sexta-feira, 20 de abril de 2012

ATENDIMENTO ESPIRITUAL EM HOSPITAIS

Como já dissemos, na sexta-feira passada, dia 13/4, o Sr. Ariovaldo esteve na CASA DO CAMINHO, ministrando palestra sobre o tema “Atendimento Espirituais em Hospitais”. O dia foi de muito aprendizado e, como nem todos puderam estar presentes, houvemos por bem partilhar com vocês um singelo material sobre a brilhante explanação.

Em primeiro lugar, para iniciar-nos acerca do trabalho por ele desenvolvido, o palestrante nos leu um material impresso pelo próprio Hospital das Clínicas, em São Paulo-SP, sobre o referido atendimento.

Lá, lemos: “No Complexo Hospital das Clínicas, é prestada assistência religiosa e espiritual através de voluntários religiosos leigos e pelos Capelães, organizados de acordo com as normas do Comitê de Assistência Religiosa do Hospital das Clínicas, o CARE, composto pelos Serviços Religiosos Católico, Evangélico e Espírita. A Assistência espiritual destina-se a pacientes, acompanhantes e servidores, independente da religião da pessoa. O paciente que julgar necessário, poderá solicitar a assistência de alguém de sua religião. A Assistência é prestada sempre com o consentimento do paciente, e também poderá ser feita por ministros e líderes religiosos não pertencentes ao CARE, desde que especificamente solicitado pelo paciente ou acompanhante. Essa assistência, no entanto, deverá respeitar as normas internas do HC-FMUSP. A solicitação da assistência espiritual do CARE pode ser feita junto a Assistente Social da clínica, pelo serviço de Enfermagem ou qualquer outro profissional envolvido no tratamento do paciente.”

Nesse folheto, havia também três mensagens, que serão compartilhadas com os leitores do blog no decorrer dos próximos dias. Além disso, o Sr. Ariovaldo trouxe inúmeros outros ensinamentos, que, a partir de nossas anotações na ocasião, passamos a explanar.

Disse ele que existem medicações que precisam ser ministradas ao paciente em equilíbrio, tais como aquelas dos tratamentos oncológicos. Por isso, é importante que os pacientes se sintam capazes de continuar, apesar das dificuldades de saúde.

O tratamento espiritual, então, é feito através da imposição de mãos, com o paciente deitado. Não há proselitismo, ou seja, os cuidadores espirituais não têm a intenção de converter ninguém a uma doutrina religiosa. Há, tão-somente, a partilha do amor, do amparo e do carinho. Também não há rótulos, nem carimbos ao amparo oferecido, mas só a preocupação com o reequilíbrio do paciente. Isso por que muitas das doenças físicas são geradas pelo desequilíbrio psíquico ou espiritual. E, como se sabe, há milhares e milhares de anos, a energia é utilizada para a cura.

Assim, os trabalhadores espirituais servem de canais para que o auxílio espiritual chegue aos pacientes. Todos, aliás, podem auxiliar os doentes queridos desta forma, de acordo, é claro, com a limpeza espiritual de cada um. Hipócrates, o chamado “Pai da Medicina”, tal como a conhecemos, iniciou os tratamentos com a imposição das mãos sobre o paciente. E, na assistência religiosa em hospitais, utiliza-se a essência desse bem maior, que é a energia, sem qualquer debate, dúvida doutrinária ou discussão.

O Sr. Ariovaldo, dito isso, nos convidou a refletir por que adoecemos. E ele citou Emmanuel para trazer a resposta: Porque temos mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações. Isso tudo resulta em doenças físicas, que fazem dos sintomas instrumentos de defesa do espírito. Assim, os males que surgiram por carências podem se sedimentar num mal grave. A prece ao doente, nesse caso, não oferece um colo, mas sim entendimento.

O palestrante, a essa altura, lembrou Mateus, capítulo 15, versículo 11: Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem.” Assim, o Sr. Ariovaldo apontou, exemplificativamente, as maledicências como as sugadoras da energia do bem dentro de nós. Disse que a língua é a “arma rosa”, pois ela causa muitos ferimentos, podendo destruir vidas. Ou salvá-las, bastando, para tanto, que seja usada com sabedoria.

