
Tenho boas notícias:
você não é tão importante assim.
E se realmente
considerar que as pessoas estão sentadas falando sobre você, é porque é muito
narcisista.
Você não iria se
preocupar tanto sobre o que as pessoas pensam se achasse que elas só te colocam
no tópico da conversa muito raramente.
Você provavelmente
está pensando que as pessoas são fofoqueiras e você não quer que coisas ruins
sobre você sejam faladas por ai.
Eu sei!
O problema é que de
tanto pensar no que os outros podem pensar, muita gente para tudo o que estiver
fazendo.
Principalmente as
mulheres.
Você pensa que falam
de você quando está solteira, que falam de você quando está casada e é uma
esposa dedicada, que falam de você quando está casada e é uma esposa focada na
carreira “e deixa o marido de lado”, que falam de você quando está trabalhando
muito, que falam de você quando está trabalhando pouco.
Mas será que tem
alguém pensando tudo isso mesmo?
Será que é preciso
comprar essa briga?
E como é que acaba
essa briga?
Quem é que ganha?
Quem supostamente
falou de você e com isso ganhou o controle da sua vida?
Ou você que implicou,
empacou e fez questão de provar pra “todo mundo” que estava certa.
Quem é “todo mundo”,
minha gente?
Será que esse pessoal
não tem seus próprios problemas para pensar?
Ou você é tão
importante que até os problemas ficam girando à sua volta?
Já sei: só você tem
problemas, tadinha.
Acredito que na
escala de preocupação, ao menos que seja sua mãe, para o resto você é a ruga na
palma da mão.
(E olhe lá)
Se parar para pensar
no que te preocupava há alguns anos atrás, você não vai lembrar.
Agora imagina aquele “todo mundo”, será que
lembram a escolha que você fez alguns anos atrás?
Mas ainda mais
importante do que isso, você sabe quem você é, então porque deixar o seu poder
de decisão com as outras pessoas?
Uma vez tive um chefe
que falava que elogio era um tábua com sabão.
Isso porque se você
fica dando muita importância para as pessoas falando como você é incrível,
corre o risco de desfocar e parar de prestar atenção no que está fazendo.
(Escorregar na tábua)
O mesmo acontece para
comentários negativos.
Especialmente aqueles
que só existem na sua cabeça.
Se você prestar
atenção nisso, você tira seus olhos da “bola”.
(Ano de Copa, minha
gente)
Você para de agir e
começa a reagir.
E então você não está
mais vivendo por conta própria – o que na verdade é como não estar vivendo.
E isso é uma pena.
Então você tem
decisões a tomar.
Você tem escolhas.
Quanto você vai
deixar o medo com relação ao que os outros estão falando (se estiverem falando)
determinar a maneira como você se comporta ou a maneira como você se sente sobre
você mesmo?
Quanto tempo você
quer gastar se sentindo paralisado?
Meu desejo é que você
cheque seu ego e deixe para lá a ideia de que todo mundo está obcecado com a
sua vida.
Porque esta é uma
maneira grandiosa e eficaz de se auto destruir.
O que quero dizer da
maneira mais gentil possível: esqueça um pouco o seu umbigo.
Pare de pensar no que
os outros estão pensando.
Eu posso garantir que
as pessoas têm coisas mais preocupantes na cabeça e eles só querem seguir em
frente com suas próprias vidas.
Está na hora de você
parar de dramatizar e fazer o mesmo.
Para terminar de
forma suave, música:
(para ouvir, clique http://www.youtube.com/watch?v=vxp0PFoIdmU)
We come so far, to give up, who we are. So lets raise the bar and the
cups, to the stars.
(Nós chegamos muito
longe para desistir de quem somos.
Então vamos elevar as
expectativas e os copos até as estrelas.)
(Cris Leão)
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