sexta-feira, 30 de maio de 2014

RESPOSTAS INDIRETAS

Rogavas, ainda ontem, saúde para o corpo al­quebrado e constatavas a presença da enfermidade.
Confiavas, ainda ontem, que o problema moral fôsse suavizado ante o auxílio que aguardavas do Céu, e o defrontas a martirizar o coração.
Esperavas, ainda ontem, que os óbices desapa­recessem do caminho, considerando a nobreza dos teus intentos, e encontras a dificuldade ampliada como a zombar do teu esforço.
Oravas, ainda ontem, buscando fôrças e robus­tez para o trabalho, e despertas com as mesmas fraquezas do dia anterior.
Solicitavas, ainda ontem, auxílios eficazes para a continuação do labor socorrista, e surpreendes a ausência dos valôres necessários.
Deixas-te abater pelo desânimo, acreditando-te esquecido dos favores divinos.
Sucede, porém, que o Celeste Pai responde aos nossos apelos, não conforme os nossos desejos, mas consoante as nossas necessidades.
A tenra plantinha roga altura; mas sem que robusteça o tronco candidata-se à destruição.
A fonte modesta roga caminho para correr; sem a fôrça da corrente, porém, perde-se, consumida pelo solo.
É necessário, pois, discernir para entender.
Muitas vêzes o bem mais eficaz para o doente ainda é a enfermidade.
O lavrador atende ao solo com os recursos que conta em si mesmo e na terra. A chuva e o sol são contribuições que a misericórdia celeste lhe dispen­sará correspondendo ao mérito da sua seara. Mas não se descoroçoa se o excesso da chuva e o calor do sol lhe destroem a sementeira. Refeito da dor retorna ao campo e prossegue resoluto.
Procura, assim, entender também as respostas indiretas com que o Sublime Amigo nos atende.
Nem sempre o que nos parece o melhor é real­mente o melhor para nós.
Persevera no trabalho nobre e honroso, atende aos deveres que te competem realizar; e, mesmo que as tuas mãos doloridas e calejadas roguem ungüento que não chega, prossegue esperando, firme e sobranceiro, recordando que o fruto nunca prece­de à florescência e que esta desponta nos dedos da planta que se dilacera para perpetuar a própria es­pécie. Deixa-te chegar, e, coroado com o suor, o sangue e as lágrimas do teu esfôrço, as flôres da esperança no Céu responderão às tuas ansiedades com os frutos da paz e da felicidade.

“Outra, finalmente, caiu em terra boa e produziu frutos, dando algumas sementes cem por uma, outras sessenta e outras trinta.”
(Mateus: capítulo 13º, versículo 8)

“O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. É a um tempo juiz e escravo em causa própria.”
(Capítulo 17º, Item 7, parágrafo 4)

(Do livro Florações Evangélicas, psicografado pelo médium Divaldo P. Franco, pelo espírito de Joanna de Angelis)


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quinta-feira, 29 de maio de 2014

VÍNCULOS AFETIVOS

Filhos, através dos vossos vínculos afetivos é que tendes, no mundo, a oportunidade de vos aproximar dos vossos desafetos do passado, que renascem no corpo, em obediência aos compromissos assumidos convosco.
Os elos da consangüinidade vos possibilitam experiências em comum, nas quais vos tornais em instrumentos de aprendizado mútuo.

A convivência no corpo vos enseja o desenvolvimento da paciência e do perdão, da compreensão e da renúncia, virtudes que, paulatinamente, vos ensinam o amor incondicional por todas as criaturas: amarguras, os traumas, as lágrimas que verteis pelo amor não correspondido, as aflições do sentimento de posse...

Se não se habitua a renunciar, a ceder de si mesmo, a se sacrificar pelo próximo, a despojar-se de ambições, enfim, a não esperar que a Vida gire à sua volta, o homem sofre -inevitavelmente, sofre.

Filhos, amai sem cogitar de serdes amados. Sobretudo, esforçai-vos por amar aqueles que nunca foram verdadeiramente amados.

(De Bezerra de Menezes, Psicografia de Carlos A. Bacelli, do livro “A Coragem da Fé”)

quarta-feira, 28 de maio de 2014

A AMIZADE REAL


Um grande senhor que soubera amontoar sabedoria, além da riqueza, auxiliava diversos amigos pobres, na manutenção do bom ânimo, na luta pela vida.
Sentindo-se mais velho, chamou o filho à cooperação.
O rapaz deveria aprender com ele a distribuir gentilezas e bens.

Para começar, enviou-o à residência de um companheiro de muitos anos, ao qual destinava trezentos cruzeiros mensais.
O jovem seguiu-lhe as instruções.
Viajou seis quilômetros e encontrou a casa indicada.
Contrariando-lhe a expectativa, porém, não encontrou um pardieiro em ruínas.
O domi­cílio, apesar de modesto, mostrava encanto e conforto.
Flores perfumavam o ambiente e alvo linho vestia os móveis com beleza e decência.

O     beneficiário de seu pai cumprimentou-o, com alegria efusiva, e, depois de inteligente palestra, mandou trazer o café num serviço agra­dável e distinto.
Apresentou-lhe familiares e amigos que se envolviam, felizes, num halo enor­me de saúde e contentamento.
Reparando a tranquilidade e a fartura, ali reinantes, o portador regressou ao lar, sem en­tregar a dádiva.
—     Para quê? — confabulava consigo mes­mo — aquele homem não era um pedinte.
Não parecia guardar problemas que merecessem com­paixão e caridade.
Certo, o genitor se enganara.

De volta, explicou ao velho pai, partículari­zadamente, quanto vira, restituindo-lhe a impor­tância de que fora emissário.
O     ancião, contudo, após ouvi-lo calmamente, retirou mais dinheiro da bolsa, dobrou a quantia e considerou:
—     Fizeste bem, tornando até aqui. Igno­rava que o nosso amigo estivesse sob mais amplos compromissos. Volta à residência dele e, ao invés de trezentos, entrega-lhe seiscentos cruzeiros, mensalmente, em meu nome, de ora em diante. A sua nova situação reclama recursos duplicados.

