DEFINIÇÃO
Origina-se do latim, na junção das palavras:
SUI (si mesmo) + CAEDERES (ação de
matar)
Num aspecto geral, o suicídio é o ato voluntário por qual um indivíduo
possui a intenção e provoca a própria morte.
PODE SER…
Voluntário: realizado
através de atos.
Ex.: tiros, envenenamento, enforcamento, afogamento, etc...
Involuntário: uso de drogas, bebidas, fumo, exagero de comida, etc...
É um ato
exclusivamente humano e está presente em todas as culturas.
ESTATÍSTICAS:
Índices
mundiais: de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o suicídio está entre
as 20 primeiras causas de morte no mundo para todas faixas etárias.
Todo ano
cerca de 1 milhão de pessoas morrem por suicídio, sendo o número de tentativas
ainda maior.
O número de suicídios entre os homens é maior que em mulheres.
Quando
se trata de tentativas, a situação se inverte.
As mulheres cometem três vezes
mais tentativas de suicídio que os homens.
No entanto os homens são mais
eficazes, isso porque as mulheres recorrem a métodos mais brandos, como, por exemplo,
envenenamento, enquanto os homens usam armas de fogo, enforcamento, afogamento,
etc...
A porcentagem de casos de suicídio aumentou em 60% em 50 anos.
A OMS
estima que cerca de 3.000 pessoas suicidam-se diariamente no mundo.
Isso
representa um suicídio a cada 30 ou 40 segundos, e já é a 3ª causa de
mortalidade na faixa etária dos 15 aos 34 anos, de ambos os sexos.
As taxas de
suicídio variam muito entre os países da Europa, mas os da ex-URSS, assim como
o Japão, a China e a Austrália, são muito altos.
Entre os países Americanos,
Cuba figura entre as mais altas.
No Brasil (índices de 2010) cerca de 25
pessoas se suicidam por dia.
Suicídio entre jovens: Entre os jovens (faixa
etária entre 15 e 24 anos) o suicídio já é a 3ª causa de morte, atrás apenas
dos acidentes e homicídios. O aumento no consumo de álcool e drogas pode
justificar o aumento.
HISTÓRICO:
Na civilização romana, a morte não era
significativa, o importante era a forma de morrer.
Para os primeiros cristãos,
a morte significava a libertação, pois a vida era um vale de lágrimas.
Nesse
momento a morte surgia como um atalho para o paraíso.
No séc. V e VI, nos
Concílios de Orleans, Braga e Toledo proibiram as honras fúnebres aos que se
suicidassem e determinavam que mesmo aquele que não tivesse sucesso em uma
tentativa de morte seria excomungado.
Assim, o suicídio passou a ser
considerado crime, que poderia implicar na condenação dos que fracassavam.
Um
ponto significativo a ser analisado é que os casos de suicídio foram
extremamente raros nos campos de concentração, o que reforça as evidências de
que as condições exteriores (mesmo as mais brutais) não explicam o fenômeno.
A
história nos lembra alguns suicidas: Alberto Santos Dumont (tiro), Adolf Hitler
(tiro), Cleópatra (picada de cobra), Getúlio Vargas (tiro), Vicent Van Gogh
(tiro) e o bragantino Raul Leme (tiro).
Para refletir:
Deus, Jesus e os Espíritos Superiores pregam a vida , então vamos
fomentar essa idéia. O conhecimento elimina a escuridão. A luz dissipa as
trevas. O amor energiza a alma. Deus quer a vida...
VISÃO ESPÍRITA DO SUICÍDIO:
Obras Básicas:
Livro dos Espíritos
Nas
questões 943 a 957, Allan Kardec discute o tema apontando as causas e
consequências deste ato sinistro.
Diz-nos que o desgosto pela vida é efeito da
ociosidade, da falta de fé e geralmente da saciedade.
Para aqueles que exercem
as suas faculdades com fim útil e segundo as suas aptidões naturais , o
trabalho nada tem de árido, a vida escoa mais rapidamente.
Os Espíritos nos
advertem que quem comete suicídio responde como um criminoso.
Acrescenta ainda
que aquele que tira a própria vida para fugir a vergonha de uma má ação, prova
que tem mais em conta a estima dos homens que a de Deus, porque vai entrar na
vida espiritual carregando seus desequilíbrios, tendo-se privado dos meios de
repará-los durante a vida.
Deus leva em conta nosso arrependimento sincero e nosso
esforço de reparação, mas o suicídio nada repara.
Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. V: “Bem aventurados os aflitos”. Analisa o suicídio juntamente com a
loucura, e nos diz que “a calma e a
resignação , hauridas na maneira de encarar a vida terrestre, e na fé no
futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo para todos
os males da humanidade”.
