Segue
um caso de uma mãe desencarnada que pede ao plano espiritual para falar
diretamente com sua filha aqui na Terra, numa reunião em uma casa espírita.
Percebam que o que parece ser bom pode não ser. Vamos meditar?
— Ser-lhe-á possível, meu
irmão, entender por mim com os nossos orientadores quanto à possibilidade de me
comunicar diretamente com a minha filha, presente à reunião ( reunião em um centro
espírita aqui na Terra )? Estou certa de que, com a permissão devida, nossa
Isabel me atenderá a angústia materna.
O interpelado mostrou
sincero desejo de ser útil, mas, depois de trocar algumas palavras com o
instrutor mais graduado da reunião, que se colocara entre a médium e o
doutrinador, veio trazer a resposta, algo constrangido, com grande surpresa
para mim:
— Minha irmã — disse ele
— o nosso nobre Anselmo não julga viável o seu pedido. Asseverou que sua
filhinha ainda não está em condições de receber essa bênção. Ela tem
necessidade de testemunhar, agora, o que aprendeu do seu exemplo, no mundo, e
precisa permanecer no campo da oportunidade, sem repousar indevidamente nos
seus braços.
E como a senhora
denotasse tristeza, Isidoro continuou em tom fraternal:
— Não somente por isso,
minha amiga, nosso instrutor se vê forçado a desatender. A medida traria
inconveniente grave para o seu sentimento maternal. No estado evolutivo em que
se encontra, e considerando o velho hábito adquirido, a filhinha se agarraria
excessivamente ao seu auxílio. Prender-se-ia à mãezinha afetuosa e sensível, e
talvez a irmã se visse perturbada em sua nova carreira espiritual. Ela precisa
estar mais livre para testemunhar, enquanto o seu coração deve permanecer em
liberdade, por nobre merecimento conquistado ao preço do seu suor e lágrimas,
quando na Terra. Considerando, embora, o caráter sagrado do amor em sua feição maternal,
nossos orientadores não podem conceder à sua filha o direito de perturbá-la.
Compreende? Não se atormente com esta impossibilidade transitória. Lembre-se de
que todos somos filhos de Deus. O Senhor terá recursos para atender cada jovem,
em seu lugar. Quanto ao mais, alegremo-nos em nossos serviços. Recorde que o
auxílio não se verificará pelo processo direto, mas podemos recorrer ao método
indireto. Quem sabe? Amanhã, possivelmente, poderá encontrar-se com sua filha,
em sonho.”
Do Livro "Os mensageiros".
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