quarta-feira, 17 de outubro de 2012

BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS

Para entendermos o alcance dessa lei divina, precisamos partir de uma premissa:
“Deus é todo o poder, justiça e bondade.”
Leia mais no Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo V.
Justiça das aflições:
- na vida futura, efetivam-se as compensações;
- é conveniente sofrer para ser feliz.
Então por que sofrer uns mais do que outros?
Por que os bens e os males são desigualmente repartidos?
 É preciso então, fé no futuro, paciência e perseverança, para entender que…
… as vicissitudes da vida derivam de uma causa.
E quais as causas das aflições?
- vida presente;
- vida pregressa.
Vida presente: são consequências naturais do caráter e do proceder de quem os suportam;
Exemplo: imprevidência, orgulho, ambição, falta de ordem, etc…
“Quantos homens caem por sua própria culpa!
Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!
Quantas pessoas arruinadas por falta de ordem, de perseverança, por mau comportamento ou por terem limitado os seus desejos!
Quantas uniões infelizes, porque resultaram dos cálculos do interesse ou da vaidade, nada tendo com isso o coração!
Que de dissensões de disputas funestas, poderiam ser evitadas com mais moderação e menos suscetibilidade!
 Quantas doenças e aleijões são o efeito da intemperança e dos excessos de toda ordem!
Quantos pais infelizes com os filhos, por não terem combatido as suas más tendências desde o princípio.
Por fraqueza ou indiferença, deixaram que se desenvolvessem neles os germes do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que ressecam o coração.
Mais tarde, colhendo o que semearam, admiram-se e afligem-se com a sua falta de respeito e a sua ingratidão.
Que todos os que têm o coração ferido pelas vicissitudes e as decepções da vida, interroguem friamente a própria consciência.
Que remontem passo a passo à fonte dos males que os afligem, e verão se, na maioria das vezes, não podem dizer: “Se eu tivesse ou não tivesse feito tal coisa, não estaria nesta situação”.
A quem, portanto, devem todas essas aflições, senão a si mesmos?”
Importante:
- não lamentar, não se revoltar;
- não esperar pela impunidade;
- não acusar a própria sorte, por ser menos humilhante para a vaidade;
- refletir e renovar atitudes;
- trabalhar pela melhora moral e intelectual;
- perceber que o sofrimento é um alerta.
Deus,  quer que todas as suas criaturas progridam, e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto.
Muitas vezes, o esclarecimento vem ainda na encarnação presente, e vemos:
- arrependimentos tardios;
- vida desperdiçada;
- forças desgastadas.
 Reencarnação: chance para um novo proceder.
Para o obreiro, há sempre um novo dia para a labuta.
Para o homem, após a noite do túmulo, brilhará o sol de uma nova vida.
E quais as causas das aflições?
- vida presente;
- vida pregressa.
Vida pregressa: O homem nem sempre sofre as consequências de seus atos na presente vida. Vai, então, vir sofrê-las, completamente, nas vidas futuras. 
São aqueles:
- que parecem atingir por fatalidade;
- que aparentam desproporcionalidade entre o agir e a conseqüência.
Exemplos: perda prematura de entes queridos, acidentes imprevisíveis, reveses da fortuna, flagelos naturais, enfermidades de nascença, etc.
Seriam esses males a negação da bondade divina?
Onde a causa desses males?
O infortúnio que parece imerecido tem, sim, sua razão de ser.
É a ação de uma rigorosa justiça distributiva!
“(…) o homem suporta o que fez os outros suportarem; se foi duro e desumano, ele poderá ser, a seu turno, tratado duramente e com desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer em uma condição humilhante; se foi avarento, egoísta, ou se fez mau uso da sua fortuna, poderá ser privado do necessário; se foi mau filho, poderá sofrer com os próprios filhos, etc.”
O que fazer:
- Reconhecer a falibilidade da conduta, ainda que desconhecida
  (afinal, nosso mundo é de expiações);
- Pedir, de todo o coração, perdão a Deus;
- Confiar que a cada um será atribuída a parte que lhe compete (Fé);
- Agradecer pela dádiva do esquecimento.
Modalidades de aflições: 
- Pela expiação: tribulações são impostas aos espíritos endurecidos ou ignorantes, para que realizem escolhas de como proceder com conhecimento de causa. Penitentes escolhem livremente, de acordo com o “assunto” a ser depurado.
- Pela prova: espíritos desejosos de concluir sua depuração e ativar seu progresso optam pelas provas. Há imposição de provas àqueles espíritos que precisam ser testados. 
 - Por missão: espíritos dotados de evolução, de instintos naturalmente bons e almas elevadas, desejosos de adiantarem-se mais e auxiliarem o próximo, escolhem rudes lutas.
Mediante inúmeras existências é que o espírito expurga suas faltas e purifica-se.
Deus é todo o poder… daí porque as aflições são, sim, dotadas do poder nos conduzir à evolução
Deus é justo… justas são as aflições!
Deus é bom… por isso, boas são as aflições para o nosso espírito!
 

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