O amor é substância criadora e mantenedora do Universo,
constituído por essência divina.
É um tesouro
que, quanto mais se divide, mais se multiplica, e se enriquece à medida que se
reparte.
Mais se
agiganta, na razão que mais se doa. Fixa-se com mais poder, quanto mais se
irradia.
Nunca perece,
porque não se entibia nem se enfraquece, desde que sua força reside no ato
mesmo de doar-se, de tornar-se vida.
Assim como o
ar é indispensável para a existência orgânica, o amor é o oxigênio para a alma,
sem o qual a mesma se enfraquece e perde o sentido de viver
É imbatível,
porque sempre triunfa sobre todas as vicissitudes e ciladas.
Quando
aparente — de caráter sensualista, que busca apenas o prazer imediato — se debilita
e se envenena, ou se entorpece, dando lugar à frustração.
Quando real,
estruturado e maduro — que espera, estimula, renova — não se satura, é sempre
novo e ideal, harmônico, sem altibaixos emocionais. Une as pessoas, porque
reúne as almas, identifica-as no prazer geral da fraternidade, alimenta o corpo
e dulcifica o eu profundo.
O prazer legítimo decorre do amor pleno, gerador da
felicidade, enquanto o comum é devorador de energias e de formação
angustiante.
O amor
atravessa diferentes fases: o infantil, que tem caráter possessivo, o juvenil,
que se expressa pela insegurança, o maduro, pacificador, que se entrega sem
reservas e faz-se plenificador.
Há um período em que se expressa como compensação, na fase
intermediária entre a insegurança e a plenificação, quando dá e recebe,
procurando liberar-se da consciência de culpa.
O estado de prazer difere daquele de plenitude, em razão de
o primeiro ser fugaz, enquanto o segundo é permanente, mesmo que sob a injunção
de relativas aflições e problemas-desafios que podem e devem ser vencidos.
Somente o amor real consegue distingui-los e os pode unir
quando se apresentem esporádicos.
A ambição, a posse, a inquietação geradora de insegurança —
ciúme, incerteza, ansiedade afetiva, cobrança de carinhos e atenções —, a
necessidade de ser amado caracterizam o estágio do amor infantil, obsessivo,
dominador, que pensa exclusivamente em si antes que no ser amado.
A confiança, suave-doce e tranqüila, a alegria natural e
sem alarde, a exteriorização do bem que se pode e se deve executar, a compaixão
dinâmica, a não-posse, não-dependência, não-exigência, são benesses do amor
pleno, pacificador, imorredouro.
Mesmo que se modifiquem os quadros existenciais, que se
alterem as manifestações da afetividade do ser amado, o amor permanece
libertador, confiante, indestrutível.
Nunca se impõe, porque é espontâneo como a própria vida e
irradia-se mimetizando, contagiando de júbilos e de paz.
Expande-se como um perfume que impregna, agradável,
suavemente, porque não é agressivo nem embriagador ou apaixonado...
O amor não se
apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque vive no íntimo do ser e não
das gratificações que o amado oferece.
O amor deve ser
sempre o ponto de partida de todas as aspirações e a etapa final de todos os
anelos humanos.
O clímax do
amor se encontra naquele sentimento que Jesus ofereceu à Humanidade e prossegue
doando, na Sua condição de Amante não amado.
(Do livro “Amor, Imbatível Amor”, de Divaldo Franco, pelo
espírito de Joanna de Angelis)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos! Esse blog é de vocês. Nos alegramos muito com a sua colaboração!