Uma das grandes virtudes da doutrina espírita é que, assim como tantos outros ensinamentos, ela indica o autoconhecimento como mola mestra para a reforma íntima, tão imperativa para a nossa evolução.
E isso é possível não só através das lições eminentemente espíritas, como, também, através das mensagens sublimes trazidas por outras doutrinas.
Recebemos um texto muito reflexivo e, malgrado não tenha conexão direta com a doutrina espírita, guarda conexão íntima, isso sim, com os princípios espíritas, o que, para nós, é deveras salutar.
Façamos, pois, a leitura abaixo com bastante atenção, procurando identificar no nosso dia-a-dia os cinco males de que trata o texto, esforçando-nos para afastá-los de nossas atitudes e pensamentos, contanto sempre com o auxílio de Deus para tanto!
O Siri Guru
Granth Sahib, Livro Sagrado das Escrituras Sikh, se refere aos cinco males como: cinco ladrões, cinco demônios
ou cinco pecados. De acordo com Sikhismo,
são os cinco principais pontos fracos da personalidade humana, em desacordo com
sua essência espiritual. São responsáveis pela miséria e dor nas nossas vidas e
devemos superar esses “demônios internos” com as virtudes de nossa alma.
O
primeiro é o KAM, que, em Gurmukhi
significa Luxúria. Kam é derivado do
Sânscrito e significa satisfação sensual, prazer, realização sexual, prazer dos
sentidos, desejo, Eros ou o prazer estético de vida. Em Gurbani, tem o significado de desejo descontrolado, desejo profundo,
concupiscência, luxúria, sensualidade ou lascívia. É contado entre os cinco
pecados cardeais ou tendências pecadoras. Em uso comum, o termo representa
paixão excessiva por prazer sexual; uma ênfase desproporcionada de alguns na
vida diária, nos prazeres de natureza sensual e é neste sentido que é para o Sikhismo considerado um mal.
O segundo, KROD,
em Gurmukhi significa Raiva ou raiva
descontrolada. Krodh é derivada da
palavra sânscrita krodha, que se
traduz em inglês por "ira", "raiva" ou "raiva
descontrolada". No Sikhismo, esta
é uma emoção ou estado de espírito, reconhecida como uma mola de impulsão, considerada
como um dos cinco males encontrados dentro da mente humana. A raiva pode ser
causada por eventos externos e internos. Você pode estar com raiva de uma
pessoa específica, como um colega de trabalho ou supervisor, ou evento, como um
engarrafamento, ou vôo cancelado. Ou a sua raiva pode ser causada por se
preocupar ou refletir sobre seus problemas pessoais, ou, ainda, algo maléfico
falado por alguém. Lembrança de eventos traumáticos ou de irritabilidade também
pode desencadear sentimentos de raiva. Ela se expressa em várias formas: do mau
humor silencioso a acessos histéricos de raiva e violência.
O terceiro, Lobh, em Gurmukhi significa Ganância. Lobh
é uma palavra em Gurmukhi e punjabi, que se traduz em inglês como
tentação a ganância ou avareza. Ganância é um sentimento humano negativo que se
caracteriza pela vontade de possuir somente para si próprio tudo que existe. É
um egoísmo excessivo, direcionado principalmente à riqueza material. Nos dias
de hoje, é pelo dinheiro. Contudo, é associada também a outras formas de poder,
tal qual influenciar pessoas de tal maneira que seus praticantes chegam ao
cúmulo de corromper terceiros e se deixar corromper, manipular e enganar
chegando ao extremo de tirar a vida de seus desafetos.
O quarto, Moh, em Gurmukhi significa Apego ou apego emocional. Moh, em Punjabi, quer
dizer apego a relações e coisas mundanas. A palavra é derivada da raiz do
Sânscrito, que significa ser desnorteado , errar, ser equivocado. Em textos
antigos, também representa confusão, ignorância ou ilusão. Em outro contexto,
significa "a armadilha da ilusão
mundana, a paixão". Sua função é dupla: ela tumultua o discernimento
da verdade e cria um erro de julgamento. Os homens acreditam em uma realidade
eterna da própria existência ou ego. Eles vêem, então, a verdade no que é falso
e felicidade naquilo que gera sofrimento.
O quinto e último, Ahankar, quer dizer Ego. Ahankar é a palavra que em Gurmukhi significa e se traduz como egoísmo
ou orgulho excessivo sobre as posses, beleza, talentos, riquezas materiais,
espiritualidade, inteligência, os poderes de autoridade, a caridade, trabalho,
etc. Um indivíduo pode vir a sentir que esses "dons de Deus" o fazem
superior aos outros. Isso leva à inveja, aos sentimentos de inimizade e
inquietação entre as pessoas. Para combater o ego, o Sikhismo ensina que os devotos devam servir a sociedade e a comunidade
com humildade. Para isso, os devotos praticam, por exemplo, a limpeza dos
calçados dos visitantes nos templos.
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