Rogavas, ainda ontem, saúde para o
corpo alquebrado e constatavas a presença da enfermidade.
Confiavas, ainda ontem, que o problema
moral fôsse suavizado ante o auxílio que aguardavas do Céu, e o defrontas a
martirizar o coração.
Esperavas, ainda ontem, que os óbices
desaparecessem do caminho, considerando a nobreza dos teus intentos, e
encontras a dificuldade ampliada como a zombar do teu esforço.
Oravas, ainda ontem, buscando fôrças e
robustez para o trabalho, e despertas com as mesmas fraquezas do dia anterior.
Solicitavas, ainda ontem, auxílios
eficazes para a continuação do labor socorrista, e surpreendes a ausência dos
valôres necessários.
Deixas-te abater pelo desânimo,
acreditando-te esquecido dos favores divinos.
Sucede, porém, que o Celeste Pai
responde aos nossos apelos, não conforme os nossos desejos, mas consoante as
nossas necessidades.
A tenra plantinha roga altura; mas sem
que robusteça o tronco candidata-se à destruição.
A fonte modesta roga caminho para
correr; sem a fôrça da corrente, porém, perde-se, consumida pelo solo.
É necessário, pois, discernir para
entender.
Muitas vêzes o bem mais eficaz para o
doente ainda é a enfermidade.
O lavrador atende ao solo com os
recursos que conta em si mesmo e na terra. A chuva e o sol são contribuições
que a misericórdia celeste lhe dispensará correspondendo ao mérito da sua
seara. Mas não se descoroçoa se o excesso da chuva e o calor do sol lhe destroem
a sementeira. Refeito da dor retorna ao campo e prossegue resoluto.
Procura, assim, entender também as
respostas indiretas com que o Sublime Amigo nos atende.
Nem sempre o que nos parece o melhor é
realmente o melhor para nós.
Persevera no trabalho nobre e honroso,
atende aos deveres que te competem realizar; e, mesmo que as tuas mãos
doloridas e calejadas roguem ungüento que não chega, prossegue esperando, firme
e sobranceiro, recordando que o fruto nunca precede à florescência e que esta
desponta nos dedos da planta que se dilacera para perpetuar a própria espécie.
Deixa-te chegar, e, coroado com o suor, o sangue e as lágrimas do teu esfôrço,
as flôres da esperança no Céu responderão às tuas ansiedades com os frutos da
paz e da felicidade.
“Outra, finalmente, caiu
em terra boa e produziu frutos, dando algumas sementes cem por uma, outras
sessenta e outras trinta.”
(Mateus: capítulo 13º, versículo 8)
“O homem que cumpre o seu
dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si
mesmo. É a um tempo juiz e escravo em causa própria.”
(Capítulo 17º, Item 7, parágrafo 4)
(Do livro Florações Evangélicas,
psicografado pelo médium Divaldo P. Franco, pelo espírito de Joanna de Angelis)
Linda mensagem! Conforta-nos o coração!
ResponderExcluirLindo.....
ResponderExcluir