terça-feira, 24 de junho de 2014

MALEDICÊNCIA


Nenhum trabalhador sério e abnegado da Seara do Cristo está a salvoem seus labores - da maledicência e da impiedade dos ociosos, invejosos e despeitados...

Os Benfeitores Espirituais nos aconselham a voltarmos as armas da nossa vigilância e oração contra a praga da maledicência aparentemente ingênua, mas que destrói toda a região por onde prolifera.

Os Espíritos Superiores que participaram dos trabalhos da Codificação Espírita junto a Kardec, não se descuraram do assunto em telaEis um pequeno extrato de suas instruções:

“A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de manifestar-se. Entretanto, nem sempreque fiar nas aparências.   A educação e a frequentação do mundo podem dar ao homem o verniz dessas qualidadesQuantoscuja fingida bonomia não passa de máscara para o exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades interiores!   O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso e no coração o venenoque são brandas, desde que nada as agaste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, de ouro quando falam pela frente, se muda em dardo peçonhento, quando estão por detrás...”
(Joanna de Angelis, por Divaldo Franco, no livro “Lampadário Espírita”).

Por estar tão arraigada na alma humana e ser tão perniciosa, a maledicência vem recebendo até hoje o foco da atenção.

Mais uma vez, é a lição de Joanna de Angelis que extraímos preciosas advertências para o nosso comportamento na Vida de relação:

Espinho cruel a ferir indistintamente é a palavra de quem acusa; cáustico e corrosivo é o verbo na boca de quem relaciona defeitos; veneno perigoso é a expressão condenatória a vibrar nos lábios de quem malsina; lama pútrida, trescalando fétido, é a vibração sonora no aparelho vocal de quem censura; borralho escuro, ocultando a Verdade, é a maledicência destrutiva.
A maledicência é cultura de inutilidade em solo apodrecidoMaldizer significa destruir.
A verdade é como claro sol; a maledicência é nuvem escura. No entanto, é invariável a vitória da luz sobre a treva.

O maledicente é atormentado que se debate nas lavas da própria inferioridade. 
Tem a visão tomada e tudo através das pesadas lentes que carrega.
A palavra malsinante nasce discreta, muitas vezes, para incendiar-se perigosa, logo mais, culminando na calúnia devastadora.
Nãodesejo de ajudar quando se censuraNinguém ajuda condenando.
 Nãosocorro se, a pretexto de auxílio, se exibem as feridas alheias à indiferença de quem escuta.

Quanto possível, extingue esse monstro da paz alheia e da tua serenidade, que tenta dominar-te a Vida
Caridade é bênção sublime a desdobrar-se em silencioso socorro
Volta as armas da tua oração e vigilância contra a praga da maledicência aparentemente ingênua, mas que destrói toda a região por onde prolifera.
Recusa a taça venenosa que a observação da impiedade coloca à tua frenteDesculpa o erro dos outros
 É  muito mais fácil informar-se erradamente do que se atingir o fulcro da observação exata
As aparências não expressam realidades.  A forma oculta o conteúdo.  
Ninguém pode julgar pelo exterior.

Quando vier a tentação de acusar e apontar de­feitos, lembra-te das próprias necessidades e limitações e, fazendo todo o bem possível ao teu alcance, avança na firme resolução de amar, e despertarás, além das sombras da carne por onde segues, num roteiro abençoado onde os corações felizes e livres buscam a Vida Verdadeira”.

Em outra oportunidade, embora elucidando acerca da mentira, Joanna de Ângelis teceu alguns comentários que podemos aproveitar como parâmetros de cuidados a serem observados com relação à praga da maledicência:

“(...) Uma disciplina e vigilância rígida na arte de falar, procurando (quando necessário) repetir o que ouviu como escutou, o que viu conforme ocorreu, evitando traduzir o que pensa em torno do assunto, que não corresponde à legitimidade do fato, são de vital importância para o encontro com a realidade.

A terapia da boa leitura, dos hábitos saudáveis no campo moral, sem pieguismo nem autocompaixão, produz resultado relevante e reajusta o indivíduo à harmonia entre o que pensa, , ouve e fala”.

Segundo a nobre Mentora de Divaldo Franco, a maledicência, a mentira, a calúnia e quejandos, formam um séqüito causador de terríveis distonias psicológicas e éticas no comportamento social e, por isso, devem ser sumariamente rechaçadas sob qualquer forma em que se apresentem, face aos prejuízos morais que provocam.


(Adaptação do texto de Rogério Coelho, “Maledicência e Dissimulação”)

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