segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A PRIMEIRA AMIZADE TEM QUE SER CONSIGO MESMO

A primeira amizade precisa ser consigo mesmo, mas muito raramente se encontra uma pessoa que seja amistosa consigo mesma.
...Ensinaram-nos a condenar a nós mesmos.
O amor-próprio foi considerado como um pecado.
Não é.
Ele é a base de todos os outros amores, e é somente através dele que o amor altruísta é possível.
Como o amor-próprio foi condenado, todas as outras possibilidades de amor desapareceram.
Essa foi a estratégia muito ladina para destruir o amor.
É como se você dissesse a uma árvore:
“Não se alimente da terra, isso é pecado. Não se alimente da lua, da chuva, do sol e das estrelas; isso é egoísmo. Seja altruísta, sirva outras árvores”.
Parece lógico, e esse é o perigo.
Parece lógico: se você deseja servir os outros, sacrifique-se; servir significa sacrificar-se.
Mas, se uma árvore se sacrificar, ela morrerá e não será capaz de servir nenhuma outra árvore; de maneira nenhuma será capaz de existir.
Ensinaram-lhe:
“Não ame a si mesmo.”
Essa foi praticamente a mensagem universal das pretensas religiões organizadas.
Não de Jesus, mas certamente do cristianismo; não de Buda, mas do budismo - de todas as religiões organizadas, este foi o ensinamento: condene a si mesmo, você é um pecador, você não tem valor.
E, por causa dessa condenação, a árvore do ser humano se retraiu, perdeu o brilho, não pode mais festejar.
As pessoas vão dando um jeito de se arrastar, não têm raízes na existência – estão desenraizadas.
Elas estão tentando prestar serviço aos outros e não podem, porque nem foram amistosas consigo mesmas.
…Eu não tenho nenhuma condenação, não crio nenhuma culpa em você.
Eu não digo:
“Isto é pecado.”
Eu não digo que o amarei só quando você preencher certas condições.
Eu o amo como você é, porque essa é a maneira que uma pessoa pode ser amada.
Eu o aceito como você é, porque sei que esse é o único modo que você pode ser.
É assim que o todo desejou que você fosse.
É como o todo destinou-o a ser.
Relaxe e aceite-se e alegre-se – e então vem a transformação.
Ela não vem através de esforços.
Ela vem pela aceitação de si mesmo com tal profundidade de amor e felicidade, que não há nenhuma condição, consciente, inconsciente, conhecida, desconhecida.
O amor é alquímico.
Se você se amar, a sua parte feia desaparece, é absorvida, é transformada.
A energia é liberada daquela forma.
Todas as coisas chamadas de pecado simplesmente desaparecem.
Eu não digo que você tenha que mudá-las; você tem que amar o seu ser, e elas mudam.
A mudança é um sub-produto, uma conseqüência.
Ame-se.
Esse deveria ser o mandamento fundamental.
Ame-se.
Tudo o mais se seguirá, mas este é o alicerce.


(Osho)

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