Não só nos explica os meios de nos livramos da
pena, mas, também, nos alerta para o bem e mal sofrer.
Fala-nos que a
incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as idéias materialista, são os
maiores excitantes ao suicídio, pois elas nos dão a covardia moral.
O Céu e o Inferno
Cap. V: Há relatos dos
próprios suicidas sobre seu estado infeliz na erraticidade.
Verificando cada um
deles, vamos observar que, embora o sofrimento seja passageiro, nem por isso
deixa de ser difícil, pois o remorso não tem fim.
Obras complementares
Memórias
de Um Suicida
Fala-se do vale dos suicidas, ou seja, o lugar para onde vão
as espíritos daqueles que cometeram o suicídio. Por que vale? É o lugar que tem
um desnível com relação ao plano.
Dá-se a impressão que todos que cometem o
suicídio vão para esse lugar de sofrimento atroz, em que figuras dantescas
aparecem a todo momento.
Ainda em Memórias de um suicida é relatado:
- A
perplexidade perante a continuidade da existência;
- Ligação muito intensa com
a matéria (sentem fome, frio, rigidez cadavérica);
- Reflexos dos traumas no
periespirito: feridas sangrando, mutilações decorrentes do ato;
- Identificação
vibracional com outros desencarnados nas mesmas condições;
- Lembrança
constante do ato do suicídio;
- Não consegue se aproximar de parentes
desencarnados.
PARA REFLETIR:
“O suicídio
é o fracasso da coragem.”
(Santo Agostinho)
“O suicídio faz com que os amigos e familiares se sintam seus
assassinos.”
(Vicent Van Gogh)
“Os motivos de suicídio são de
ordem passageira e humana; a razões para viver são de ordem eterna e
sobre-humana.”
(Leon
Denis)
Mecanismos da Mediunidade
O
Espírito André Luiz, ao discutir sobre a ideoplastia (força-pensamento), nos
fornece elementos para a nossa reflexão sobre o tema.
Se muitos ficam pensando
no suicídio, eles criam um campo mental, uma espécie de aura de formas-pensamento;
e se um indivíduo menos avisado entrar nessa faixa vibratória, ele poderá ser
induzido a cometer o suicídio.
Por isso, precisamos tomar cuidado com o teor
energético do nosso pensamento, pois uma vez emitido ele criará as forças
desencadeantes para a ação.
REFLEXÕES BASEADAS NO ESPIRITISMO:
Continuar vivo
Um dos grandes
desapontamentos de quem comete o suicídio, pensando que teria dado cabo da
vida, é a surpresa que continua vivo. Então, de que vale tirar-nos a vida se
continuamos vivos ?
Atenuantes e
Agravantes
Não podemos e não devemos generalizar; isto é rotular todos os
Espíritos que cometeram suicídio, colocando-os num mesmo grau de sofrimento e
punição.
Há que se considerar a influência que receberam dos outros, de seus
estados mentais, etc.
Será que nós, com o nosso modo impensado de agir, não os
induzimos involuntariamente? Será que a sociedade, pelo seu descaso, não deixou
de auxiliá-los, quando podia fazê-lo?
O Espírita tem de opor-se à idéia do
suicídio. A certeza da vida futura lhe dá condições de saber que será menos ou
mais feliz de acordo com a resignação com que tiver suportado os sofrimentos
aqui na Terra.
Orar e vigiar
Há
muitos momentos de angustia, de solidão, mas temos que passar por cima como um
trator que vai moendo tudo o que lhe vem de encontro.
Utilizando-nos da prece e
da vigilância, podemos aliviar muitos males do pensamento.
CONCLUSÕES:
Enfrentemos
a nossa vida, esta é a nossa oportunidade de evolução.
Lembremo-nos de que o
problema pode não ser tão grave quanto a nossa imaginação o pinta.
Quem sabe se
esperarmos um pouco mais, exercitando a paciência e resignação, a dificuldade
não toma outro rumo, a doença não recebe o remédio correto, o desgosto não tem
o consolo necessário?
Depositemos a nossa confiança em Deus. Ele sabe o momento
oportuno de nos tirar do embaraço.
Não se
mate, você não morre…
(Palestra proferida na CASA por Silvana Sabella)
muto bom, aprendi bastante vou divulgar.
ResponderExcluirgostei muito serei um multiplicador desse assunto.
ResponderExcluirpalestra maravilhosa para nos mostrar os caminhos a seguirmos, obrigado.
ResponderExcluirmuito bom palestras espiritas sobre suicidio deveriam ser feitas pelo menos a cada quinze dias na casa espirita diante de tantos acontecimentos dessa natureza.
ResponderExcluirpalestra muito boa nos ensina bastante, obrigado.
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