Em face das dificuldades inadiáveis que
surgem e ressurgem, senda afora por onde avanças, reveste-te de serenidade
para prosseguir.
Surpreendido pelas contingências
afligentes que chegam a cada instante ao país do teu coração, envolve-te na
serenidade para discernir.
Diante das informações malsãs que te
são endereçadas com o sal da impiedade ou a pimenta do despeito, examina a
serenidade para acertar.
Conquanto inquietudes te assaltem
produzindo sulcos de dor e agonia na tua alma, não te situes a distância da
serenidade, para atingir o êxito que te propões, na tarefa do equilíbrio.
Serenidade é também medida que resulta
de uma atitude reflexiva!
A serenidade não é uma posição estática
que transcorre entre dias parados e atitudes indefinidas em volta da tua
existência.
O rio singelo, que passa modulando
entre seixos e pedregulhos, eriçando pequeninas ondas e espraiando-as pelas
margens, transmite agradável sensação de serenidade sobre o leito conquistado.
Serenidade é atitude rítmica de ação
que não atinge altissonâncias nem reflui em pianíssimos que logo desaparecem.
A serenidade resulta de uma vida
metódica, postulada nas ações dinâmicas do bem e na austera disciplina da
vontade.
O espírito pacificado pode ser
comparado ao solo que foi trabalhado demoradamente, arrancando escalracho e
urze, drenando cursos violentos dáguas e semeando, em derredor, sebes
protetoras para que as plantas do seminário nôvo possam desenvolver-se com
harmonia em direção do alto.
(…) Em qualquer situação em que te
vejas colocado impostergavelmente, considera a serenidade dinâmica que produz
equilíbrio e que resulta da ponderação demorada, para agires com acêrto e
atingires o ápice da tua integração no apostolado do amor verdadeiro.
“Aquele, pois, que muito sofre deve
reconhecer que muito tinha a expiar e deve regojizar-se à idéia da sua próxima
cura.
Dêle depende, pela resignação, tornar
proveitoso o seu sofrimento e não lhe estragar o fruto com as suas impaciências,
visto que, do contrário, terá de recomeçar”.
(Do Livro “Florações Evangélicas”, De Divaldo
Pereira Franco, Ditado Pelo Espírito Joanna De Ângelis)
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