"A fé transporta
montanhas" - afirmou o Divino Mestre.
Em nossa condição de
emparedados no vale sombrio das próprias dívidas, à frente da Lei, não nos
detenhamos na feição exterior do ensinamento e, sim, apliquemos a beleza do
símbolo, ao nosso próprio mundo interno.
Antigos prisioneiros
do cárcere de reiteradas defecções espirituais, sentimo-nos cercados por
pesadas colunas de treva a enceguecer-nos a visão.
Montanhas empedradas
de revolta e indisciplina, inclinam-nos para os despenhadeiros do sofrimento.
Montanhas espinhosas
de negligência e ociosidade, ameaçam-nos com os precipícios da negação e da
dúvida.
Montanhas de
leviandade e insensatez, induzem-nos a cair nos desvãos do tempo perdido.
Montanhas de débitos
e aflições que formamos com os resíduos dos próprios erros, no curso dos
milênios incessantes, desviam-nos o espírito para a inutilidade e para a morte.
Que a nossa fé seja
hoje o instrumento de renovação dos nossos próprios caminhos.
Utilizando-a na obra
paciente do amor, construiremos nova senda, a soerguer-nos para os cimos da
vida.
Para conhecer com
segurança é preciso discernir; para discernir é indispensável aprender; para
aprender é necessário amar com todas as nossas forças.
Abençoadas revelações
nos esperam nos montes do futuro, todavia, para alcançar o esplendor do porvir,
é imprescindível desintegrar a neve da indiferença e diluir a sombra
espessa da incompreensão que nos prendem à furna do egoísmo cristalizado.
Não basta nos
demoremos em análises esterilizantes do escuro ambiente de purgação do
pretérito em que nos encontramos, embora reconheçamos o diálogo construtivo por
valioso ingrediente na edificação da verdade.
A hora que passa é
preciosa demais para que lhe percamos a grandeza.
Saibamos abraçar a fé
viva que o Cristo nos legou com a renunciação aos caprichos inferiores e,
transformando-nos em sinceros trabalhadores, no aperfeiçoamento de nós mesmos
pelo trabalho infatigável do bem, aniquilaremos as montanhas agressivas que nos
separam do Mestre Divino e d’Ele receberemos o salário da luz com que
assimilaremos os dons das mais altas revelações nos domínios da Vida Eterna.
(Do livro “Mais
Perto”, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de
Emmanuel)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos! Esse blog é de vocês. Nos alegramos muito com a sua colaboração!