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O médium é responsável por toda e qualquer
comunicação mediúnica?
Divaldo - Deve sê-lo, porque não é um autômato. Quaisquer
comunicações que lhe ocorram são através do seu psicossoma ou perispírito. A
conduta do médium é de sua responsabilidade e, graças a essa conduta, ele
responde pela aplicação de suas forças mediúnicas.
É muito comum a pessoa assumir comportamentos contrários
ao bom-tom e depois dizer que foram as entidades perniciosas que agiram dessa
forma. Isso é uma evasão da responsabilidade, porque os espíritos somente
atuam pelo médium, nele encontrando receptividade para as suas induções. É
importante saber que o médium é responsável pela manifestação que ocorra
através dele. Para que se torne um médium seguro, um instrumento confiável, é
necessário que evolua moral e intelectualmente, na razão em que exercita a
faculdade.
Gostaria de dar uma informação que nos transmitem os
Amigos Espirituais: referem-se à seriedade com que as entidades que aqui
trabalham estão encarando este encontro’. Um dos fatores mais importantes para
a divulgação da Doutrina Espírita, além do estudo sério, é a mediunidade na
vivência, no comportamento dos médiuns. Porque os neófitos atraídos para a
Doutrina vêm, invariavelmente, ansiosos pelos fenômenos e por soluções para
problemas que eles não querem eqüacionar. A invigilãncia de alguns aprendizes
do Espiritismo, trabalhando na mediunidade, responde pela deserção dos
inseguros, pelos desequilíbrios na comunidade mediúnica. Esses Mentores estão empenhados
em nós ajudar para o bom discernimento das nossas realizações.
Registro, outrossim, a presença de vários desses amigos
que prosseguem colaborando, vivamente empenhados no trabalho de educação e de
iluminação das almas. Eles hoje aqui capitaneados pelo espírito Dr. Camilo
Chaves, que também convidou um número muito grande de antigos colaboradores da
Doutrina Espírita nesta Cidade, tais como Pascoal Comanducci, Henriot, Bady
Elias Guri, Dolores Abreu, professor Cícero Pereira, Virgílio Almeida, Célia
Xavier, Schembri e outros trabalhadores afeiçoados ao bem, que se encontram
empenhados em promover o Consolador em nossas vidas para que as mesmas sigam,
por acréscimo de misericórdia, na direção de Jesus.
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Há médium inconsciente que, após a
manifestação do espírito, não se recorda do que o comunicante disse ou fez por
seu intermédio?
Divaldo - Sim. Há e
ocorre com uma boa parcela dos sensitivos. À medida que a faculdade se torna
maleável, que os filtros se fazem mais fiéis, o médium não se recorda através
da consciência plena, mas ele sabe algo, porque todo fenômeno mediúnico dá mediante
uma co-participação do espírito encarnado.
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Essa co-participação seria um controle
remoto do subconsciente?
Divaldo - Exatamente. O espírito
encarnado é quem côa a mensagem da entidade desencarnada. Então, ao mesmo
tempo, exerce a fiscalização, o controle, e coíbe, quando devidamente educado,
quaisquer abusos, preservando o instrumento de sua reencarnação, que é o
corpo.
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Quer dizer que, no fundo, é sempre o médium
o responsável, mesmo que tenha faculdade inconsciente, por aquilo que vem
através dele?
Divaldo - Daí dizer-se que em todo
fenômeno mediúnico há um efeito anímico, assim como em todo fenômeno anímico há
uma expressão mediúnica. Por melhor que seja o pianista, o som é sempre do
piano.
(Do livro "Diretrizes de Segurança", de Divaldo Franco e Raul Teixeira)
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