Muitas vezes abrir mão da eternidade, leva-nos, inevitavelmente, ao sofrimento.
Entretanto é melhor
sentir dor, amor, frustração, ternura, decepção, carinho e cumplicidade, do que
passar uma eternidade inteira, sem tê-los.
Hoje decidi fazer
algo novo.
Decidi ouvir o som,
abafado, do meu sussurro
e entender que
algumas coisas são inexplicáveis
e permanecerão, para
sempre, imutáveis.
Meu coração rendeu-se
ao silêncio
e pude perceber que
há, também, muitas outras coisas
que podem ser
lançadas no mar do esquecimento,
e, essa atitude,
mudar, definitivamente...
a história da minha
vida.
Olhei-me atentamente,
pela primeira vez
e vi-me como,
realmente, sou...
Olhei-me sem
hipocrisia...
sem máscaras...
sem desculpas...
desnudei-me de mim
mesma...
Meu coração guiou-me
a um encontro
com a minha
humanidade!
Pude perceber que
tornar-me humana
significa reconhecer
que não sou perfeita,
que não sou passiva
de errar
que não preciso de
todas as respostas.
Percebi que tenho
deficiências,
áreas de sombra...
desejos ocultos...
fraquezas que não
podem ser confessadas.
Rasguei-me, por
dentro, ao confrontar-me com minha humanidade.
Percebi que viver no
contexto da eternidade
significa
considerar-se infalível,
ser cheio de
arrogância,
achar-se acima do bem
e do mal,
julgar as pessoas por
suas falhas...
não ser compassivo...
chegar ao extremo na
busca pela perfeição.
Que alto preço a se
pagar!
Entretanto, não abro
mão mais da minha humanidade.
Cometerei erros,
terei decepções, sofrerei,
mas, também serei
mais tolerante, menos arrogante...
mais compreensiva...
e saberei amar, de
uma maneira plena,
livre de pré -
conceitos e preconceitos...
Essa será minha
eterna busca:
Morrer para mim
mesma, e renascer, mais humana, a cada novo dia!
(Autora desconhecida)
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