—     Mas, meu pai — acentuou o moço —, não se trata de pessoa em posição miserável.
Ao que suponho, o lar dele possui tanto confor­to, quanto o nosso.
Folgo bastante com a noticia — excla­mou o velho.
E, imprimindo terna censura à voz conse­lheiral, acrescentou:
—     Meu filho, se não é lícito dar remédio aos sãos e esmolas aos que não precisam delas, semelhante regra não se aplica aos companheiros que Deus nos confiou.
Quem socorre o amigo, apenas nos dias de extremo infortúnio, pode exercer a piedade que humilha ao invés do amor que santifica.
 Quem espera o dia do sofrimento para prestar o favor, muita vez não encontrará senão silêncio e morte, perdendo a melhor oportunidade de ser útil.
Não devemos exigir que o irmão de jornada se converta em mendigo, a fim de parecermos superiores a ele, em todas as circunstâncias.
Tal atitude de nossa parte representaria crueldade e dureza.
Estendamos-lhe nossas mãos e façamo-lo subir até nós, para que nosso concurso não seja orgulho vão.
Toda gente no mundo pode consolar a miséria e par­tilhar as aflições, mas raros aprendem a acen­tuar a alegria dos entes amados, multiplicando-a para eles, sem egoísmo e sem inveja no coração.
O amigo verdadeiro, porém, sabe fazer isto.
Volta, pois, e atende ao meu conselho para que nossa afeição constitua sementeira de amor para a eternidade.
Nunca desejei improvisar neces­sitados, em torno de nossa porta e, sim, criar companheiros para sempre.

Foi então que o rapaz, envolvido na sabe­doria paterna, cumpriu quanto lhe fora determinado, compreendendo a sublime lição de ami­zade real.


(Do livro “Alvorada Cristã”, 
do médium Chico Xavier, pelo espírito de Néio Lúcio)


terça-feira, 27 de maio de 2014

A DISCIPLINA DAS CRIANÇAS

A força dos pais está em transmitir aos filhos a diferença entre o que é aceitável ou não, adequado ou não, entre o que é essencial e supérfluo...
(Içami Tiba)

Falar de disciplina, limites é algo tão amplo e necessário que em poucas palavras fica difícil.

Para viver em sociedade, o ser humano não necessita apenas da inteligência.
Precisa viver segundo a ética, participando ativamente das regras de convivência e encarando o egoísmo, por exemplo, como uma deficiência funcional social.

O objetivo da criança é ser como as pessoas que admira.
Os pais funcionam como modelos a ser incorporados.
O exemplo é muito importante na educação.
Quem sabe fazer aprendeu fazendo.

Quando uma criança cresce sem limites, podendo fazer tudo o que tiver vontade, acaba não desenvolvendo plenamente o uso da razão, vivendo no estilo animal da vida.

1. O que seria disciplina? E como ela se coloca dentro do lar?

Seria uma forma dos pais educarem os filhos, mostrando a diferença exata de certo e errado, mostrando a necessidade de se seguir regras para que não desrespeitem a si mesmo e aos outros, e uma forma de colocarem seus filhos no caminho do bem.
A disciplina se coloca no lar, através da imposição de limite, de regras e de muito amor a si próprio e ao próximo.

2. De que forma cobramos de nossos filhos a disciplina e de que forma somos nós mesmos disciplinados?

Através da imposição de limites, de regras, fazendo com os filhos respeitem a si próprios e aos outros, mostrando as consequência de atos mal pensados.
Os pais e irmãos devem servir de exemplos uns aos outros. É exatamente aí que entra a nossa própria disciplina em seguir as mesmas regras que impomos.

Se antigamente disciplina equivalia ao silêncio absoluto, a disciplina desejada hoje é a do interesse e da participação.
É importante que as crianças falem, dêem suas opiniões, de modo que possamos acompanhar suas descobertas e sua aprendizagem.

Aqui, a sua atuação é decisiva, pois uma coisa é verdade: com exceção de casos patológicos, crianças e adolescentes são muito
curiosos.
Eles adoram aprender, desde que o conhecimento não lhes pareça impingido e, sobretudo, quando seu interesse e participação são estimulados.

Mas eles também gostam de ser respeitados: valorizam a sinceridade, o jogo aberto.

 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

ALMAS GÊMEAS

Encontrar um grande amor e ser feliz para sempre é o sonho de muitas pessoas.
Muitos passam a vida idealizando sua cara metade; outros, quando se apaixonam, logo acreditam ter encontrado a pessoa ideal, até o momento em que surgem os problemas e as decepções.
Como consequência, a desilusão parece desmoronar o castelo construído, como esculturas na areia.
Mas a grande dúvida permanece: nossa alma gêmea realmente existe, ou será apenas um sonho, fruto da imaginação dos mais românticos?

A crença na alma gêmea vem desde a antiguidade.
Uma lenda conta que, Deus, no processo de criação do mundo, uniu homens e mulheres em um só corpo (a Bíblia diz que a mulher foi criada a partir da costela de Adão), mas após a queda do Paraíso os seres humanos teriam se distanciado do Criador.
Assim, a união foi interrompida, dando origem ao sexo oposto.
Desde então, homem e mulher passaram a buscar sua outra metade para se sentirem plenos novamente.

A explicação bíblica é mitológica e está carregada de informações profundas, que se não forem corretamente interpretadas podem dar a ideia de algo fantasioso.
Na psicologia, que leva em conta a linguagem simbólica, o termo alma gêmea simboliza o arquétipo da afetividade.
Alguns psicólogos explicam que, com o tempo, os conceitos evoluíram e o príncipe encantado que chegaria montado em um cavalo branco foi substituído por uma pessoa que se identifique com os ideais do outro, a chamada cara metade ou o companheiro ideal.

Já a ficção alimenta a fantasia das pessoas e, muitas vezes, foge da realidade.

Almas gêmeas, conforme o entendimento vulgar, não existem.
O que existem são Espíritos com profundos laços de afinidade, que muitas vezes se encontram na vida enquanto encarnados.
Podemos dizer, sim, que existem almas com grande afeição mútua.
Somos individualidades, e, como tal, não há espíritos que se complementem uns aos outros, como se por si só não fossem inteiros, um!

