"Em um dos departamentos da Vida Espiritual, o orientador escutava a reclamação do recém-chegado na Terra, que tentava explicar-se:
- Fui muito criticado... As pessoas sempre apontavam defeitos em mim... Observações contundentes palmilharam o meu caminho... Quase tudo que eu fizesse, era motivo de chacotas...
- Meu irmão - ponderava o atendente com paciência, enquanto procedia o preenchimento de um formulário -, a crítica quase sempre é um alerta para que estejamos mais vigilantes... Por detrás da intenção dos que nos criticam, muitas vezes com propósitos escusos, vige a intenção de Deus em nos corrigir... As palavras dos que se referem de maneira intempestiva às nossas atitudes não podem ser assim tão desprezadas por nós...
- Mas a questão - contra-argumentava o amigo, indignado - não é tão simples... Não estou tão -somente me queixando das críticvas que me eram feitas; estou aborrecido, pois, a rigor, aqueles que me criticavam não tinham condição alguma para tanto... tão frágeis quanto eu mesmo, sabia de suas limitações e mazelas... o que criticavam em mim, eu poderia ter criticado neles com muito mais razão... ainda se tivesse sido criticado por pessoas de conduta irrepreensível!... Mas não: eram pessoas piores do que eu as que me agrediam...
Dando o assunto por encerrado, o preparado recepcionista dos recém-desencarnados, sentenciou:
- Meu irmão, os que teriam, no mundo, digamos, condições para atirar a primeira pedra são justamente aqueles que, a exemplo de Jesus, nunca se sentiriam animados a fazê-lo!..."
Do livro Vida de Médium, de Carlos A. Baccelli e Ramiro Gama
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