Os Benfeitores Espirituais nos aconselham a
voltarmos as armas da nossa vigilância e oração contra a praga da maledicência aparentemente ingênua , mas que destrói toda a região por onde prolifera.
Os Espíritos Superiores que participaram dos trabalhos da Codificação Espírita junto a Kardec, não se descuraram do assunto em tela . Eis um pequeno extrato de suas instruções:
“A benevolência para com os seus semelhantes , fruto do amor ao próximo , produz a afabilidade e a doçura , que lhe são as formas de manifestar-se. Entretanto , nem sempre há que fiar nas aparências . A educação e a
frequentação do mundo podem dar ao homem o verniz dessas qualidades . Quantos há cuja fingida
bonomia não passa de máscara para o exterior , de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades interiores ! O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso e no coração o veneno ; que são brandas, desde que nada as agaste, mas que mordem à menor contrariedade ; cuja língua , de ouro quando falam pela frente , se muda em dardo peçonhento , quando estão por detrás...”
(Joanna de Angelis,
por Divaldo Franco, no livro “Lampadário Espírita”).
Por estar tão arraigada na alma humana e ser tão perniciosa, a maledicência vem recebendo até hoje o foco da atenção.
Mais uma vez, é a lição
de Joanna de Angelis que extraímos preciosas advertências para o nosso comportamento na Vida de relação :
“Espinho cruel a ferir indistintamente é a palavra de quem acusa; cáustico e corrosivo é o verbo na boca de quem relaciona defeitos ; veneno perigoso é a expressão condenatória a vibrar nos lábios de quem malsina; lama pútrida , trescalando fétido , é a vibração sonora no aparelho vocal de quem censura ; borralho escuro ,
ocultando a Verdade , é a maledicência destrutiva.
A maledicência é cultura de inutilidade em solo apodrecido . Maldizer significa destruir .
A verdade é como claro sol ; a maledicência é nuvem escura . No entanto , é invariável a vitória da luz sobre a treva .
O maledicente é
atormentado que se debate nas lavas da própria inferioridade.
Tem a visão tomada e tudo vê através das pesadas lentes que
carrega.
A palavra
malsinante nasce discreta , muitas vezes , para incendiar-se perigosa, logo mais ,
culminando na calúnia devastadora.
Caridade
é bênção sublime a desdobrar-se em silencioso socorro .
Volta as
armas da tua oração e vigilância contra a praga da maledicência aparentemente ingênua , mas que destrói toda a região por onde prolifera.
Recusa a
taça venenosa que a observação da impiedade coloca à tua frente . Desculpa o erro dos outros .
É muito mais fácil
informar-se erradamente do que se atingir o fulcro da observação exata .
As aparências não
expressam realidades . A forma oculta
o conteúdo .
Ninguém
pode julgar pelo exterior .
“(...)
Uma disciplina e vigilância rígida na arte de falar , procurando (quando necessário ) repetir o que ouviu como
escutou, o que viu conforme ocorreu, evitando traduzir o que pensa em torno do assunto , que não corresponde à legitimidade do fato , são de vital importância para o encontro com a realidade .
A terapia da boa leitura , dos hábitos saudáveis no campo moral , sem
pieguismo nem autocompaixão, produz resultado relevante e
reajusta o indivíduo à harmonia entre o que pensa , vê , ouve e fala ”.
(Adaptação do texto de
Rogério Coelho, “Maledicência e Dissimulação”)
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