A idéia de almas gêmeas vem do fato que muitos atribuem tal termo a espíritos afins, e que caminham juntos, mas sem a idéia de que tal caminhada não seria possível sem a presença do outro.
Esta união baseia-se no amor, não necessariamente entre homem e mulher, mas entre seres que partilham deste sentimento das mais diversas formas possíveis.

A seguir, transcrevemos as questões de O Livro dos Espíritos, de Alan Kardec, que nos orientam de modo seguro para o entendimento do assunto:

291. Além da simpatia geral, oriunda da semelhança que entre eles exista, votam-se os Espíritos recíprocas afeições particulares?
"Do mesmo modo que os homens, sendo, porém, que mais forte é o laço que prende os Espíritos uns aos outros, quando carentes de corpo material, porque então esse laço não se acha exposto às vicissitudes das paixões".

297. Continua a existir sempre, no mundo dos Espíritos, a afeição mútua que dois seres se consagraram na Terra?
"Sem dúvida, desde que originada de verdadeira simpatia. Se, porém, nasceu principalmente de causas de ordem física, desaparece com a causa. As afeições entre os Espíritos são mais sólidas e duráveis do que na Terra, porque não se acham subordinadas aos caprichos dos interesses materiais e do amor-próprio".

298. As almas que devam unir-se estão, desde suas origens, predestinadas a essa união e cada um de nós tem, nalguma parte do Universo, sua metade, a que fatalmente um dia reunirá?
"Não; não há união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males dos humanos; da concórdia resulta a completa felicidade".

299. Em que sentido se deve entender a palavra metade, de que alguns Espíritos se servem para designar os Espíritos simpáticos?
"A expressão é inexata. Se um Espírito fosse a metade do outro, separados os dois, estariam ambos incompletos".

300. Se dois Espíritos perfeitamente simpáticos se reunirem, estarão unidos para todo o sempre, ou poderão separar-se e unir-se a outros Espíritos?
"Todos os Espíritos estão reciprocamente unidos. Falo dos que atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, desde que um Espírito se eleva, já não simpatiza, como dantes, com os que lhe ficaram abaixo".

301. Dois Espíritos simpáticos são complemento um do outro, ou a simpatia entre eles existente é resultado de identidade perfeita?
"A simpatia que atrai um Espírito para outro resulta da perfeita concordância de seus pendores e instintos. Se um tivesse que completar o outro, perderia a sua individualidade".

302. A identidade necessária à existência da simpatia perfeita apenas consiste na analogia dos pensamentos e sentimentos, ou também na uniformidade dos conhecimentos adquiridos?
"Na igualdade dos graus da elevação".

303. Podem tornar-se de futuro simpáticos, Espíritos que presentemente não o são?
"Todos o serão. Um Espírito, que hoje está numa esfera inferior, ascenderá, aperfeiçoando-se, à em que se acha tal outro Espírito. E ainda mais depressa se dará o encontro dos dois, se o mais elevado, por suportar mal as provas a que esteja submetido, permanecer estacionário".
a) - Podem deixar de ser simpáticos um ao outro dois Espíritos que já o sejam "Certamente, se um deles for preguiçoso".

Nota (de Kardec) - "A teoria das metades eternas encerra uma simples figura, representativa da união de dois Espíritos simpáticos. Trata-se de uma expressão usada até na linguagem vulgar e que se não deve tomar ao pé da letra. Não pertencem decerto a uma ordem elevada os Espíritos que a empregaram (no sentido de metades eternas - grifo nosso). Necessariamente, limitado sendo o campo de suas idéias, exprimiram seus pensamentos com os termos de que se teriam utilizado na vida corporal. Não se deve, pois, aceitar a idéia de que, criados um para o outro, dois Espíritos tenham, fatalmente, que se reunir um dia na eternidade, depois de haverem estado separados por tempo mais ou menos longo".

E ao tratar desse tema, é inevitável a lembrança do belo poema escrito por Emmanuel quando de sua reencarnação em Roma, como Senador Públio Lentulus, para sua esposa Lívia.

E que a bela imagem das almas gêmeas, entendidas no âmbito das simpatias e dos laços que se perdem nas noites do tempo, continue sendo fonte inspiradora a todos que amam e a todos que querem reaprender a amar: http://centroespiritacasadocaminhobp.blogspot.com.br/2012/07/alma-gemea.html



sexta-feira, 23 de maio de 2014

ALCANCEMOS A LUZ

"A fé transporta montanhas" - afirmou o Divino Mestre.

Em nossa condição de emparedados no vale sombrio das próprias dívidas, à frente da Lei, não nos detenhamos na feição exterior do ensinamento e, sim, apliquemos a beleza do símbolo, ao nosso próprio mundo interno.

Antigos prisioneiros do cárcere  de reiteradas defecções espirituais, sentimo-nos cercados por pesadas colunas de treva a enceguecer-nos a visão.
Montanhas empedradas de revolta e indisciplina, inclinam-nos para os despenhadeiros do sofrimento.
Montanhas espinhosas de negligência e ociosidade, ameaçam-nos com os precipícios da negação e da dúvida.
Montanhas de leviandade e insensatez, induzem-nos a cair nos desvãos do tempo perdido.
Montanhas de débitos e aflições que formamos com os resíduos dos próprios erros, no curso dos milênios incessantes, desviam-nos o espírito para a inutilidade e para a morte.

Que a nossa fé seja hoje o instrumento de renovação dos nossos próprios caminhos.
Utilizando-a na obra paciente do amor, construiremos nova senda, a soerguer-nos para os cimos da vida.
Para conhecer com segurança é preciso discernir; para discernir é indispensável aprender; para aprender é necessário amar com todas as nossas forças.

Abençoadas revelações nos esperam nos montes do futuro, todavia, para alcançar o esplendor do porvir, é imprescindível desintegrar a neve  da indiferença e diluir a sombra espessa da incompreensão que nos prendem à furna do egoísmo cristalizado.
Não basta nos demoremos em análises esterilizantes do escuro ambiente de purgação do pretérito em que nos encontramos, embora reconheçamos o diálogo construtivo por valioso ingrediente na edificação da verdade.

