quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

PRÁTICA ESPÍRITA - PARTE III


Lembremo-nos que os segundos, são os humildes, que se humilham diante de Deus, não se consideram superiores aos demais, ou seja, são os pobres de espírito. São alguns dos bem aventurados. Enquanto não nos apequenarmos diante de Deus, nosso Pai de Infinita Bondade e Sabedoria, não teremos acesso à Verdade Integral e, se não formos sinceros em nosso amor para com o próximo, não nos expandiremos para além dos limites de nós mesmos. È pelo orgulho de seu excessivo conhecimento, que o homem vem se constituindo em ameaça para a civilização, se revelando mais carente de amar e ser amado. É o Amor que nos conduz à essência da Verdade, e não o contrário. Os simples e pequeninos são aqueles que se esquecem, relegando a plano secundário a própria felicidade, que, afinal, se resume na felicidade de promover a felicidade do próximo.
É chegada a hora em que o homem, após dois mil anos de Evangelho, deve tomar nas mãos as rédeas do destino... É preciso libertar-se do circulo vicioso das reencarnações! Não nos iludamos..., por muito tempo haveremos de continuar trabalhando nos alicerces da Nova Era que se anuncia. O Cristo não nos advertiu em vão. No alvorecer do 3º milênio da era cristã, a Humanidade se encontra à beira de tenebroso precipício. O momento é de oração, sem duvida, mas também de conjugação de esforços para que, juntos, preservemos os valores alcançados pela civilização. O espírita não deve mais pensar em reencarnar apenas com o propósito de cuidar de si... A coletividade humana pede socorro; a Natureza no orbe agoniza; os poderes das trevas se adensam e ocupam posições estratégicas, com a intenção de deflagrar a catástrofe, que poderá mergulhar no caos a vida no planeta...  Hoje, acima de nossos carmas pessoais, pesa o carma da Humanidade.
Como, meu Deus, verdadeiramente amar o necessitado que nos bate à porta ou que nos espera em nossas instituições assistenciais? Quando deixaremos de destinar ao carente apenas as migalhas que nos sobram? Quando, fazendo tão pouco, ou quase nada, deixaremos de supor que fazemos muito? Quando não mais nos recolheremos em nossas confortáveis residências, de consciência anestesiada, sem que nos incomodem os que perambulam expostos às intempéries? Quando pararemos de vender o Senhor, como artigo de fé em nossos templos de oração? Quando deixaremos de crer por simples conveniência, para que o sofrimento, que não poupa ninguém, não nos arrase? Quando? Quando?
Diante do que o Mestre realiza, preocupado com que nenhuma das ovelhas que o Pai lhe confiou se perca, a verdade é que nada fazemos; pois ainda não aprendemos a servir com indispensável desapego de nós mesmos... Uma coisa é servir aos propósitos do Bem, convictos de que não nos resta alternativa, outra é servir por amor!
Todos os dias, carecemos de nos vigiar em nossas atitudes, não deixando de formular a nós mesmos, a seguinte indagação: Por que me tornei espírita?  Com que intuito tenho procurado ser médium? O que me inspira quando me disponho a discorrer sobre os princípios da Doutrina? O que penso em relação aos demais companheiros de Ideal? Estarei de fato, agindo, isento de interesses menores.
Quantos não são os que, ‘tendo começado no espírito’, se desvirtuaram depois? Infelizmente, são muitos os que abraçam o Espiritismo e, com o tempo, acabam deixando novamente prevalecer o ‘homem velho’...
O Espiritismo não pretende ser uma religião formalizada; o seu propósito é o de vitalizar todas as crenças, escoimando-as da intromissão humana que as têm desfigurado... O Espiritismo, assim como o Cristianismo, não almeja senão que o homem renda culto exclusivamente à Verdade e aprenda a amar. No futuro, sem que tenham necessidade de se converter, todos serão naturalmente espíritas – adeptos dos postulados fundamentais da Doutrina, que serão, finalmente, aceitos por todas as religiões. Haverá um momento de transição... Teremos católicos-espíritas, protestantes-espíritas, etc, e assim por diante, até que todos os princípios religiosos se unifiquem. As religiões mais ortodoxas e conservadoras, por exemplo, se retornarem às suas origens, identificar-se-ão com as teses defendidas pelo Espiritismo, que, na inspirada palavra do Codificador, “é o mais poderoso auxiliar das religiões”.



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