terça-feira, 24 de julho de 2018

Chico Xavier, à sombra do abacateiro l 20 de outubro de 1984




A reunião do dia vinte de outubro (1984), uma vez mais nos trouxe à meditação o item 14, do Cap. V - "Bem-aventurados os aflitos", versando sobre o tema. "O suicídio e a loucura". Apontamentos preciosos de diversos amigos enriqueceram o assunto que se faz tão atual nos dias que atravessamos. O Chico permanecia atento a todos comentários. 

Depois de aproximadamente quarenta minutos, nos quais, quinze companheiros se expressaram, cada um utilizando um tempo médio de três minutos, o sr. Weaker atende à solicitação do nosso Chico que deseja colaborar, falando alguma coisa. 

"Nosso amigo Emmanuel nos pede considerar a necessidade de analisarmos com mais cuidado os problemas da reencarnação... Já vivemos muitas vezes, estamos com as pessoas certas para ajustarmos os nossos corações e solucionarmos os nossos problemas. Muita dificuldade psicológica, muito entrave do caminho vai desaparecendo, quando aceitamos tudo como nossas provações... 

Vemos, na atualidade, a explosão, não vamos dizer o nascimento de uma época nova, mas vemos uma explosão no campo do relacionamento familiar. Nenhum de nós escapa a isso, mesmo os que, atravessamos as mais amplas de vida. Essa mudança nos está afetando a todos. Determinada jovem de dezessete anos assume uma independência; um jovem de dezoito anos pede certas concessões...

Podem estar na condição que o texto lembra...A maior parte dos casos de loucura é provocada pelas vicissitudes que o homem não tem forças de suportar. Estamos ficando sem coragem, enfraquecidos para suportar um filho, um parente que não concorda com a nossa vida, um familiar qualquer, um amigo...

E sofremos, porque temos sensibilidade aguda, mormente nos outros, os que nascemos nesse continente da América do Sul. Nós vemos no Sul, povos de sensibilidade quase que exagerada e essas renovações pesam sobre nós... O suicídio, a toxicomania e tantos outros hábitos menos felizes vão se alastrando e vamo-nos sentindo cada vez mais infelizes... 

Se é desquite, nos alarmamos... Sentimo-nos desrespeitados com, as desvinculações na família. A soma de tudo vem a ser desequilíbrio mental. Precisamos aguentar com valor; precisamos apelar para a necessidade de fortaleza. 

Estamos progredindo muito em assistência social, em compreensão dos problemas dos outros, no campo material da vida, mas são poucos os que se estão organizando para suportar esses chamados choques de família, choques de costumes... Não criamos forças e não queremos criar, porque quando alguém nos fala, ou quando falamos a alguém da resolução de suportar a família, somos taxados sem o brio necessário para viver dignamente. Precisamos de respeito mútuo... (Aqui o Chico se referiu àqueles que, embora os múltiplos problemas familiares, enfrentam tudo com dignidade, não desertando das responsabilidades abraçadas. Hoje em dia, o lar se está desfazendo com facilidade, justamente porque não lutamos para preservá-lo; achamos mais fácil e atraente assumir um novo compromisso, saindo em busca de novidades...) 

O conhecimento da reencarnação nos ajuda e nos auxiliará muito se nos dedicarmos a explicar aos nossos descendentes, desde os primeiros anos de vida, as causas dos sofrimentos, das dores... "Não sofremos para ser vencidos... (o grifo é nosso) Sofremos para superar tudo e viver com a paz no coração e na vida social.

Embora tenha falado poucos minutos, o comentário do nosso querido irmão foi de muita valia, porquanto só o conhecimento da reencarnação poderá explicar-nos com segurança esse chamado conflito de gerações... O lar se encontra ameaçado pelo excesso de liberdade, tanto do homem quanto da mulher, e agora liberdade que os filhos reivindicam muito cedo... Principalmente, na última década, o mundo psicológico das criaturas sofreu transformações marcantes. "

O Chico disse com muita propriedade que nos precisamos organizar para entender melhor, de modo a errar menos, os choques de costumes. Quantas internações hospitalares e quantos suicídios não têm origem na incompreensão que impera dentro do lar?! 

Refletindo nas palavras de Emmanuel, esse devotado companheiro de muitos anos de todos nós, ouvimos a prece final, rogando a Jesus que nos inspirasse no momento de transição deste final de século.  

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