A hora que passa é preciosa demais para que lhe percamos a grandeza.

Saibamos abraçar a fé viva que o Cristo nos legou com a renunciação aos caprichos inferiores e, transformando-nos em sinceros trabalhadores, no aperfeiçoamento de nós mesmos pelo trabalho infatigável do bem, aniquilaremos as montanhas agressivas que nos separam do Mestre Divino e d’Ele receberemos o salário da luz com que assimilaremos os dons das mais altas revelações nos domínios da Vida Eterna.

(Do livro “Mais Perto”, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel)



quinta-feira, 22 de maio de 2014

EM TORNO DA FELICIDADE

Em matéria de felicidade convém não esquecer que nos transformamos sempre naquilo que amamos.

Quem se aceita como é, doando de si à vida o melhor que tem, caminha mais facilmente para ser feliz como espera ser.

A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.

A alegria do próximo começa muitas vezes no sorriso que você lhe queira dar.

A felicidade pode exibir-se, passear, falar e comunicar-se na vida externa, mas reside com endereço exato na consciência tranquila.

Se você aspira a ser feliz e traz ainda consigo determinados complexos de culpa, comece a desejar a própria libertação, abraçando no trabalho em favor dos semelhantes o processo de reparação desse ou daquele dano que você haja causado em prejuízo de alguém.

Estude a si mesmo, observando que o auto-conhecimento traz humildade e sem humildade é impossível ser feliz.

Amor é a força da vida e trabalho vinculado ao amor é a usina geradora da felicidade.

Se você parar de se lamentar, notará que a felicidade está chamando o seu coração para vida nova.

Quando o céu estiver em cinza, a derramar-se em chuva, medite na colheita farta que chegará do campo e na beleza das flores que surgirão no jardim.

(André Luiz  &  Francisco C. Xavier, no livro “Sinal Verde”)





quarta-feira, 21 de maio de 2014

SOMOS TODOS IRMÃOS

“O Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações a caridade e o amor do próximo e estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum; de uma moral, enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam.
É a lei do progresso, a que a Natureza está submetida, que se cumpre, e o Espiritismo é a alavanca de que Deus se utiliza para fazer que a Humanidade avance”
(O Evangelho segundo o Espiritismo)

Esse texto, de apenas oito linhas (...), permite que dele retiremos importantes ensinamentos e conclusões, que podem e devem ser usados em nosso dia-a-dia, ampliando a nossa compreensão do todo e, de modo particularmente especial, aperfeiçoando o nosso relacionamento, com o que passaremos a ser homens e mulheres melhores e, de quebra, muito mais agradáveis.
Com efeito, a moral cristã, toda vez que empregada na prática, implica renovação do mundo, ainda que parcialmente, uma vez que, como já o sabemos pela questão 629 de O Livro dos Espíritos, a obra fundamental da Doutrina Espírita:
“Moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O Homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus”, razão por que quem procede bem está agindo com correção de conduta, não está prejudicando a quem quer que seja e, exatamente por isto, está prestando valioso contributo à renovação do mundo. Não é a toa, assim, que a renovação íntima do ser humano, para melhor, é uma das bandeiras do Espiritismo.
Por outra parte, como o afirma o texto acima reproduzido, a moral evangélico-cristã há de aproximar os homens e torná-los irmãos.
Destaque-se desde logo que, do ponto de vista da vida verdadeira, que é a vida permanente, a vida espiritual, de onde proviemos e para onde retornaremos, somos todos irmãos por sermos filhos do mesmo Pai Celestial que nos criou simples e ignorantes e que nos concedeu as mesmas oportunidades, sem distinção de qualquer espécie, sem privilégios, uma vez que todos partimos do mesmo ponto e com idênticas condições.
Ocorre que, neste momento, neste planeta chamado Terra, encontramo-nos em posições diferentes, como as de pai, mãe, irmão, filho, tio, sobrinho, cunhado, sogro, etc., que são necessárias, importantes e tantas vezes absolutamente indispensáveis para a nossa evolução, para o nosso progresso. Seguramente, não estamos nessas posições por acaso e tampouco sem merecê-las e as mudanças que se verificam decorrem do exercício de nosso livre-arbítrio, que nos torna responsáveis pelas decisões que tomamos e também pelas conseqüências delas advindas.
Ademais disso, como temos insistido em outros artigos, todos estamos na Terra para aprender, muito aprender, a começar pelo aprendizado da fraternidade.
Mas, afinal de contas, o que vem a ser fraternidade? “Fraternidade. Do latim “fraternitate”, substantivo, feminino. 1. Parentesco de irmãos; irmandade. 2. Amor ao próximo; fraternização. 3. União ou convivência como de irmãos; harmonia, paz, concórdia, fraternização” (encontrável em Novo Aurélio, O Dicionário da Língua Portuguesa, página 940, Editora Nova Fronteira, 1999).
Ora, o ensino máximo de Jesus, o Cristo, o ser mais puro que já pisou na Terra, está consubstanciado em célebre sentença que aconselha e recomenda que amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Nos termos do dicionário: que tenhamos união ou convivência como de irmãos.
Numa palavra, que vivamos fraternalmente.
Parece-nos que quem ama ao próximo como a si mesmo estará, exatamente por esta razão, amando a Deus sobre todas as coisas.
No entanto, para amar ao próximo como a si mesmo é absolutamente necessário amar-se. E para amar-se é preciso conhecer-se. 

A este propósito, recordemo-nos da questão 919 de O Livro dos Espíritos: Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal? Resposta: Um sábio da antiguidade vo-lo disse: “Conhece-te a ti mesmo”.
Esta mesma questão, que merece ser lida por inteiro e refletida pausadamente, contém instrução passada por Santo Agostinho, pela via mediúnica, de enorme importância para todos nós, dentre tantas outras, a saber: “O conhecimento de si mesmo é a chave do progresso individual”. 

Há um longo caminho pela frente, ainda. Mas, com certeza absoluta, um dia no futuro todos nos amaremos como verdadeiros irmãos, uma vez que o amor é a lei maior da vida. Sendo lei divina ou natural, e por isso mesmo perfeita, haverá de prevalecer.
Entretanto, enquanto este sentimento não for geral, feliz daquele que já ama ao próximo como a si mesmo por enxergá-lo como irmão.

