Hoje não teremos uma palestra,
mas uma discussão para o aprendizado coletivo.
Algumas semanas atrás, recebi
uma mensagem da blogueira Fabi Corrêa, com o título:
GRATIDÃO, ANTÍDOTO PARA
DEPRESSÃO.
Ela dizia assim...
“Entre todas as coisas que tento ensinar ao meu filho (e espero que
eu não falhe exatamente nessa!), gratidão é uma das que me esforço mais.
Nem sei se trata de ensinar,
mas de tentar mostrar a ele como é bom cultivar esse sentimento.
Ser grato é um estado de
espírito – e isso não tem nada a ver com ser leviano com a vida.
Eu começo do jeito mais simples e óbvio.
Mostrando a ele que dizer obrigado é muito, muito importante.
Não um obrigado vazio, como
se tem a mania hoje de dizer “obrigada a você” à moça da loja ou ao caixa do
supermercado. (Nesses casos, quando eles me dizem obrigada, eu prefiro
responder de nada. Faz mais sentido, já que estou comprando lá e poderia estar
em qualquer outra lojinha).
O obrigado importante é o
das pequenas coisas que o outro não teria nenhuma obrigação de fazer, mas fez
por amor, gentileza, bondade.
Seja um amigo, minha mãe ou um estranho na rua.
É, em primeiro lugar, por educação.
Depois, por gentileza.
E, por fim, pelo próprio
bem-estar.
Aí tem o obrigado que falamos todas as noites, eu e Antonio,
para a vida, para Deus, para o anjo da guarda que tem trabalho pra valer no
caso dele, para as pessoas que nos deram algo de bom.
Sua presença, seu sorriso,
um gesto, um pedaço de bolo, um emprego, um aprendizado.
Mesmo que elas não possam ouvir, sermos gratos a elas nos faz bem (a mim com certeza, e eu acho que
ao Antonio também).
Ser grato a alguém ou a alguma coisa ou mesmo ao próprio curso da
existência lembra que ganhamos muitos
presentes ao longo de um dia e isso nos deixa mais contentes, mais tranquilos,
nos faz sentir que somos afortunados.
E nós somos muito.
De novo, tenho a impressão que o Antonio também está cultivando
esses sentimentos, mas o tempo vai dizer.
Cultivar a gratidão é um
antídoto para a depressão.
Perceber que ganhamos bençãos diariamente, com coisas muito simples
como poder tomar um banho quente, aprender um novo idioma, ganhar uma carona ou
comer uma boa refeição, traz bem estar, dá
a sensação que fazemos parte de algo maior, nos conecta com as pessoas.
Aproveito então para agradecer o fato de ter um filho, que me leva
a refletir sobre coisas que talvez eu não pensasse se não fosse mãe.
Obrigada.”
De tão singela, essa mensagem
não carece de explicação, mas resolvi tecer algumas considerações para aquecer
o debate...
Em primeiro lugar, considero a
depressão um mal muito sério e não estou, de forma alguma, tentando minimizar
essa patologia.
Quem viu minha palestra “Vença
e Previna a Depressão” sabe o quanto considero esse tema importante.
Em segundo lugar, acho
importante lembrar que, para quem está acamado de tão depressivo, pedir que
seja grato soa quase desumano, pois aquele que muito está a padecer perde a
capacidade de discernir.
Mas devo lembrar que ninguém
cai de depressão da noite para o dia.
A depressão começa com a
desconexão daquilo que é sublime.
E esse sim é um desligamento
paulatino.
Daí porque devemos pensar em
combater o germe da depressão no seu nascedouro.
Mas não é da depressão que
pretendo falar.
O tema de hoje aborda a
gratidão como forma de combater a depressão.
“A alma desconectada de Deus é
como rio desconectado da nascente: deixa de haurir os recursos indispensáveis à
manutenção da vida.”
E qual a melhor maneira de nos
conectarmos com Deus, a não ser reconhecendo as maravilhas da criação!
As flores, os animais, o
pôr-do-Sol... e as pessoas e as oportunidades que elas nos proporcionam!
Não vou me alongar mais, para
que cada um de vocês possa exercitar a gratidão em pensamento ou em voz alta.
Para estimulá-los, eu agradeço imensamente a oportunidade de
trazer um tema que me foi tão caro ao coração,
agradeço a paciência e o amor que cada um vibra para compor esse ambiente,
e
agradeço a presença de todos e de cada um, que aqui está, por uma clara opção
de crescer espiritualmente e que, com isso, me permitiu crescer um pouquinho
junto.
MUITO OBRIGADA!
Paula Duran
