sexta-feira, 12 de julho de 2013

NÓS E O MUNDO

“Dai e ser-­vos-­á dado”  Jesus (Lucas, 6: 38)

“Vós,  porém,  que  vos  retirais  do  mundo,  para  Me  evitar as seduções e viver no insulamento, que utilidade tendes  na Terra? Onde a vossa coragem nas provações, uma vez que
fugis à luta e desertais a combate?”
(Cap.O5, Item 26)

Muitos religiosos afirmam que o mundo é poço de tentações e culpas, procurando o deserto para acobertar  a pureza, entretanto, mesmo ai, no silencioso
retiro em que se entregam a perigoso ócio da alma, por mais humildes se façam, comem, os frutos e vestem a estamenha que o mundo lhes oferece.
Muitos escritores alegam que o mundo é vasto arsenal de incompreensão e discórdia, viciação e delinqüência, Como quem se vê diante de um serpentário, contudo, é no mundo que recolhem o precioso material em que gravam as próprias
idéias e encontram os leitores que lhes compram os livros.
Muitos pregadores clamam que o mundo é vale de malicia e perversidade, qual se as criaturas humanas vivessem mergulhadas em piscina de lodo, todavia, é no mundo que adquirem os conhecimentos com que ornam o próprio verbo e acham
os ouvintes que lhes registram respeitosamente a palavra.
Muitas pessoas dizem que o mundo é antro de perdição em que as trevas do  mal senhoreiam a vida, no entanto, é no mundo que receberam o regaço materno  para tomarem o arado da e experiência é no mundo que se nutrem confortavelmente
a fim de demandarem mais altos planos evolutivos.
O mundo, porém, obra­prima da Criação, indiferentes às acusações gratuitas que lhe são desfechadas, prossegue florindo e renovando, guiando o  progresso e sustentando as esperanças da Humanidade.
Fugir de trabalhar e sofrer no mundo, a título de resguardar a virtude, é
abraçar o egoísmo mascarado de santidade.
O aluno diplomado em curso superior não pode criticar a bisonhice das mentes infantis, reunidas nas linhas primárias da escola.
 Os bons são realmente bons se amparam os menos bons.
Os sábios fazem jus à verdadeira sabedoria se buscam dissipar a névoa da ignorância.
O Espírita, na essência, é o cristão chamado a entender e auxiliar.
Doemos, pois, ao mundo ainda que seja o mínimo do máximo que
recebemos dele, compreendendo e servindo aos outros, sem atribuir ao mundo os erros e desajustes que estão em nós.


(Do “Livro da Esperança”, de Francisco C. Xavier, pelo espírito de Emmanuel)


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