quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

ESCREVE AÍ... PRA NÃO ESQUECER EM 2015!

Escreve aí em teu caderno. “Eu sou livre!”.
Só para lembrar. Tu bem sabes, mas não custa repetir.
Amar não é ter posse sobre ninguém. Quando te sentires escravizar, manda às favas! Assim, simples, direto e com toda a força. Fecha teus olhos, respira fundo e manda embora todo aquele, aquela e aquilo que te faz mal. Não carece verbalizar, repetir, soletrar em voz alta, gritar e essas coisas tão deliciosas. Diga a ti mesmo, esculhamba o opressor aí dentro primeiro. Aperta o botão vermelho, dá de ombros, dá as costas e vai em frente para longe dessa lama doentia.
Por que carregar esse peso, hein? Para onde? Vai valer de quê?
A vida é uma viagem e a mala dos outros não te cabe. Despacha. Expulsa. Demite. Tu és livre, criatura!
A maior concentração de idiotas por metro quadrado do mundo está aí mesmo, ao teu redor. Repara. Observa.
Tem sempre um cretino por perto, cada vez mais próximo, exalando sua incrível capacidade de invadir o espaço alheio e um hálito estranho a tuas entranhas.
Se vacilas, descuida, cochila e permite sem querer uma só aproximação, logo ele terá cravado os caninos em teu pescoço. Estará pendurado em ti, no pleno e livre exercício de seu parasitismo.
Rejeita. Escapa da areia movediça das relações doentias.
Percebe o quanto tu, criatura divina que um dia foi amada com honestidade sob a forma de um bebê inocente, frágil, corre agora o risco de ter a vitalidade sugada por um espírito miserável, patológico e paranoico, povoado de expectativas unilaterais.
Não te obrigues a agradar quem quer que seja antes de te contentares.
Não te encantes com ninguém antes que um amor louco por ti mesmo fortaleça tua alma e dê sentido a cada santo dia.
Acredita. Tu haverás de amar honestamente só aqueles que mereçam o privilégio.
Teus amigos, tua família, tua gente e olhe lá.
Esses estarão contentes com o quinhão de amor e dedicação que tu lhes der, seja qual for o tamanho disso.
Ao resto, tu deves nada, nada! Quanto àqueles que não entenderem, que se danem! Danem-se com todas as letras e ferros.
Porque a nós nada está garantido mesmo senão a danação absoluta. E se te permitires afagar o ego de outro antes de mais nada, está escrito que também irás te danar mais cedo!
Manda longe aqueles que te “amam” sob a condição de que faças exatamente o que de ti esperam.
Porque se ousares fazer diferente, se te atreveres a seguir tua própria vontade, sem nada conceder ao capricho alheio, rapidamente te odiarão com a mesma fúria com que hoje te adoram.
Desiste. Desiste de agradar a Deus e todo mundo. Afaga antes a ti mesmo e, se Deus quiser,
o mundo todo será teu.
Então poderás escolher o que queiras dele e a ele devolver o que puderes. Cuidado com quem te cobra coerência,
perfeição e generosidade.Atenção a quem te julga egoísta por valorizares a vida que te foi dada.
Geralmente, é um cínico despejando em ti os defeitos que não suporta saber em si mesmo.
Olho vivo na turma do olho gordo, tão boazinha e viciada em sentir pena dos outros para disfarçar e esquecer sua própria miséria.
Evita, evita descaradamente os santinhos e sanguessugas dissimulados, entregues a sua corrida de lesmas.
Tu não precisas provar nada a ninguém, não deves nada além das contas que pagas a tão duras penas, nada senão respeito a toda e qualquer criatura honesta que viva sua própria vida e não atrapalhe a dos outros.
Corre. Corre o mais rápido que puderes das malditas expectativas, as suas e as alheias.
Expectativas são bichos não domesticáveis, aranhas peludas de mil pernas, escravizando suas vítimas em teias de preconceito para devorá-las no mingau gelado da frustração. Melhor é criar filhos, cachorros, gatos e lembranças.
E sobretudo perdoa. Aprende a perdoar quem te ataca em tua mais óbvia fraqueza: tu és nada além de um ser humano cheio de falhas que ora carece de companhia, ora anseia por solidão. Mas não te esquece: perdoa, sai de perto e segue em frente.
Porque o perdão é a tua liberdade com outro nome.
Reconhece então tua fraqueza e cai no sono sem culpa.
Quando acordares, serás ainda a mesma criatura imperfeita de sempre, mas terás mais força que nunca para seguir correndo.
Em frente, atrás, de lado, não importa. Só o que ainda vale de tudo isso é o puro e simples movimento.
Dispensa o peso. Manda embora. Liberta-te. Levanta e voa!
(André J. Gomes)


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sábado, 20 de dezembro de 2014

ORAÇÃO DO CORAÇÃO

Que meu coração reflita serenidade
Que meu coração espelhe grandeza
Que meu coração seja silente
Que meu coração seja paciente
Que meu coração tenha vitalidade
Que meu coração seja um poço de sentimentos bons
Que meu coração sempre bendiga a tua palavra
Que meu coração mantenha conexão com a minha alma
Que meu coração seja generoso
Que meu coração seja misericordioso
Que meu coração pulse vida
Que meu coração celebre seus movimentos
Que meu coração se comova
Que meu coração se renove
Que meu coração se envolva
Que meu coração sempre floresça
Que meu coração seja vermelho de paixão
Que meu coração seja verde de saúde
Que meu coração seja azul em tranquilidade
Que meu coração seja lilás em suas reflexões
Que meu coração seja um arco-irís total
Que meu coração esqueça do que não deve ser lembrado
Que meu coração mantenha vivo o amor que o alimenta
Que meu coração despreze sentimentos contrários
Que meu coração tenha batimentos únicos de amor
Que meu coração não seja áspero,
Menor, pequeno, disfarçado, covarde
Que meu coração seja real, resplandecente, irreverente
Que meu coração seja forte, imbatível e esperançoso
Que em meu coração não haja dor
Que em meu coração não haja ardor
Que em meu coração haja esperança
Que em meu coração more a luz
Que meu coração sangrado, reaja,
Que meu coração atacado, sonhe
Que meu coração triste, se renove
Que meu coração amedrontado, enfrente
Que meu coração cheio de graças, agradeça
Que meu coração seja EU
Que meus batimentos sejam cordiais
Que meu coração se comova
Que meu coração conserve as boas lembranças
Que meu coração nunca se canse de querer viver
Que DEUS habite sempre e por todo sempre o meu coração