(Antônio Moris Cury)



terça-feira, 20 de maio de 2014

PERDOAR

Sim, deves perdoar! Perdoar e esquecer a ofensa que te colheu de surpresa, quase dilacerando a tua paz. Afinal, o teu opositor não desejou ferir-te realmente, e, se o fez com essa intenção, perdoa ainda, perdoa-o com maior dose de compaixão e amor.

Ele deve estar enfermo, credor, portanto, da misericórdia do perdão.
Ante a tua aflição, talvez ele sorria. A insanidade se apresenta em face múltipla e uma delas é a impiedade, outra o sarcasmo, podendo revestir-se de aspectos muito diversos.

Se ele agiu, cruciado pela ira, assacando as armas da calúnia e da agressão, foi vitimado por cilada infeliz da qual poderá sair desequilibrado ou comprometido organicamente. Possivelmente, não irá perceber esse problema, senão mais tarde.

Quando te ofendeu deliberadamente, conduzindo o teu nome e o teu caráter ao descrédito, em verdade se desacreditou ele mesmo.
Continuas o que és e não o que ele disse a teu respeito.

Conquanto justifique manter a animosidade contra tua pessoa, evitando a reaproximação, alimenta miasmas que lhe fazem mal e se abebera da alienação com indisfarçável presunção.

Perdoa, portanto, seja o que for e a quem for.
O perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental.

Felizes são os que possuem a fortuna do perdão para a distender largamente, sem parcimônia.
O perdoado é alguém em débito; o que perdoou é espírito em lucro.

Se revidas o mal és igual ao ofensor; se perdoas, estás em melhor condição; mas se perdoas e amas aquele que te maltratou, avanças em marcha invejável pela rota do bem.

Todo agressor sofre em si mesmo. É um espírito envenenado, espargindo o tóxico que o vitima. Não desças a ele senão para o ajudar.

Há tanto tempo não experimentavas aflição ou problema - graças à fé clara e nobre que esflora em tua alma - que te desacostumaste ao convívio do sofrimento. Por isso, estás considerando em demasia o petardo com que te atingiram, valorizando a ferida que podes de imediato cicatrizar.

Pelo que se passa contigo, medita e compreenderás o que ocorre com ele, o teu ofensor.
O que te é Inusitado, nele é habitual.
Se não te permitires a ira ou a rebeldia - perdoarás!

A mão que, em afagando a tua, crava nela espinhos e urze que carrega, está ferida ou se ferirá simultaneamente. Não lhe retribuas a atitude, usando estiletes de violência para não aprofundares as lacerações.
O regato singelo, que tem o curso impedido por calhaus e os não pode afastar, contorna-os ou para, a fim de ultrapassá-los e seguir adiante.
A natureza violentada pela tormenta responde ao ultraje reverdescendo tudo e logo multiplicando flores e grãos.
E o pântano infeliz, na sua desolação, quando se adorna de luar, parece receber o perdão da paisagem e a benéfica esperança da oportunidade de ser drenado brevemente, transformando-se em jardim.

Que é o "Consolador", que hoje nos conforta e esclarece, conduzindo uma plêiade de Embaixadores dos Céus para a Terra, em missão de misericórdia e amor, senão o perdão de Deus aos nossos erros, por intercessão de Jesus?!

Perdoa, sim, e intercede ao Senhor por aquele que te ofende, olvidando todo o mal que ele supõe ter-te feito ou que supões que ele te fez, e, se o conseguires, ama-o, assim mesmo como ele é.

"Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes".
(Mateus: 18-22)

"A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas".

(O Evangelho Segundo O Espiritismo, Cap. X - Item 4)

(Do espírito de Joanna de Angelis, pelo médium Divaldo Franco, no livro “Florações Evangélicas”)

segunda-feira, 19 de maio de 2014

EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA


Queridos amigos, que Jesus nos abençoe:

Irmão, vos digo amanhã, porque o dia começa na madrugada. Afirmo: agora, este  é o momento de nossa transformação moral. Junto com as conquistas do  conhecimento, somos chamados à aplicação da moral espírita. O mundo  convulsionado de hoje, agoniza; e dos escombros que se apresentam como  efeitos da iluminação, surge a esperança de um mundo mais feliz.

Aos depositários deste trabalho compete a tarefa de aplicar os tesouros da  Doutrina Espírita na argamassa do progresso superior da Humanidade. Os  desafios são perturbadores, as dificuldades parecem impedir a realização  nobre, mas Jesus não nos oferece facilidades frente ao mundo e a César. As  tarefas de grande porte, hoje, pertencem aos cristãos espíritas.

Provenientes de um passado conflitante, comprometemo-nos, novamente, a  servir a Humanidade no álgido de sua evolução tecnológica, com os valores do Amor a Deus e ao próximo.

Se fosse solicitada uma diretriz para esse serviço, não a encontraríamos em  outra regra que não fosse aquela de ouro, apresentada pelo Divino Mestre:
"Amar a todos"; "Abençoar aos que nos perseguem e caluniam"; "Perdoar tantas  vezes quanto sejam necessárias"; "Servir sem esperanças de receber  retribuição"; "Colocar, sobre os ombros, a cruz da sublimação evangélica  para depositá-la no calvário da liberdade espiritual."

Fostes convidados para lavrar a terra virgem do coração infantil. A criança  e o jovem de hoje podem preservar a grandeza destes valores, sem o  entorpecimento das paixões grosseiras que resultam da herança ancestral do  primitivismo do próprio espírito. Oferecer-lhes as técnicas de resistência  para superar o mal, que reside em nós mesmos, é o ministério para o qual vos  preparais com objetivo de futuro.

Permanecereis ainda depois de sair do corpo, viajando nessas mentes e  corações que se chamam manhã desde hoje, ampliando os horizontes felizes da  Humanidade.

Não temais!

Tenhais coragem!

Servir à Doutrina Espírita é a honra que suplicastes viver na atual  conjuntura reencarnacionista. Elegestes Jesus e será inevitável que sofreis  as agressões do mundo enfermo e violento.

Jesus é Paz. O mundo é conflito.

