"Compreendo a
felicidade dessa forma.
Viver confortável em
mim mesmo, e vez ou outra receber a confirmação que me vem pelas sensações.
Reconheço minha
felicidade escondida em coisas miúdas.
São pequenas
interferências que quebram o cotidiano e sua continuidade.
Por um instante, a
vida parece parar.
O coração descobre um
novo jeito de enxergar o sempre visto, o mundo que nunca muda, e nele encontra
um motivo para sorrir, ainda que a vida ande escassa de alegrias.
Custa a gente
aprender, mas nem sempre a felicidade estará de braços dados com a alegria.
A alegria sobrevive de
motivos externos.
Felicidade não.
É mais profunda.
Não depende das
alegrias para que seja real.
É possível ser feliz
mesmo quando não estejamos alegres.
Em muitos momentos
árduos da vida eu permanecia feliz.
Por quê?
Eu tinha certeza de
que estava no lugar certo, fazendo a coisa certa.
A realização humana, raiz de toda felicidade, consiste em saber-se a pessoa certa no contexto das escolhas feitas.
Encontrar conforto,
ainda que a vida esteja pesada, porque sabemos que estamos onde verdadeiramente
deveríamos estar.
É o sacrifício
salutar.
Reconhecer que, mesmo
na ausência de alegrias,
a felicidade permanece
motivando a luta."
(Do livro "Tempo de Esperas", Padre Fábio de Melo)
(Do livro "Tempo de Esperas", Padre Fábio de Melo)
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