(...) – Não
se leva em consideração o espírito de sequência – pontificiou Odilon. – A morte
não é um salto para a perfeição...
– Muito bem
colocado, Odilon! –redargui. – Seria ótimo se a desencarnação solucionasse, por
si só, todos os problemas que nos afligem a inteligência. É justamente isto que
me espanta: a quantidade de gente que desencarna e prossegue na mesma...
– Sequer
acredita no fenômeno do próprio desenlace! – exclamou Domingas. – Certa vez –
contou em seguida -, fui fazer uma endoscopia. O médico aproximou-se de mim e
me aplicou um sedativo –senti leva picada no braço. Depois de instantes, vendo
a enfermeira se movimentar na sala, perguntei se eles não iriam realizar o
exame.
Com a maior
naturalidade, ela me respondeu: – “O exame já foi feito. A senhora não percebeu
que está numa sala diferente?”
Somente aí é que me dei conta de que, de fato,
eu estava reclinada numa poltrona, numa sala de recuperação ao lado. Foi quando
exclamei: – “Meu Deus, desencarnar é isso! Para mim, o tempo não havia
passado... Devo ter dormido apenas uns 20, 25 minutos, sob o efeito do
medicamento”.
– O médico
fez mesmo o exame em você?– perguntei.
– Não sei.
Tive que acreditar na palavra dele e da enfermeira. Eu não vi e não senti
absolutamente nada. Foi daquele exame em diante que comecei a perder o medo de
desencarnar...
– Quem já fez
endoscopia aqui? –indaguei ao público presente.
Com cerca de
50% levantando a mão, frisei:
– Então,
vocês conhecem a experiência que a Domingas relatou.
É assim
mesmo. Desencarnar é como mudar de sala! Agora– acrescentei –, mais intrigante
que a inconsciência da própria desencarnação é a não aceitação da reencarnação
por parte de grande maioria dos espíritos!
Mas este é
assunto que discutiremos noutra oportunidade.
Livro: A Vida Viaja na Luz
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito
Inácio Ferreira
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