Jesus é Luz. O mundo é sombra.

Jesus é Amor. O mundo é egoísmo.

Colocando o Amor acima dos interesses ególatras, transformai-vos em eternos mensageiros da esperança, derramando a luz da Verdade entre as sombras que  perturbam as consciências humanas.

Ide, pois, heróis da Era Nova, erguendo o estandarte da paz, lutando com as  armas da educação e do amor: educação que equilibra, que redescobre os  valores da inteligência e do sentimento, e amor que fala ao infinito da  perfeição.

(Pelo espírito de Bezerra de Menezes, através do médium Divaldo P. Franco, no livro “Rumo às estrelas”)



quinta-feira, 15 de maio de 2014

FELIZ DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA

Hoje, Dia Internacional da Família, Emmanuel nos traz a sua palavra amiga...

“Por maiores sejam os compromissos que te prendam a obrigações dilatadas, na esfera dos negócios ou na vida social, consagrarás à família as atenções necessárias.
Lembrar-te-ás de que o lar não é tão somente o refúgio que o arquiteto te planejou, baseando estudos e cálculos nos recursos do solo.
Encontrarás nele o templo de corações, em que as Leis de Deus te situam transitoriamente o Espírito, a fim de que aprendas as ciências da alma no internato doméstico.

‘Honrarás teu pai e tua mãe…’ proclama a Escritura e daí se subentende que precisamos também dignificar nossos filhos.
Ainda mesmo se eles, depois de adultos, não nos puderem compreender nada impede venhamos a entendê-los e auxiliá-los, tanto quanto nos seja possível, sem que por isso necessitemos coartar os planos superiores de serviço que nos alimente o coração.

Reconhecendo o débito irresgatável para com teus pais, os benfeitores que te entreteceram no mundo a felicidade do berço, darás aos seus filhos, com a luz do exemplo no dever cumprido, a devida oportunidade para a troca de impressões e de experiências.
Se ainda não consegues ofertar-lhes o culto do Evangelho em casa, asserenando-lhes as perguntas e ansiedades com os ensinamentos do Cristo, não te esqueças do encontro sistemático em família, pelo menos semanalmente, a fim de atender-lhe as necessidades da alma.

Detém-te a registrar-lhes as indagações infanto-juvenis, louva-lhes os projetos edificantes e estimula-lhes o ânimo à prática do bem.
Não abandones teus filhos à onda perigosa das paixões insofreadas, sob o pretexto de garantir-lhes personalidade e emancipação.
Ajuda-os e habilita-os espiritualmente para a vida de hoje e de amanhã.
Sobretudo, não adies o momento de falar-lhes e de ouvi-los, pois à hora da tormenta de provações, na viagem da Terra, se abate, mais dia menos dia, sobre a fronte de cada um, por teste de resistência moral, na obra de melhoria e resgate, elevação e aprimoramento em que nos achamos empenhados.

Preserva no aviso e na instrução, no carinho e na advertência, enquanto o ensejo te favorece, porquanto muito dificilmente conseguiremos escutar-nos uns aos outros por ocasião de tumulto ou tempestade, e ainda porque ensinar equilíbrio, quando o desequilíbrio já se instalou, significa, na maioria das vezes, trabalho fora de tempo ou auxílio tarde demais.”

(Do livro “Família”, psicografado por Francisco Xavier)

Você gostou? Conte para nós o que achou desta mensagem...

Quer relembrar um texto muito divertido e verdadeiro, que publicamos sobre o tema “Família” em 6/11/2013? Clique no link: http://centroespiritacasadocaminhobp.blogspot.com.br/2013/11/familia-um-prato-que-se-come-quente.html

Dia 6/6/2013 também teve uma postagem que vale muito a pena reler: http://centroespiritacasadocaminhobp.blogspot.com.br/2013/06/compaixao-em-familia.html




terça-feira, 13 de maio de 2014

ELOGIE DO JEITO CERTO

Recentemente um grupo de crianças passou por um teste muito interessante.
Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo.
Em seguida, foram divididas em dois grupos: o grupo A foi elogiado quanto à inteligência.Uau, como você é inteligente! Que esperta você é! Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial! E outros elogios à capacidade de cada criança.
O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa! Menino, que legal ter visto seu esforço! Que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem! E outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.
Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças.
Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.
As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa.
As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.
A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos: o ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças inteligentes não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas.
Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente.
As esforçadas não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado.
No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética.
Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas.
Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbackse incentivos ao comportamento esperado.
Nossos filhos precisam ouvir frases como: Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração. - Parabéns, meu filho, por ter dito a verdade apesar de estar com medo... Você é ético.
Filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... Você é solidária.
Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança, que tenderá a repeti-los. Isso não é tática paterna, é incentivo real.
Elogiar superficialmente é mais fácil para os educadores, pois tais expressões quase sempre são padrões e não exigem reflexão por parte de quem as diz.
Mas, os pais esforçados não devem estar atrás de soluções fáceis, mas sim das melhores soluções para a educação de seus rebentos.
Aprendamos, assim, a elogiar corretamente, reforçando comportamentos positivos, contribuindo na formação de homens e mulheres de bem.

“Redação do Momento Espírita com base no artigo Elogie do jeito certo, de Marcos Meier, 23/11/2011)




segunda-feira, 12 de maio de 2014

AS ABENÇOADAS HORAS DO HOJE

Diz o preguiçoso: "Amanhã farei."
Exclama o fraco: "Amanhã terei forças."
Assevera o delinqüente: "Amanhã regenero-me."
É imperioso reconhecer, porém, que a criatura, adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda,a noção real do tempo.

Quem não aproveitaa bênção do dia vive distante da glória do século.

A alma sem coragem de avançar cem passos não caminhará vinte mil.
O lavrador que perde a hora de semear não consegue prever as conseqüências da procrastinação do serviço a que se devota, porque,entre uma hora e outra, podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.

Muita gente aguarda a morte para entrar numa boa vida.
Contudo a lei é clara quanto à destinação de cada um de nós.
Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos.