(Esta oração belíssima foi uma colaboração da Adriana Araf, a quem agradecemos imensamente as palavras amorosas)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

AUXÍLIO NO AUXÍLIO

"Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar-nos uns aos outros".
 - João - I João, 4:11.

Há quem pergunte como auxiliar aos outros sem possuir recursos materiais.
E, dentre as
muitas formas de amparar sem apoio amoeda do, falar para o bem é uma delas.

Recorda o tesouro das boas palavras que transportas contigo.
Basta ligar os dispositivos da memória e o verbo edificante se te derramará da boca, à feição de uma torrente de luz.

Ajuda aos que ajudam, em benefício do próximo, criando o clima do otimismo e da esperança indispensável à sustentação da alegria e da paz.

Não pronuncies a frase de pessimismo ou desencanto, reprovação ou amargura.

A dificuldade estará presente, mas se forjamos a confiança na força espiritual que nos é característica, de modo a transpô-la ou desfazê-la, conseguiremos liquidá-la muito mais facilmente, de vez que estaremos mobilizando o poder da cooperação.

A enfermidade estará golpeando fundo no irmão que a suporta, no entanto, se exteriorizamos, em favor dele, um pensamento de reequilíbrio ou de fé, será essa a medida providencial que o habilite, por fim, a iniciar a marcha mental para a justa restauração.

Não desencorajes, seja a quem seja.
Feridas reviradas agravam o sofrimento.
Erros comentados estendem a sombra.
Cada consciência é um mundo por si, com obstáculos e problemas próprios.

Cada qual de nós - os espíritos em evolução na Terra - temos qualidades nobres que acumulamos e imperfeições de que nos devemos desvencilhar.

Lembremo-nos do auxílio que podemos aditar ao auxílio daqueles que se consagram a auxiliar para o bem dos semelhantes.
Se nos propomos a colaborar, na edificação do Reino de Deus, comecemos pela caridade silenciosa de não complicar e nem desanimar a ninguém.

(Do livro “Mais Perto”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel)


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A ARIDEZ DOS DIAS COMUNS

Alguns dias despertam mais áridos que outros.
Você acorda e nenhuma peça se encaixa, nenhuma roupa tem bom caimento, o cabelo mudou de humor, o espelho traz um reflexo ruim.

 O embaçado das horas toma conta de alguns dias estranhos, mas a gente sabe que vai passar. Se não é depressão _ doença séria que merece medicação_ faz parte do ser humano, de sentir-se vivo, de absorver energias ao nosso redor, de sentir empatia, de estar alinhado a outras consciências, nem sempre conscientes de si.

 Nem todo dia promete, nem toda espera tem o seu encontro, nem tudo se aperfeiçoa dentro da gente.
Tem dias em que você tem que se deixar pra lá, se relevar, esquecer de tentar ser o mesmo.
Dias áridos acontecem o tempo todo, pra qualquer um _ até para aqueles que não sofrem de alterações hormonais nem carregam bipolaridades.
São saudades vazias que voltam pra assolar o peito, desejos insatisfeitos, falta de sentido diante do trivial, percepção do mundo por lentes desfocadas, ausência de fome para o novo.
Nesses dias tão estranhos não adianta insistir. Nem tentar manter a rotina de antes (você estará diferente por alguns dias, apenas tolere).

 Mude o trajeto, inove na frente do espelho, recolha sua decepção diante daquilo que não vingou _ nem todo projeto se concretiza_ saia da dieta, não faça restrições ao chocolate ou a um bom vinho, assista a um DVD diferente. Esqueça diagnósticos sombrios _ você é como todo mundo, e dias assim acontecem a todo momento (se durar mais que uma semana, procure ajuda).
Porque chega uma hora em que as janelas querem ser novamente escancaradas, o sol deseja queimar a pele de um jeito novo e o tédio dá lugar à esperança.
Mas ainda assim, são ciclos. E por mais cansativo que seja, você não está livre de, uma hora qualquer, voltar a habitar o árido que há em você.
Porém, ao entender que ele existe e não pode ser negado _ apenas enfrentado_ conseguirá aceitar melhor os momentos e a si mesmo.

 Infelizmente forçamos demais a barra para sair do acinzentado dos dias. Só nos permitimos navegar em águas límpidas e remamos desesperados para longe do rio turvo que de vez em quando vem se juntar ao nosso mar. Esquecemos que a existência não é linear. Ao contrário, de vez em quando nossos remos pesam e nossas braçadas ficam mais difíceis. Mas chega uma hora em que, do mesmo jeito que as peças se desalinham, elas também se organizam. E naquele mesmo lugar onde só havia inadequação, começamos a enxergar beleza e verdade. Sem explicação. Sem questão hormonal que explique o peso e a leveza que se intercalam em nossas caminhos ou esquinas...

(Fabíola Simões)


Foto: Mar da Galileia (*Pixabay) Irmãos, que alegria estarmos todos aqui neste ambiente de paz, amor, fraternidade e luz, muita...