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Em mediunidade, o
que seriam sintonia, ressonância e vibrações compensadas?
Divaldo - A sintonia, como o
próprio nome diz, é a identificação. Estamos sempre acompanhados daqueles que
nos são afins. A emissão de uma onda encontra ressonância num campo vibratório
equivalente. Aí temos a sintonia, como numa rádio que emite uma onda e é
captada por um receptor na mesma faixa vibratória. A sintonia de Chico Xavier
com o Espírito Emmanuel dá essa ressonância maravilhosa, que é a obra abençoada
que o Instrutor mandou à Terra. A ressonância seria o efeito que decorre do
mecanismo de sintonia. E as vibrações compensadas são aquelas que oferecem,
como o próprio nome coloca, a resposta dentro do padrão de reciprocidade.
Quando Chico sintoniza com Emmanuel recebe a compensação do benefício que
decorre daquela onda provinda do Benfeitor, que lhe responde ao apelo através
do bem-estar que lhe proporciona. Essa compensação pode ser positiva ou
negativa. Se elaboramos idéias infelizes somos compensados pelas respostas das
entidades afins, que se comprazem em nos utilizar na viciação toxicômana,
alcoólica, tabagista ou no exagero em qualquer função ou hábito.
Quando oramos ao Cristo, ou oramos
a Deus, recebemos imediatamente a compensação do bem-estar que decorre de
estarmos sintonizados com o Alto.
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Qual o papel dos
centros vitais no intercâmbio mediúnico?
Raul - Encontramos os centros
vitais como sendo representações do corpo psicossomático ou perispírito,
correspondendo aos plexos no corpo físico.
São verdadeiras subestações
energéticas.
À proporção que encontramos no
mapa fisiológico do indivíduo, os diversos entroncamentos nervosos, de vasos,
de veias, temos aí um foco de expansão de energia.
O nosso centro coronário, que é a
porta que se abre para o cosmo, é a “esponja” que absorve o influxo de energia
e o distribui para o centro cerebral, para o centro laríngeo, e, respectivamente,
para outros centros que se distribuem com maior ou menor intensidade, através
do corpo. Sabemos que tais energias, antes de atingir o corpo físico,
abrigam-se no corpo espiritual. Do mesmo modo como se tivéssemos uma grande
cisterna de água abastecendo uma cidade, tendo em cada residência a nossa
particular, verificamos no organismo a grande “cisterna” que absorve as
energias de maior vulto, que é o citado centro coronário, e as pequenas
“cisternas” que vão atendendo às outras regiões: o centro cerebral atendendo às
funções intelectivas do homem, acionando as funções da mente; o centro laríngeo
responsável pela respiração, pela fala e todas as funções importantes do
aparelho fonador; temos o centro cardíaco que está ativando as emoções, as
emissões do sentimento do homem, atuando sobre o músculo cardíaco. Conhecemos o
centro gástrico responsável pela digestão energética e naturalmente achamos aí,
no campo da mediunidade, uma contribuição muito grande, porque os médiuns
invigilantes ou que estão nas lides sem o devido policiamento, sem as devidas
defesas, quando entram em contato com atormentados, sentem as tradicionais
náuseas, absorvendo energias que os alimentam de maneira negativa e provocam
mal-estares de repercussão no soma, no corpo físico; a dor de cabeça, tão comum
aos médiuns, são energias atingindo o centro cerebral. Lembramos, ainda, o
centro esplênico, responsável pela filtragem de energia, atuando sobre o baço,
do mesmo modo que este é responsável pelo armazenamento do sangue, pela filtragem;
e, achamos o centro básico ou genésico, por onde absorvemos a energia provinda
dos minerais, do solo, o chamado pelos yogues de “kundalini” ou “fogo
serpentino”.
Esses centros espalhados são tidos
como os mais importantes, mas, ao longo do corpo, temos vários outros centros
por onde as energias penetram ou por onde elas são emitidas. Dessa forma, os
centros de força são distribuidores de energia ao longo do corpo psicossomático
que têm a função de atender ao corpo somático. Identificamos a correspondência
das veias, das artérias e dos vasos no corpo físico com as “linhas de força” do
corpo perispiritual. Eis porque, quando recebemos o passe, imediatamente,
sentimos bem-estar, nos sentimos envolvidos numa onda de leveza que normalmente
provoca-nos emoção.
Porque as energias penetram o
centro coronário e são distribuídas por essas “linhas de força”, à semelhança
de qualquer medicamento, elas vão atingir as áreas carentes. Se estivermos com
uma problemática cardíaca, por exemplo, não haverá necessidade de aplicarmos as
energias sobre o músculo cardíaco, porque em penetrando nossa intimidade
energética, aquele centro lesado vai absorver a quantidade, a parcela de
recursos fluídicos de que necessita. Do mesmo modo, se temos uma dor na ponta
do pé e tomamos um analgésico, que vai para o estômago, a dor na ponta do pé
logo passa. Então, o nosso cosmo energético está, como diz a Doutrina Espírita,
ligado célula por célula ao nosso corpo somático. Por isso, os centros de força
do perispírito têm seus correspondentes materiais nos plexos do corpo carnal,
ou, diríamos de melhor maneira, os plexos do corpo carnal são representantes
materiais, são a expressão materializada dos fulcros energéticos ou dos centros
de força, ou, ainda, dos centros vitais do nosso perispírito.
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