Se todas as aves possuem asas, nem todas se ajustam à mesma tarefa nem planam no mesmo nível.
A andorinha voa na direção do clima primaveril, mas o corvo, de modo geral, se consagra,
em qualquer tempo, aos detritos do chão.
Aquilo que o homem procura agora surpreenderá amanhã, à frente dos olhos e em torno do coração.

Cuida, pois, de fazer, sem delonga, quanto deve ser feito em benefício de tua própria felicidade, porque o Amanhã será muito agradável e benéfico somente para aquele que trabalha no bem, que cresce no ideal superior e que aperfeiçoa nas abençoadas horas de Hoje.

(Do espírito de Emmanuel, por Chico Xavier)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

O MISTÉRIO DAS MÃES

Que mistério é esse que envolve as mães?

Eis uma pergunta difícil de explicar.
Não existe uma única criatura no mundo que não haja experimentado o envolvimento de sua mãe.
Seja um envolvimento positivo, amoroso, seja um envolvimento lamentável, doentio, patológico.
Mas, ninguém escapa da presença da mãe.
Alguém pode nascer sem a presença do pai, mas é impossível alguém nascer no mundo sem a presença da mãe.
A mãe é essa criatura tão especial que, muitas vezes, atormenta a vida dos filhos, desejosa de impulsionar as suas vidas.
Muitas vezes abafa o filho, querendo protegê-lo.
Quanto é importante essa figura no mundo!

Em “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, ele pergunta aos seres espirituais qual é a missão mais importante dentre aquelas que Deus concedeu aos homens na Terra.
Os Imortais respondem a Allan Kardec que a missão mais importante é a da mulher.
E complementam - porque é ela que educa o homem.

Quando pensamos nisso, verificamos a importância da mulher consciente, quando ela tem esse apercebimento do seu papel e essa certeza de sua influência, porque não há uma única mãe que não exerça influência sobre seus filhos.

Podemos mesmo ousar e dizer que, como base de todo o bruto, de todo o homem grotesco que houve na Humanidade, havia a figura de uma mulher, sua mãe.
Porque foi ela que fez com que ele não levasse desaforos para casa, foi ela que o ensinou a devolver agressão com agressão, ensinou-o a ser egoísta.
Mas, por baixo da história de todo santo, de todo missionário, de toda criatura do bem, existe a figura de uma mulher, de sua mãe.
Foi ela que disse: “Meu filho, quando um não quer, dois não brigam. Meu filho, é melhor um covarde vivo do que um corajoso morto. Meu filho, venha lavar em casa os problemas da rua, porque em casa você encontrará amor. Roupa suja, meu filho, se lava em casa.”

Assim, encontramos mães que criaram seus filhos para cima, e mães que empurraram seus filhos para baixo.
Encontramos aquelas que sabem que seus filhos não lhes pertencem, sabem que seus filhos são filhos de Deus essencialmente, são filhos da vida e que para a vida elas os deverão educar.
Há outras que supõem que eles sejam seus pertences, inoculam neles as suas fragilidades, os seus medos, os seus temores, seus pontos de vista.

Aí, começarmos a pensar na trajetória da mãe sobre o mundo, quando ela tiver essa consciência do seu papel junto aos filhos, quando ela admitir que serão seus filhos os professores de amanhã, os médicos, os advogados, os juízes, os políticos.
Quando ela admitir que serão seus filhos que administrarão as cidades, os Estados, os países, que responsabilidades terão em suas mãos, ela própria se tratará melhor, para que não tenha a cabeça infernizada por complexos de culpa, por conflitos e possa passar para os seus filhos esse respeito à vida, esse respeito aos outros.
Jamais essas mães ensinarão aos seus filhos que têm que respeitar os mais velhos, mas ensinarão aos seus filhos que eles têm que respeitar a todo o ser humano, a todo ser vivente. Ensinarão os filhos a amar os vegetais, a proteger as florestas, começando a cuidar dos jardins em casa.
Ensinarão o respeito aos animais.

Quem começa das coisas simples, terá capacidade de realizar as coisas complexas.

Ah, mulher mãe!
Que mistérios envolverão a sua figura?

A missão da mulher é uma missão misteriosa, porque ela consegue penetrar a alma do seu filho, consegue conhecer seu filho como ninguém.
Se pararmos para pensar, a mulher passa nove meses lunares carregando nas entranhas o seu rebento, nove meses em que ela faz um curso de especialização em percepção fluídica, em percepção psíquica.
Ela capta as emissões do seu feto, do seu filho ainda feto e as interpreta, como qualquer sensitivo interpretaria uma influenciação espiritual sobre seu psiquismo.
É dessa interpretação, das emissões do filho reencarnante que nascem os famosos desejos da mulher durante a gravidez.
É a interpretação que ela faz do que está sentindo.
Nem sempre são verdadeiras as interpretações, como nem sempre as criaturas transmitem corretamente aquilo que recebem dos seres espirituais.
O fenômeno é o mesmo.

Podemos afirmar que a gravidez corresponde ao período de maior transe mediúnico de que se tem notícia.
São nove meses em que a mulher mãe filtra o psiquismo de seu filho.
São nove meses em que ela projeta sobre ele seu próprio psiquismo.
Tanto ele conhece a sua mãe intimamente, tanto ela conhece seu filho como ninguém.
A mãe conhece os filhos pelo andar deles, pelo modo deles respirarem, pelo modo de olharem.
Ela conhece seu filho.
Jamais um filho se esconderá de sua mãe porque ela conhece suas emissões, seus fluidos, seu psiquismo.
Do mesmo modo, jamais uma mãe se esconderá do seu filho.
Ele consegue ler na sua mãe se ela está contente, se ela está triste, se ela está feliz, se ela está aborrecida.
Ele consegue ler sem que ela diga nada, por causa dessa habitualidade em conviver um com o outro, com essa intimidade visceral.

As nossas mães são aquele instrumento de que Deus lançou mão para que Ele se manifestasse na Terra, enviando-nos à Terra através delas.
A mulher rica, a mulher inteligente, intelectual quanto a mulher pobre, a mulher simples e ignorante têm a mesma habilidade para ser mãe.
Toda mulher, psiquicamente, nasce com essa estrutura para a maternidade.
Às vezes, elas não conseguem ser mães de filhos carnais, mas  são mães dos sobrinhos, são mães dos irmãos mais novos, são mães de todas as crianças que se lhes acerquem, porque é da mulher esse instinto da maternidade, ainda que não tenha seus próprios filhos carnais.

