sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

GLÓRIA DA DOR

Para aquém dessas cruzes esquecidas
Nas sepulturas ermas e desertas,
Há o turbilhão frenético das vidas
Sobre as estradas ásperas, incertas...

Inda há sânie das úlceras abertas
No coração das almas combalidas,
Gozadores de outrora entre as refertas
Das ilusões que tombam fenecidas.

Só uma glória mirífica perdura
Concretizando os sonhos da criatura
Cheia de crenças e de cicatrizes:

É a vitória da Dor que aperfeiçoa,
Luminosa e divina, humilde e boa.
Glória da Dor, que é pão dos infelizes.

Essa é uma poesia mediúnica de Cruz e Souza, psicografada por Chico Xavier. Está no livro "Parnaso de Além Túmulo", que é uma coletânea realmente lindíssima, que você encontra, inclusive, na biblioteca da CASA DO CAMINHO.

Do prefácio, lê-se que a obra "é uma tarefa nada espartana de apresentar esta prova opima das esmolas de luz que nos chegam em revoada de graças, a encher-nos o coração de alvissareiras esperanças".

Esperança: é o que desejamos se achegue de você!




E para ajudar, sânie é um líquido composto de sangue; refertas são contendas, fenecidas significam murchas, mirífica qualifica de admirável, opima é fértil e, finalmente, alvissareiras são aquelas que trazem boas novas.

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