Ressaltou que a invigilância nos leva aos hospitais e, para evitar essa queda, devemos olhar para dentro de nós a cada amanhecer, afim de afastar, no cerne, cada motivo de desequilíbrio. Mas fez o alerta: para tomar um choque, levamos o dedo à tomada; e, da mesma forma, para o desequilíbrio nos abater, permitimos a má influência.

Chegou até a dizer que os piores obsessores são, verdadeiramente, os encarnados. E para explicar essa frase, lembrou André Luiz, em trecho do Nosso Lar: a causa dos seus males persistirá em si mesmo, até que se desfaça dos germes de perversão da saúde divina, que agregou ao seu corpo sutil pelo descuido moral e pelo desejo de gozar mais que os outros. A carne terrestre, onde abusamos, é também o campo bendito onde conseguimos realizar frutuosos labores de cura radical, quando permanecemos atentos ao dever justo.”

Assim é que, também, as falhas de saúde que se originaram em outras encarnações vão preponderar em nossa encarnação atual de acordo com a nossa atitude diante das dificuldades hoje e de acordo com o que pedimos para nós quando ainda no plano espiritual. Devemos, pois, cuidar do vaso físico que nos foi emprestado, já que a função do atendimento nos hospitais é a de recompor corpos, mas não modificá-los.

Para assistir aos doentes, é preciso doação , é preciso esquecer-se o cuidador dos próprios problemas, já que o paciente precisa de amor e equilíbrio. Alem disso, é preciso lembrar que a sensação de que a doença é um castigo é constante. Nessa medida, principalmente nós espíritas devemos auxiliar o irmão necessitado independentemente de sua condição e crença, amenizando-lhe o desespero. Muitos doentes sequer têm família próxima e sequer sabem o que pensar acerca da morte. No sentido contrário, a prática espírita ajuda o trabalhador a lidar com a própria dor.

Centralizar-se em si ainda é a maior cura, disse o Sr. Ariovaldo. Por isso, é que os orientais pensam sete vezes antes de tomar uma atitude e nós, os brasileiros principalmente, temos que cometer sete vezes o mesmo erro para começar a refletir sobre nossas atitudes.

Lembrou que as mães são criaturas capazes de dar um passe energético em suas crianças sem nem sequer perceber. A energia delas chega no ponto certo, pelo tônus espiritual, o que só é possível devido ao grande amor que sentem por sua prole. Também lembrou o palestrante que a meditação gera qualidade imunológica.

Só não colhemos melhores resultados porque insistimos no cometimento dos mesmos erros e das mesmas atitudes. A reforma íntima é imperativa para fazer o indivíduo recuar em desentendimentos e enfrentá-los quando necessários. Precisamos rever nossos valores e conceitos.

E nunca esquecer que Jesus é o médico divino e sua doutrina do bem é o medicamento eficaz que socorre sempre.

Ao que nos pareceu essas foram as passagens da palestra que mais mereceram destaque. É claro que o conteúdo foi muito além dessas singelas palavras, mas acreditamos que esses “rabiscos” possam auxiliar aqueles que não puderam comparecer na CASA DO CAMINHO!

Fiquem em paz!

3 comentários:

  1. Muito bom!!! Parabéns ao sr.Ariovaldo e a todos da Casa do Caminho. Vocês me fazem muita falta. Grande abraço. Lucia Lupeti

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    1. Olá, Lucia. Você também nos faz muita falta! Esperamos que, ao menos, esteja conseguindo matar a saudade pelo blog. Um forte abraço!

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  2. michel georges tannous29 de novembro de 2013 às 16:43

    interessante a participaçao sincera e voluntaria de levar a amenizar as dores materias (consequencia) junto com esclarecimento do espirito(causa).todos enfermos necessitados de Jesus, possa caminhar ao Seu lado

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