Ciência
comprova revelações espíritas de André Luiz
Estudo científico comprova
informações reveladas em livro de Andre Luiz, 60 anos depois...
(Matéria
escrita por José Leonardo Rocha - Londres, 09 de Junho de 2010)
João Ascenso,
psicólogo e pesquisador do Rio de Janeiro, ex-mestrando do King´s College de Londres, deu uma série de palestras em Londres e
nos Estados Unidos, no mês de junho, sobre um estudo que traz prova científica
sobre informações fornecidas no livro “NO MUNDO MAIOR”, de André Luiz.
Na obra,
publicada em 1947, o mentor de André Luiz, Calderaro, explica que o cérebro se
divide, de acordo com suas funções, em três partes. A parte anterior, ligada à
medula, guarda o arquivo do passado, das experiências acumuladas em sucessivas
reencarnações. É a parte do cérebro responsável pelas funções instintivas, mais
materiais. A parte central é a que tem maior atividade. É o presente, onde se
processam as informações necessárias para o agora, o aprendizado, o trabalho. A
parte da frente, posterior, é ativada quando temos sentimentos mais nobres, de
caridade, amor, fé. Em suma, nosso cérebro guarda em si as experiências do
passado, nos permite aprender e trabalhar no presente e abriga também os
sentimentos mais nobres, que nos levam a um futuro de evolução espiritual.
Ascenso
destacou em sua palestra que pouco ou nada se sabia em 1947 sobre as funções
dessa parte posterior do cérebro. O próprio mentor, Calderaro, faz referência
no livro psicografado por Chico Xavier ao desconhecimento da ciência da época
sobre esse assunto. Pouco a pouco, as funções do cérebro foram sendo
desvendadas, mas Ascenso diz que só no ano de 2006, quase 60 anos depois da
obra de André Luiz, surgiu o primeiro estudo comprovando cientificamente o que
havia sido revelado pela espiritualidade no pós-guerra. João Ascenso estava nos
Estados Unidos e tomou conhecimento do estudo, feito por um grupo de cientistas
sem nenhum conhecimento espírita, entre eles o brasileiro Jorge Moll Neto.
A
experiência foi feita do seguinte modo: um grupo de voluntários foi submetido
ao processo de ressonância magnética funcional do cérebro. O que André Luiz e
Calderaro conseguiam ver com sua visão aperfeiçoada – o funcionamento do
cérebro – foi monitorado através da mais moderna tecnologia. Os voluntários
responderam a três perguntas, apertando um botão para optar entre sim e não:
1 –
Você gostaria de receber uma quantia em dinheiro, agora, de graça?
2 – Você
gostaria de fazer uma doação para instituição de caridade? Mas é uma doação só
em intenção, só para fins deste estudo, você não vai precisar desembolsar o seu
dinheiro.
3 – Você gostaria de fazer uma doação de verdade para instituição de
caridade? O dinheiro (mais de US$ 100) vai ser retirado da sua conta.
Nos três
casos, verificou-se que a parte do cérebro responsável pelo prazer sensorial
(sexo, consumo de chocolate, café, drogas) dos voluntários que responderam
“sim”, foi ativado. Ou seja, para o organismo não há diferença entre o prazer
sensorial e o prazer espiritual. Ao fazer uma doação, você se sente tão bem do
ponto de vista físico como ao ganhar dinheiro ou comer chocolate. No caso da
doação formal, sem dispêndio, houve ativação no cérebro também de parte do
cérebro ligada ao amor entre pais e filhos.
O resultado surpreendeu os
cientistas, que ofereceram a seguinte explicação: este é um sentimento de
extensão do amor filial. Você ao ajudar alguém está de certa forma reproduzindo
o sentimento de amor e apego pelos próprios filhos.Ascenso disse que esta
descoberta é mais uma prova da beleza e acuidade científica dos ensinos de
Jesus Cristo. É o amor universal, é o que Cristo queria dizer quando ensinou
que devemos amar a todos como irmãos, que o amor não deveria ser exclusivo aos
nossos familiares mais próximos. A parte final da pesquisa é a comprovação que
faltava à ciência para os ensinamentos de Calderaro a André Luiz, na década de
40.
O estudo mostrou que a pessoa, ao fazer uma doação à instituição de
caridade, ao fazer o bem de verdade, tirando do próprio bolso, ativa a parte
mais frontal do cérebro (além de ativar o centro de prazer e a parte relativa
ao amor entre pais e filhos). A parte mais posterior do nosso cérebro é
ativada, a parte relativa aos sentimentos mais nobres do ser humano. “É o que
São Francisco de Assis quis dizer com sua máxima – é dando que se recebe. Ao
doar, você se beneficia, se sente bem.”
As descobertas do estudo foram
publicadas em artigo na primeira página do conceituado jornal norte-americano, Washington Post, na ocasião. Só em 2006
a ciência comprovou o que o Espiritismo revelou em 1947. João Ascenso explica
que o Espiritismo tem três vertentes igualmente importantes, desde o seu
nascimento: a parte religiosa (de fé em Deus), a filosófica (com ênfase para a
moral, para as explicações dos obstáculos do nosso dia-a-dia) e a parte
científica.
Com o deslocamento, por assim dizer, do Espiritismo da França para
o Brasil, houve desenvolvimento das duas primeiras. “Mas o Brasil é um país sem
nenhuma tradição científica. A parte científica do Espiritismo acabou não se
desenvolvendo. Mas isto está mudando. Por isso é importante também que o
Espiritismo cresça num país como a Grã-Bretanha, que tem grande tradição
científica.”
A ciência mostra que, conforme revelado pelo Espiritismo 60 anos
atrás, não devemos nos concentrar com excesso nem na parte anterior nem
posterior do cérebro, embora não possamos desprezá-las. “Quem se concentra na
parte anterior, ligada à medula, vive no passado e tem tendência à depressão.
Na parte central, está o trabalho, o agora. Só no presente podemos modificar
nosso futuro, usando-se as experiências do passado e procurando-se também
corrigir os vícios – que quase todos temos – de encarnações passadas. Mas quem
vive só no presente, ativando só a parte central do cérebro, não planeja o futuro,
não aprende com o passado, fica hiperativo e trabalha sem parar. Não consegue
ser feliz. E quem só se preocupa com os sentimentos nobres, a parte frontal do
cérebro, sem nada realizar – caso dos mosteiros da Idade Média – não contribui
para a sociedade e não consegue modificar seu destino.” O que a ciência revela
agora é o que o Espiritismo vem mostrando há mais de cem anos: a importância do
equilíbrio. “O estudo com voluntários mostrou que não há diferença, para o
corpo humano, entre o prazer dos sentidos e o prazer espiritual.
Portanto,
quando estamos ajudando e fazendo caridade, nos sentimos bem. A diferença está
na intenção. A pessoa pode comer uma barra de chocolate para ter uma sensação
de prazer. Mas ao fazer o bem, o prazer vem como consequência da ação. Você
toma uma iniciativa, movido pelos sentimentos mais nobres, e como resultado, se
sente bem, realizado.
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo
começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”
(EMMANUEL, por
Chico Xavier)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos! Esse blog é de vocês. Nos alegramos muito com a sua colaboração!