segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

PRÁTICA ESPÍRITA - PARTE I


Na semana passada, tivemos na CASA DO CAMINHO uma palestra do Sr. Sérgio, que gentilmente nos cedeu o texto por ele apresentado. Por ser bastante extenso, dividimo-lo em cinco partes. Assim, nesta semana, de segunda à sexta-feira, teremos o conteúdo na íntegra.

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A Doutrina Espírita em sua função social tem como objetivo maior a renovação moral do ser humano.
O Espiritismo propõe sob a luz do Evangelho de Jesus a educação integral do homem.
É muito importante que busquemos na simplicidade da prática espírita o Amor, como o elemento mais valioso no resgate dos que, desorientados e aflitos, buscam ajuda nas casas espíritas, onde trabalhamos.
No trabalho de acolhimento e ajuda no Centro Espírita, precisamos nos armar de paciência e muita humildade, externando gestos de amor e caridade para os que sofrem e necessitam dos recursos espíritas para minimizar suas dores morais.
Lembremo-nos que caridade é benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas, doando do que temos e do que somos.
O verdadeiro espírita estuda, busca o aprimoramento intimo, ajuda e se escuda no Evangelho para prosseguir fiel à Codificação Espírita.
Reconhece suas limitações e se esforça constantemente para melhorar sua condição de obreiro do bem, conjugando seu desejo de servir com a busca do conhecimento através do estudo e da compreensão das finalidades da Casa onde labora.
Quando o Espírito de Verdade  nos concita ao ‘amai-vos e instruí-vos’, alerta-nos da necessidade do amor em nossas práticas, mas é imperativo ao afirmar que não nos esqueçamos do estudo e assim discerniremos com maior clareza o que convém ou o que não é lícito realizar, e não burlarmos as propostas de nossa Doutrina.
Espíritas despreparados, equivocados e sem embasamento doutrinário comprometem e retardam o trabalho de renovação moral da Humanidade, deixando-se arrastar pela vaidade, pelos modismos e adaptações inadequadas à pureza dos princípios doutrinários.
Raros são os espíritos que assumem a autoria de seus erros e, de livre iniciativa, se dispõem a corrigi-los, criando oportunidades reencarnatórias para tanto; a maioria vive negando o que fez, lançando sobre os outros a culpa de seus equívocos e desmandos.
Nunca estamos satisfeitos com o que somos ou representamos diante dos outros, e, no íntimo, alimentamos a esperança de superioridade em relação aos demais: é o nosso orgulho que fala mais alto e não nos permite encarar a realidade da indigência espiritual em que vivemos há séculos...
Enquanto não formos mais honestos e transparentes, admitindo com sinceridade a extensão de nossos deslizes perante a Lei, não começaremos a mudar; reencarnaremos – aliás, como vem acontecendo – sucessivas vezes e sequer daremos conta da própria imortalidade: no corpo ou fora dele, seremos sempre os mesmos, quase sem efetuar nenhum progresso de ordem moral e, quiçá, intelectual.
Vivemos tão embotados psiquicamente, que não percebemos o que sucede conosco.
Enquanto o espírito não começar a transcender a matéria, ele não se integrará com a Criação Divina e viverá, por milênios, escravo de suas rasteiras sensações.



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