Verificamos que há um mistério notável na maternidade, e esse mistério se chama amor.

Esse amor que vem se desenvolvendo do instinto para a razão.
É esse amor, nas devidas dimensões, que faz o ninho entre os irracionais, que faz com que a galinha guarde seus pintinhos sob as asas, que faz com que os felinos lambam suas crias, que faz com que os pássaros ponham na boca dos seus filhotes o alimento que trouxeram no seu próprio estômago.
É isso que se desenvolveu ao longo dos milênios e explodiu cá em cima na coroa humana e recebeu o nome de amor de mãe, profundamente irracional.

A mãe ama seu filho independentemente do que ele seja, de quem ele seja.
O maior santo recebe o amor de sua mãe, o maior vilão, o mais espúrio dos seres recebe o amor de sua mãe.
Em todas as cadeias públicas, nos dias de visita, pode faltar a esposa, o filho, o amigo, nunca a mãe.
Ela estará sempre lá, amando seu filho, na felicidade ou na desdita, na alegria ou na tristeza.

 Porque ser mãe é de fato trazer uma proposta de Deus para aliviar as lutas do mundo!

Enquanto Deus mandar à Terra Seus filhos no seio das mulheres-mães é porque Ele ainda confia no progresso da Humanidade.

(Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 147, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em abril de 2008)


quarta-feira, 7 de maio de 2014

ACOLHER COM AMOR

Quantos de nós temos a capacidade de acolher o irmão que suplica o perdão?
Quantos de nós conseguimos calar o julgamento para deixar falar o amor?
Quantos de nós deixa de julgar o tropeço alheio e soergue o companheiro de jornada?
Que bom seria, amigos e irmãos, se nossas energias diárias fossem empregadas nesta gratificante tarefa de dilargarmos nossos corações para que o outro – pecador ou não – também nele encontre morada.
Mas a lição é de que, além desse amor tranquilo que acolhe e não repele o igual, há sempre tempo de evoluir.
Saibamos, pois, tomar consciência de todos os nossos desvios morais para que o arrependimento e o desejo de melhora ilumine os nossos dias futuros, fazendo descortinar-se o véu dos prazeres materiais – que turva a vista para o Pai de Amor.
Estejamos todos atentos e dispostos.
Fiquem todos na Paz de Nosso Senhor de Infinita Bondade e Misericórdia.


(Mensagem mediúnica)

terça-feira, 6 de maio de 2014

UM CORAÇÃO AFÁVEL

A complexidade da vida moderna parece cons­pirar contra a tua paz interior e, maquinalmente conduzido pela multifária engrenagem, sentes ver­dadeira conjuração dos fatores que conseguem, por fim, sulcar a tua face com os sinais da intranqüilidade, da revolta, do azedume.
Não obstante o confôrto que deriva das facilidades ao acesso de grande parte dos homens, experimentas sérias conjunturas afligentes que te molestam, solapando os alicerces da tua estrutura emocional.
Todavia, se te permitires ligeira análise das pos­sibilidades que fluem ao teu alcance, modificarás as disposições negativas e te renovarás.
Enseja-te um coração afável.
Experimenta aplicar esses valôres desconside­rados que são a palavra gentil, o gesto simpático, o sorriso delicado, a paciência generosa, e fortunas de verdadeira alegria espalharão moedas de bem-estar através de ti, envolvendo-te, também num halo de felicidade interior.
Francisco de Assis, embora enfêrmo e asceta, caminhando por sendas de cruas dificuldades, con­seguia cantar as belezas da “irmã natureza”, dos “irmãos animais”, dos “irmãos pássaros”...
Helen Keller, conquanto limitada pela surdez, pela cegueira e pela mudez, pôde exaltar a beleza das paisagens, a claridade das manhãs, a fragrância das flôres, fazendo da existência um hino de louvor à vida...
Gandhi, apesar de dispor de vastos recursos para o triunfo mundano, abraçou a causa da “não violência” e deu-se integralmente aos aflitos e ne­cessitados em constantes recitativos de amor à vida e abnegação pela vida.
Corações afáveis!
Quantas oportunidades desperdiças de semear júbilos fora e dentro de ti mesmo, porque insignifi­cante problema toldou a luz do teu amanhecer, ou irritação por coisa de monta insignificante produziu um mal-estar na execução do teu programa?
Lu­taste para conservar a mágoa, disputando a tarefa de parecer e ser infeliz, esquecendo as fartas con­cessões que o teu coração, tornado afável, poderia conseguir!
Simplifica o teu roteiro de ação, dilata a visão do bem no panorama das tuas horas, e com o preço mínimo de um sorriso considera a coleta de júbilos que dêle se deriva e que poderás colher.
Jesus, dilatando o seu coração afável, contou as mais belas hipérboles e hipérbatos, parábolas e poemas que o homem jamais escutou. Um grão de mostarda, uma moeda insignificante, algumas varas, uma pérola luminosa, peixes e rêdes, talen­tos e sementes receberam da sua afabilidade um toque especial de beleza que comoveram, a princí­pio, uma mulher atormentada por obsessão pertinaz, um príncipe petulante e douto, um cobrador de impostos rejeitado, jovens homens da terra e ve­lhos marujos decididos, sensibilizando, depois, incontáveis corações para com êles inaugurar um reino diferente de amor, que até hoje é a mais fascinante História da Humanidade.
Começa, dêsse modo, desde agora, a experiên­cia de manter um coração afável, disseminando bênçãos.


“Bem-aventurados os limpos de coração, porque êles verão a Deus”.
(Mateus: capítulo 5º, versículo 8)


“A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui tôda idéia de egoísmo e de orgulho”
(Capítulo 8º, Item 3)

(Do livro “Florações Evangélicas, do médium Divaldo Pereira Franco, ditado pelo Espírito Joanna de Angelis)





Foto: Mar da Galileia (*Pixabay) Irmãos, que alegria estarmos todos aqui neste ambiente de paz, amor, fraternidade e luz, muita...